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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O NOVO CLIMA E A MORADIA.

Imagem:dreamstime

Os efeitos das mudanças climáticas sobre as moradias e as saídas possíveis.

Telhados e esquadrias reforçados que resistam a ventanias, quem sabe, a ciclones. Garagens elevadas que evitem inundação pelo mar. Pisos de material permeável que ajudem a chuva a se infiltrar no solo. Essas são soluções que começam a ser adotadas no Brasil para que as edificações aguentem os chamados "eventos extremos" causados pelo aquecimento global. Afinal, um prédio é feito para durar ao menos 50 anos, prazo em que, no Estado do Rio, segundo especialistas, a temperatura terá subido de 2 a 6 graus, o nível do mar estará até 90 centímetros mais alto, os ventos poderão passar de 119km/h e as chuvas serão ainda mais concentradas.
Para registrar o impacto das mudanças climáticas sobre a construção, a arquitetura e o jeito de morar do carioca, o Morar Bem publica, ao longo de três domingos, a série "O novo clima e a moradia", assinada por Luciana Calaza, Isabel Kopschitz e Ystatille Gondim. Nosso primeiro tema é a estrutura, ou seja, como fazer prédios de forma segura. Só para constar: construir em encostas é algo que nem se discute.
Confira o infográfico que mostra como serão as construções daqui a 50 anos
Segundo estudos do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig), da Coppe/UFRJ, nos últimos 50 anos foi observada na costa brasileira uma elevação do nível do mar de 4 milímetros/ano (20 centímetros no total). Para os próximos 50, as previsões apontam para uma alta de 30 e 80 centímetros. E, segundo o professor Dorival Bruni, do Instituto de Geografia da UERJ, especificamente na cidade do Rio, as expectativas são mais pessimistas: de 60 a 90 centímetros. Considerando-se que as construções da orla ficam entre dois e três metros acima do nível do mar, diz ele, em dias de ressaca as águas poderão invadi-las. Um exemplo extremo dessa situação, lembra, é a cidade de Atafona (RJ), onde o nível do mar já aumentou a ponto de destruir mais de cem casas.
- Em cinco décadas, não será raro, por exemplo, ondas atingindo as avenidas Vieira Souto e Atlântica em períodos de maré alta. Por isso, o ideal é que, daqui para frente, sejam construídas na costa do estado, como medida preventiva, edificações cinco a dez metros acima do nível do mar - diz Bruni, recomendando que as construções sejam feitas afastadas das praias.
Outra sugestão dos especialistas é uma volta ao passado: as casas em áreas litorâneas e sujeitas a alagamentos recorrentes devem ser erguidas sobre pilotis. Além disso, nos empreendimentos imobiliários, garagens construídas sobre pisos elevados serão a cada dia mais comuns.
Fonte: oglobo


 

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