RESERVA BOSQUE DOS JEQUITIBÁS.

RESERVA BOSQUE DOS JEQUITIBÁS.
INÍCIO DE OBRAS!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

ESTOQUE DE IMÓVEL NOVO SOBE QUASE 20% NO PAÍS.


Balanço das dez maiores empresas mostra velocidade de vendas menor no 1º trimestre. 

O estoque de imóveis não vendidos pelas incorporadoras cresceu quase 20% nos três primeiros meses deste ano, reflexo do número recorde de lançamentos nos anos anteriores, associado a uma queda na velocidade das vendas. O cenário acende o sinal de alerta entre as empresas do setor de construção, que revisaram suas projeções de lançamentos para 2012 e estão mais atentas à performance das vendas ao longo dos próximos meses.


De maneira geral, o crescimento de estoques é explicado pelo aumento excessivo da oferta. Em São Paulo, maior mercado do País, foram lançadas cerca de 38 mil unidades ao longo de 2011, repetindo o recorde do ano anterior, de acordo com dados do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), entidade que reúne as empresas do setor, como incorporadoras e imobiliárias.
A esse montante se somam as unidades que começaram a ser construídas entre 2007 e 2009, quando o mercado imobiliário viveu uma explosão de novos projetos, impulsionado pelo avanço da demanda com a melhora da renda da população e da oferta de crédito habitacional.
Por outro lado, o total de unidades vendidas na capital paulista recuou 21,1% de 2010 para 2011. No mesmo período, a velocidade das vendas anual (porcentual de imóveis vendidos diante do estoque total) diminuiu 13 pontos porcentuais. "A economia do País entrou numa situação mais frágil do que a de anos anteriores. Isso criou retração no mercado consumidor, que passou a adiar a decisão de compra do imóvel", explicou João da Rocha Lima, coordenador do Núcleo Imobiliário da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
"Com a reacomodação entre oferta e demanda, aumentou o total de moradias não vendidas", acrescentou o presidente do Secovi-SP, Cláudio Bernardes. "O mercado imobiliário não é uma fábrica, que pode desligar as máquinas a qualquer momento. Aqui, existe uma inércia no ritmo de produção que levou à formação desse estoque", disse.
Conforme apontam os balanços das dez maiores empresas do País, listadas no Índice Imobiliário da Bolsa de Valores, o valor esperado com a venda das unidades em estoque (imóveis prontos, em obras e recém-lançados) atingiu o montante de R$ 24,8 bilhões no primeiro trimestre de 2012, um crescimento de 19,5% em relação aos R$ 20,7 bilhões registrados no primeiro trimestre de 2011.
No período, o estoque de cinco companhias cresceu acima da média (de 19,5%): HELBOR (138,4%), EVEN (78,1%), ROSSI (29,4%), TECNISA (22,5%) e MRV (22,1%). Por sua vez, PDG Realty ficou com 18%, GAFISA com 16,9% e EZTEC com 14,6%. O estoque da CYRELA ficou praticamente estável (-0,1%) e o da BROOKFIELD teve baixa de 2%.
Sinal amarelo. O maior número de unidades estocadas não é considerado desesperador pelas empresas nem por analistas do mercado, mas acende o sinal amarelo no setor. "As empresas já reduziram o volume de lançamentos, o que é lógico e prudencial. Não há motivo para lançar empreendimentos se o mercado está mais frágil", disse Lima.
De acordo com o especialista, o aumento do total de estoques não é um problema quando a maioria dos imóveis é composta por unidades recém-lançadas ou em fase de obras, que contam com tempo hábil para as vendas. "O drama está nas unidades prontas", que geram custos de manutenção e não contribuem para o fluxo de caixa, explicou. No primeiro trimestre, as unidades prontas variavam de 3% a 12% dos estoques das incorporadoras, sendo que o nível considerado razoável pelo mercado gira em torno de 15%.
Por enquanto, esse cenário afasta a possibilidade de ocorrerem queimas de estoques generalizadas no setor, com promoções e grandes cortes nos preços. Empresas como a EVEN e a CAMARGO CORRÊA Desenvolvimento Imobiliário (CCDI), por exemplo, utilizaram essas estratégias neste ano, mas são consideradas casos isolados. "Algumas empresas têm ações pontuais de vendas e de marketing. Mas ainda não é uma estratégia de todo o mercado", avalia o analista de construção do Barclays Capital, Guilherme Vilazante.
Em outros casos, as empresas passaram por um aumento porcentual de suas unidades em estoque como estratégia de recomposição, após vendas intensas nos anos anteriores. "Nosso estoque estava baixíssimo e optamos por trabalhar com um volume maior neste ano," explicou o diretor financeiro da construtora mineira MRV, Leonardo Corrêa.
Por sua vez, a HELBOR, que teve expansão de 138% no volume de estoques, a maior do setor no período analisado, atribuiu o fato à concentração de 70% dos lançamentos de 2011 no último trimestre do ano. Segundo o diretor de vendas da empresa, Marcelo Bonanata, a companhia se mantém tranquila e não prevê nenhum saldão de imóveis, mas admite que haverá atenção para a velocidade das vendas.
"Passamos por um momento de euforia nos últimos anos, com lançamentos vendidos rapidamente. Agora estamos voltando ao que era antes, com mais equilíbrio", ponderou Bonanata. "O mercado diminuiu o ímpeto. Agora, temos de prestar atenção", alertou. 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

ALTA DOS IMÓVEIS É FOCO DE PREOCUPAÇÃO, NA AVALIAÇÃO DO "BIS".


Banco alerta para a valorização excessiva dos ativos que, nos países desenvolvidos, foi o estopim da crise 

A expansão do crédito no Brasil tem levado a um boom imobiliário que, segundo o BIS (Banco de Compensações Internacionais), ameaça repetir o cenário de colapso registrado nos últimos anos nos EUA, Irlanda ou Espanha.

A entidade constata que os preços de imóveis no Brasil quase dobraram desde a crise do subprime. Casos como o do Rio de Janeiro, com mais de 100% de aumento, e de São Paulo com incremento de 80% são destacados pelo BIS, além da situação em Pequim e Xangai. Para a entidade, esses valores bateram recordes históricos.
Um dos impactos seria a expansão desproporcional do setor da construção. "O aumento de preços das propriedades leva ao aumento rápido da construção. Esses desequilíbrios precisam ser resolvidos se essas economias querem ter um crescimento sustentável", alertou.
O BIS lembra que, na Europa, o colapso do setor imobiliário escancarou fraquezas estruturais de países. O banco lembra que, na Irlanda, o colapso do setor imobiliário elevou o desemprego de 8,6% em 1997 para 13% em 2007. Na Espanha, passou de 10% para 24%.
Dívida. Outra preocupação decorrente desse cenário de expansão turbinada por crédito é o tamanho dívida doméstica de emergentes. "A porção do PIB que famílias e empresas no Brasil, China e Índia estão alocando para o serviço da dívida está em seu nível mais alto desde o fim dos anos 90", apontou.
"Medidas do custo do serviço da dívida sugerem que níveis altos de dívidas podem ser um problema", indicou o banco. "Nesses mercados emergentes, desequilíbrios parecem estar se construindo", diz. "Em vários casos, preços de imóveis e de outros ativos aumentaram, enquanto o endividamento privado e custos do serviço da dívida aumentaram bem acima da tendência."
A dívida pública dos emergentes é outra fonte de preocupação. "Na superfície, a situação fiscal das economias emergentes parece bem melhor que as economias avançadas", indicou.
"Mas a posição fiscal dos emergentes pode não ser uniformemente saudável como aparenta", alertou o BIS. Um dos motivos é a pressão cada vez maior para aumentar gastos com aposentadorias e saúde.
Mais uma vez, a expansão de créditos está camuflando problemas. Segundo o BIS, as contas de vários países emergentes estão sendo falsamente fortalecidas por booms potencialmente insustentáveis de crédito e ativos.
O BIS não poderia ser mais claro: se a economia dos emergentes perder ainda mais fôlego, esses problemas se transformarão em crise. "Se os recentes sinais de desaceleração da economia persistiram, o horizonte fiscal para as economias emergentes poderia rapidamente escurecer."
Bancos. O BIS ressaltou também que o boom de créditos e de ativos pode estar inflacionando o real valor dos bancos de países emergentes, considerados até agora como imunes à crise.
"Apesar do bom desempenho de bancos nos mercados emergentes, existem dúvidas sobre a base dessa força", alertou o BIS. Assim como ocorreu na Espanha, o temor é de que os bancos tenham um crescimento forte graças aos preços de ativos e de créditos que sofreram um boom.

domingo, 24 de junho de 2012

IMÓVEIS: FINANCIAR EM 35 ANOS AUMENTA VALOR TOTAL PAGO


Os bancos brasileiros, seguindo o exemplo da Caixa Econômica Federal, começaram a aumentar o prazo para pagamento de empréstimos habitacionais, que era de 30 anos, para 35 anos para todos os tipos de contratos. Segundo analistas, antes de ampliar o tempo da dívida, o mutuário deve fazer contas e avaliar se vale a pena pagar um saldo final muito mais alto em compensação a ter uma parcela menor ou poder dar um valor de entrada mais baixo.
No caso do financiamento de um imóvel novo de R$ 300 mil na cidade de São Paulo, por exemplo, a diferença do valor de entrada para financiar o bem em 30 ou 35 anos chega ser a cerca de R$ 6 mil menor (mantendo o mesmo valor de parcela). Contudo, quem opta pelo financiamento de prazo maior paga R$ 46 mil a mais depois de quitar toda dívida.
"É muito importante que cada um verifique se vale a pena se comprometer com essas parcelas por mais tempo", diz o professor de contabilidade e planejamento tributário da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Amauri Liba.
Segundo Liba, antes de optar por um financiamento maior, o comprador deve pensar em como estará sua situação após 35 anos. "As pessoas se aposentam com 35 anos de serviço no Brasil e o aposentado ganha menos que o funcionário na ativa. É preciso considerar que, ao aumentar em cinco anos a dívida, você pode ter que pagar uma parcela em um período da vida em que sua renda é bem menor", completa.
Segundo o consultor de finanças pessoais Ricardo Borges, os cinco anos "extras" de financiamento propostos pela Caixa podem reduzir o valor da parcela mensal entre 10% e 15%, já que a dívida será diluída por um tempo maior. Mas o mutuário deve considerar que para ganhar esse "desconto" terá que pagar mais 60 parcelas.
"Muitas vezes o comprador acha que os imóveis vão continuar aumentando como ocorreu nos últimos anos e que o valor vai dobrar em um curto período, mas isso não deve ocorrer com a crise internacional e a tendência de estabilização do setor. Então é melhor pensar bem antes de fazer um financiamento por prazo maior", diz Liba.
"O melhor é financiar o menor valor possível, pagando uma entrada alta, para gastar um valor menor com o pagamento de juros", diz Borges.
Veja três simulações para compra de um imóvel novo de R$ 300 mil na Caixa com renda familiar de R$ 5 mil

Cenário 1 (entrada menor e prazo de amortização de 35 anos)
Valor da entrada - R$ 149.257,91
Valor do financiamento - R$ 150.742,07
1ª prestação: R$ 1.434,64
Última prestação: R$ 386,30
Juros efetivos: 8,29% ao ano + Taxa Referencial (TR)
Total pago: R$ 398.555,01 (financiamento) + R$ 149.257,91 (entrada) = R$ 547.812,98

Cenário 2 (entrada maior e prazo de amortização de 30 anos)
Valor da entrada - R$ 155.225,10
Valor do financiamento - R$ 144.474,90
1ª prestação: R$ 1.437,38
Última prestação: R$ 429,83
Juros efetivos: 8,29% ao ano + TR
Total pago: R$ 346.561,84 (financiamento) + R$ 155.225,10 (entrada) = R$ 501.786,94
Cenário 3 (entrada igual à dada em 30 anos, mas prazo de amortização de 35 anos)
Valor da entrada - R$ 155.225,10
Valor do financiamento - R$ 144.474,90
1ª prestação: R$ 1.379,93
Última prestação: R$ 372.00
Juros efetivos: 8,29% ao ano + TR
Total pago: R$ 383.279,28 (financiamento) + R$ 144.474,90 (entrada) = R$ 527.754,18
Veja três simulações para compra de um imóvel novo de R$ 300 mil na Caixa com renda familiar de R$ 7 mil
Cenário 1 (entrada menor e prazo de amortização de 35 anos)
Valor da entrada - R$ 86.937,74
Valor do financiamento - R$ 213.062,26
1ª prestação: R$ 2.006,03
Última prestação: R$ 535.67
Juros efetivos: 8,29% ao ano + TR
Total pago: R$ 554.216,16 (financiamento) + R$ 86.937,74 (entrada) = R$ 641.153,90
Cenário 2 (entrada maior e prazo de amortização de 30 anos)
Valor da entrada - R$ 95.371,91
Valor do financiamento - R$ 204.628,09
1ª prestação: R$ 2.009,90
Última prestação: R$ 597.20
Juros efetivos: 8,29% ao ano + TR
Total pago: R$ 482.082,85 (financiamento) + R$ 95.371,91 (entrada) = R$ 577.454,76
Cenário 3 (entrada igual à dada em 30 anos, mas prazo de amortização de 35 anos)
Valor da entrada - R$ 95.371,91
Valor do financiamento - R$ 204.628,09
1ª prestação: R$ 1.928,70
Última prestação: R$ 515.46
Juros efetivos: 8,29% ao ano + TR
Total pago: R$ 533.148,84 (financiamento) + R$ 95.371,91 (entrada)= R$ 628.520,75
Veja três simulações para compra de um imóvel novo de R$ 300 mil na Caixa com renda familiar de R$ 9 mil
Cenário 1 (entrada menor e prazo de amortização de 35 anos)
Valor da entrada - R$ 30.000,00
Valor do financiamento - R$ 270.000,00
1ª prestação: R$ 2.528,07
Última prestação: R$ 672.15
Juros efetivos: 8,29% ao ano + TR
Total pago: R$ 696.429,76 (financiamento) + R$ 30.000,00 (entrada) = R$ 726.429,76
Cenário 2 (entrada maior e prazo de amortização de 30 anos)
Valor da entrada - R$ 35.518,71
Valor do financiamento - R$ 264.481,29
1ª prestação: R$ 2.582,42
Última prestação: R$ 764.57
Juros efetivos: 8,29% ao ano+ TR
Total pago: R$ 617.496,07 (financiamento) + R$ 35.518,71 (entrada) = R$ 653.014,78
Cenário 3 (entrada igual à dada em 30 anos, mas prazo de amortização de 35 anos)
Valor da entrada - R$ 35.518,71
Valor do financiamento - R$ 264.481,29
1ª prestação: R$ 2.477,47
Última prestação: R$ 658.92
Juros efetivos: 8,29% ao ano + TR
Total pago: R$ 682.545,33 (financiamento) + R$ 35.518,71 (entrada) = R$ 718.064,04



Fonte: economia.terra

segunda-feira, 18 de junho de 2012

MERCADO IMOBILIÁRIO VIVE BOLHA OU ‘CALO’?


Há mais de ano discute-se a formação de uma bolha imobiliária no Brasil. Boa parte dos argumentos que podem confirmar ou não essa bolha já são amplamente conhecidos, mas a dúvida persiste.
Uma definição amplamente utilizada para bolha é uma situação de preços descolados dos fundamentos. O debate e a falta de uma resposta única surgem porque o problema é justamente como medir corretamente os fundamentos. Qual o valor justo de um ativo? No caso dos imóveis no Brasil, o problema é ainda mais grave, porque as estatísticas confiáveis do setor são assustadoramente escassas.
Para auxiliar o acompanhamento do mercado, a Fipe lançou há pouco mais de um ano o Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados. São cerca de 150 mil anúncios válidos por mês para medir a variação do preço do metro quadrado em 7 regiões do país, coletados na internet. É fato que o preço anunciado não é o mesmo do que o transacionado, mas é bastante razoável assumir que, ao menos no médio e no longo prazo, esses valores têm a mesma tendência. Além disso, é muito difícil observar com precisão preços dos imóveis. A informalidade e a (falta de) estrutura de boa parte das imobiliárias impedem a coleta sistematizada dessas informações. Os bancos, por sua vez, mantêm registros fidedignos dos imóveis financiados, mas atendem apenas uma parcela do mercado (cerca de 50% das vendas) e utilizam, muitas vezes, os valores de avaliações e não necessariamente o preço acordado entre compradores e vendedores. Em suma: não existe uma fonte de dados perfeita.
Cabe também mencionar que a iniciativa do FipeZap não é inédita. Há outras experiências com índices de preços de oferta, como o Home Asking Price Index, da Inglaterra, e o FotoCasa, da Espanha. Este último, aliás, detectou o estouro da bolha espanhola antes do índice oficial, porque os preços anunciados estão disponíveis aos institutos de pesquisa meses antes do registro oficial das transações.
Os anúncios têm também outra grande vantagem: permitem o acompanhamento do preço para novos aluguéis. Utilizando esta fonte de dados, podemos medir a rentabilidade de se investir em imóveis, obtida por uma pessoa que escolhe comprar um imóvel e alugá-lo ao invés de investir em outro ativo. Essa taxa permite inferir se o preço dos imóveis está alto ou baixo, já que compara o preço de venda do ativo (o imóvel) com o retorno financeiro que ele propicia.
Se a rentabilidade do aluguel fosse alta (20% ao ano, por exemplo) as pessoas prefeririam comprar imóveis e alugá-los a terceiros ao invés de aplicar o dinheiro em títulos do governo. Por outro lado, se a rentabilidade do aluguel fosse baixa, como 1% ao ano, as pessoas prefeririam vender seus imóveis, aplicar o dinheiro e viver em imóveis alugados. Se a rentabilidade do aluguel for baixa, trata-se provavelmente de uma situação de preços de venda inflados - a temida bolha.
Em São Paulo, a taxa de rentabilidade do aluguel corresponde a aproximadamente 6% ao ano, segundo os dados do FipeZap. Muitos especialistas em finanças comparam esse número com a taxa Selic ou com a poupança e concluem que vivemos uma bolha. A suspeita é reforçada ainda mais se considerarmos que essa taxa vem caindo desde 2008, quando era de 9%, o que significa que o preço para venda aumentou mais do que o do aluguel. O problema com essa análise é que ela compara coisas diferentes: um rendimento real (que despreza a inflação) com um rendimento nominal. Para ilustrar isso, imaginemos o seguinte: o leitor compra um imóvel hoje e espera apenas que ele mantenha seu valor real ao longo dos próximos anos (o preço subirá de acordo com a inflação). O aluguel desse imóvel também seria reajustado de acordo com a inflação, pois os contratos costumam ser indexados. Assim, o aluguel seria um rendimento real. Para compará-lo com outros rendimentos, teríamos que considerar o rendimento real e não o nominal.
O gráfico abaixo compara a rentabilidade do aluguel com a taxa de juros média dos financiamentos imobiliários descontada a expectativa de inflação futura, desde janeiro de 2008. É notável como a tendência das duas curvas é a mesma, apesar dos juros serem mais voláteis. 


O gráfico mostra duas coisas. Primeiro, reforça o argumento de que o aumento nos preços de venda dos imóveis dos anos recentes se deve principalmente a novas condições, muito mais favoráveis, de crédito. Segundo, que atualmente há um descolamento de cerca de 1% ao ano entre os juros reais para financiamento imobiliário e a taxa do aluguel. Para que os pontos finais das duas linhas voltem a se encontrar, há três possibilidades: uma queda no preço de venda dos imóveis de cerca de 15%, um aumento nos preços do aluguel de cerca de 18% ou, ainda, uma queda nos juros reais do financiamento imobiliário de algo perto de 1%. Cabe a ressalva de que a taxa de juros utilizada como referência é, provavelmente, maior do que a taxa média efetivamente praticada no mercado, porque diz respeito aos financiamentos que têm os maiores juros.
De todo modo, os dados mostram que para responder se vivemos ou não uma bolha imobiliária, precisamos responder na verdade se as condições atuais de crédito imobiliário são sustentáveis. Se não forem, então uma correção um pouco mais forte nos preços pode surgir no momento em que o crédito se deteriorar. Se forem, no pior dos casos estamos em uma situação de preços de imóveis um pouco acima do seu valor fundamental. Chamar essa situação de bolha pode então ser um exagero alarmista, esse sim sem fundamentos. Seria um caso mais simples, não de uma bolha - talvez apenas um ‘calo’.


Fonte: economia.estadão

terça-feira, 5 de junho de 2012

CAIXA REDUZ JUROS E AMPLIA PRAZO DE FINANCIAMENTO DE IMÓVEIS.


Prazo passa de 30 para 35 anos em operações com recursos de poupança. Anúncio foi feito nesta terça-feira (5) em Brasília.

A Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou nesta terça-feira (5) nova redução de taxa de juros para financiamento de imóveis e ampliação, de 30 para 35 anos, no prazo máximo para esse tipo de operação, feito com recursos da poupança.
As medidas começam a vigorar a partir da próxima segunda-feira (11) e só valem para novos financiamentos. De acordo com vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa, José Urbano Duarte, o prazo de 35 anos é o maior já praticado no país.
Para imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a taxa cai de 9% para 8,85% para todos os clientes. Dependendo do grau de relacionamento com a Caixa, a taxa pode chegar a 7,8%.
Fora do SFH, a taxa de juros, que é de 10% ao ano, cai para 9,9% a partir de segunda-feira, para todos os clientes. Dependendo do relacionamento que a pessoa tenha com o banco, ela pode chegar a 8,9% ao ano.
Em todos os casos citados, não está incluída a Taxa Referencial (TR).
FGTS
Duarte disse que a Caixa estuda estender as mudanças também para financiamentos de imóveis construídos com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Isso, porém, depende de autorização do Conselho Curador do fundo.
O prazo de até 35 anos e as novas taxas de juros valem, portanto, apenas para clientes com renda familiar superior a R$ 5,4 mil mensais e que financiem imóveis construídos com recursos da poupança, de qualquer valor.
Clientes com renda de até R$ 5,4 mil e que financiem imóveis de até R$ 170 mil podem optar pela operação dentro das regras do FGTS, que possui taxas de juros mais atrativas - hoje elas são de, em média, 5,3% ao ano.
Simulação
A Caixa fez uma simulação das vantagens com as medidas anunciadas nesta terça-feira. Para uma pessoa com renda familiar de R$ 10 mil, o limite de financiamento sobe de R$ 267 mil para R$ 280 mil. Se for cliente do banco, esse valor chega a R$ 303 mil.
O cliente ainda pode optar por reduzir o valor da prestação do financiamento. Para uma operação de R$ 267 mil, a prestação cai de R$ 3 mil para até R$ 2.604 mil.
“Com essas mudanças, nos esperamos que as pessoas tenham condições de comprar um imóvel melhor do que aquele que comprariam com as regras atuais. Ou o mesmo imóvel, pagando uma prestação menor”, disse Duarte.
Segundo ele, entre 3% a 4% do valor total do crédito habitacional está financiado dentro do prazo máximo em vigor hoje, de 30 anos. O prazo médio é atualmente um pouco superior a 20 anos.
Duarte informou que, nos primeiros cinco meses do ano, a Caixa financiou R$ 36,66 bilhões dentro de sua carteira de imóveis, valor 46% maior que o registrado em igual período do ano passado (R$ 25,06). Para 2012, a estimativa do banco é que o valor financiado chegue a até R$ 100 bilhões, contra R$ 80 bilhões de 2011.
Construtoras
A Caixa também anunciou redução da taxa de juros para financiamento destinado a construtoras, para produção de habitações, com recursos da poupança. E a ampliação do prazo de financiamento, de 24 para 36 meses.
Segundo o banco, a taxa de juros dentro do programa Plano Empresa da Construção Civil, que hoje é de 11,5% ao ano, vai ser reduzida a 10,3% a partir de segunda-feira para todos os clientes. Se a empresa tiver relacionamento com a Caixa, essa taxa pode chegar a 9%.

Fonte: g1.com.br





DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE.



Projeto de construção sustentável será apresentado na Rio+20


Construção Sustentável
O projeto Construção Sustentável, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial do Trabalho (OIT), será apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho, no Rio.
O projeto está sendo elaborado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds).
A ideia é propor uma mudança completa do setor da construção civil no Brasil.
Sustentabilidade com inovação tecnológica
O projeto prevê a integração entre as áreas de sustentabilidade e inovação tecnológica, englobando um conjunto de ações que visa à sustentabilidade do setor em todos os sentidos
"Nós estamos falando de resíduos sólidos, de água, de iluminação, de conforto, de emissão de gases. Isso é conseguido por meio de inovação tecnológica". disse Paulo Safady Simão, presidente do Cbic.
Isso implica, por exemplo, a substituição de materiais na industrialização e semi-industrialização.
A substituição de materiais vai racionalizar a construção, diminuir perdas. A meta é usar equipamentos modernos que se aproximem da emissão zero de carbono.
Mudar tudo
De acordo com pesquisa do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, a sigla em inglês), o setor da construção civil responde por 40% da energia consumida em todo o mundo e por 35% das emissões de carbono.
"Temos que modernizar o processo de construção para reduzir isso. Essa é uma grande contribuição que o setor vai dar," vislumbra Simão.
Para a sociedade, afirma Simão, além do benefício ambiental, o projeto representará ganhos em termos de vida útil de uma construção, estimada em 50 anos.
O grande problema, contudo, segundo Simão, é "vender" essa ideia a um parque formado por cerca de 170 mil empresas e produzir uma mudança de comportamento e de cultura significativa. Na sua opinião, esse não é um problema só do Brasil, mas universal.

PREÇO DO M² TEM MENOR ALTA EM MAIO.


Alta do índice composto foi de 0,9% no mês, a R$ 6.594 o m², na média. Série histórica teve início em setembro de 2010.

O índice FipeZap Composto, que acompanha o preço médio do metro quadrado de apartamentos prontos em seis municípios e no Distrito Federal, teve alta de 0,9% em maio na comparação com abril – a menor variação desde o início da série, em setembro de 2010.
Na média das sete regiões, o valor do metro quadrado anunciado ficou em R$ 6.594 no mês de maio. O Distrito Federal segue tendo o metro quadrado mais caro entre as cidades pesquisas: R$ 8.254; seguido por Rio de Janeiro (R$ 7.991) e São Paulo (R$ 6.448).
Na outra ponta, Salvador tem o metro quadrado mais barato, com custo de R$ 3.618. Na capital da Bahia, por sinal, os preços caíram 1,3%, marcando a segunda queda consecutiva.
Em Belo Horizonte e no Distrito Federal a alta foi de 0,43% e 0,46%, respectivamente, menores do que a variação do IPCA esperada para o mês de maio, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central.
São Paulo registrou alta de 1,2% e o Rio de Janeiro teve variação positiva de 1,1%. Um ano atrás, estes valores foram de 2,6% e 3%, respectivamente.
Na capital paulista, os bairros Ibirapuera e Vila Nova Conceição mantiveram o posto de líderes no preço por metro quadrado anunciado, com valor médio de R$ 10.489, seguidos pelo Jardim Paulistano (R$ 9.236/m²) e pela Chácara Itaim (R$ 8.501/m²).
No Rio de Janeiro, na divisão por bairros, os valores mais altos seguem sendo registrados no Leblon, onde o metro quadrado anunciado chegou a R$ 17.730 – o mais caro do país – e, em Ipanema, onde o metro quadrado anunciado mediano foi de R$ 16.890.

Desaceleração
De acordo com a pesquisa, a tendência de desaceleração observada nos últimos meses continuou se acentuando em maio.

Na alta acumulada em 12 meses, o índice composto perdeu 1,9 pontos percentuais e registrou aumento de 19,9% entre maio de 2011 e de 2012.
O Índice FipeZap é desenvolvido e calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e acompanha o preço médio do metro quadrado de apartamentos prontos com base em anúncios de imóveis da internet.
O índice composto inclui as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador e o Distrito Federal.

Fonte: G1.globo.com