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terça-feira, 31 de julho de 2012

INTERIOR PAULISTA JÁ É O MAIOR POLO DE CONSUMO DO BRASIL

Pela primeira vez na história, Região Metropolitana de São Paulo perde o posto.

Pela primeira vez na história, o Interior do Estado ultrapassou a Região Metropolitana de São Paulo no posto de maior mercado consumidor do País.
Nas cidades interioranas, o poder de compra deve somar este ano R$ 382,3 bilhões - 50,2% do total do Estado, contra R$ 379,1 bilhões (49,8%) da Grande São Paulo.
Especificamente, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) está em 7o. lugar entre as que mais consomem no País - e sua participação estadual aumentou: a estimativa é que o total gasto com alimentação, habitação, transporte, saúde, vestuário e educação fique em 7,65% em 2012 na RMC. Há cinco anos, o índice era de 7,37%.
Campinas, porém, caiu no ranking nacional de cidades com o maior potencial consumidor. O município era o 9o. do Brasil onde as pessoas mais compravam em 2007 e deve passar para 12o. agora em 2012.
Os dados são da IPC Marketing, empresa especializada em mapear o potencial de consumo dos lares brasileiros. A consultoria projeta os dados com base nas contas nacionais e na estrutura de gastos da população medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Esses números são cruzados com informações paralelas, de outras fontes de pesquisa.
Tendência
O estudo consolida a tendência de desconcentração do crescimento econômico observada nos últimos cinco anos, com a perda de participação das cidades de grande porte no consumo total das famílias brasileiras, segundo o diretor da empresa responsável pela pesquisa, Marcos Pazzini.
“Na Região Metropolitana de Campinas ocorreu comportamento semelhante à Capital: as empresas se espalharam e migraram para as cidades menores, impulsionando o aumento da renda e ampliando o poder de consumo de quem vive nelas”, explicou Pazzini.
As famílias da classe B, com renda per capita de R$ 2.012 a R$ 6.563, puxaram a alta na região. Em 2007, elas representavam 45,13% do consumo na RMC e em 2012 devem ficar com uma fatia de 56,3%.
O movimento de avanço do Interior paulista não é um caso isolado, de acordo com o diretor. As capitais de todos os Estados têm perdido ao longo dos últimos anos participação no consumo brasileiro.
De fato, dez anos atrás, 36,7% do consumo das famílias estava nas 27 capitais. Em 2007, essa participação caiu para 33,1% e, neste ano, recuou para 32,4%.
Campinas Para o economista Laerte Martins da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), o fato de a cidade ter diminuído seu peso no mercado consumidor do Estado não significa que ela não esteja crescendo.
Ao contrário, a cidade tem uma expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 8,2% para 2012, bem mais que os 3% estimados para a RMC, segundo o economista.
“Dentro desta perspectiva, Campinas está com um crescimento espetacular do consumo. Dados do Ministério do Trabalho projetam um crescimento de 2,5% do salário médio do campineiro, o que representa um poder de compra maior. O que ocorre é que as cidades menores, como Indaiatuba, Vinhedo e Valinhos, têm um crescimento ainda mais acelerado', disse.
Ritmo de crescimento atrai empresas
É exatamente nos municípios do interior paulista, onde o ritmo de crescimento da renda é maior, que os empresários estão de olho para abrir novos negócios. A construtora Kallas, por exemplo, que sempre atuou no setor residencial, vai estrear no fim 2013 no segmento de shopping centers. E não será na Capital: o local escolhido foram as cidades de Campinas, Santos e Pindamonhangaba. Roberto Gerab, diretor-executivo da empresa, diz que houve dificuldade para encontrar um terreno na Capital, onde o número de shoppings já é grande. “Apareceu uma chance de investirmos em Pindamonhangaba, e ficamos animados com a ideia de sermos os primeiros a oferecer um shopping lá”, contou.
Campinas e região, por outro lado, já têm shoppings - mas são vistos como mercados de ponta e que servem de parâmetro para expansão de marcas e produtos. Por isso mesmo, a rede Lojão 25 de Março, que tem sede em Teresina, no Piauí, deve aportar ainda este ano na cidade, com um investimento de R$ 5 milhões e o objetivo de transformar a loja-piloto numa plataforma para a consquista do País. O diretor de Expansão da empresa, Alécio de Araújo, afirmou que Campinas foi escolhida como “ base de testes” pelo seu alto poder de consumo e perfil de consumidor. A loja-piloto será implantada na Rua 13 de Maio.

Fonte: rac




terça-feira, 3 de julho de 2012

IMÓVEIS > AINDA SEM SINAL DE BOLHA.

Há dez dias, o Banco Internacional de Compensações (BIS, na sigla em inglês), que funciona como banco central dos bancos centrais, divulgou análise em que adverte para a formação de uma bolha de crédito no Brasil.
Esse diagnóstico foi prontamente desmentido pelo governo Dilma e pelo Banco Central. O argumento central de defesa foi de que o estoque de crédito no Brasil é de apenas 50% do PIB e, mesmo com o forte crescimento dos financiamentos habitacionais (15,3% em 12 meses), a situação do crédito imobiliário no Brasil está longe de configurar perigo de formação de bolha.
Nisso as autoridades do Brasil estão carregadas de razão. Ainda não há sinais de crise no financiamento geral nem com o segmento do crédito imobiliário parecida com a que acontece nos Estados Unidos e em alguns países europeus, especialmente Irlanda e Espanha. O estouro da bolha do subprime, em 2007, nos Estados Unidos ocorreu quando as operações de financiamento hipotecário tinham descarrilhado para práticas condenáveis. Eram comuns os refinanciamentos hipotecários por quatro ou cinco vezes, só para prover dinheiro novo que o devedor poderia queimar no consumo.
Aparentemente, traumatizados pelos maus antecedentes dos Estados Unidos e da Europa, e impressionados com a rápida expansão do crédito no Brasil (crescimento médio de 13% ao ano), os analistas do BIS exageraram nos cuidados.
No entanto, não dá para esconder a disparada da inadimplência (calote) nos créditos para pessoas físicas, que saltaram de 6,4% em maio de 2011 para 8,0% em maio deste ano. E isso indica redução da capacidade das famílias de honrar compromissos financeiros aos padrões de hoje.
O Banco Central não apresenta estatísticas para a inadimplência específica do setor imobiliário, mas algumas avaliações dão conta de que também estão crescendo. E a relativa saturação do mercado pode contribuir, se não por um achatamento dos preços das unidades habitacionais para níveis inferiores ao avanço da inflação, pelo menos para uma redução da velocidade de valorização dos imóveis, situação que pode comprometer a qualidade da garantia (hipoteca).
Um dos fatores que concorrem para isso é o avanço dos preços de mercado por metro quadrado. Outro, a disparada do custo de construção. Em apenas 12 meses (terminados em maio), o custo da mão de obra saltou 11,5%. É, também, fato reconhecido que o Programa Minha Casa, Minha Vida está concorrendo para forte elevação dos preços dos terrenos urbanos. As dificuldades que as construtoras estão enfrentando para entregar os imóveis novos aos preços previamente indicados ilustram o que está ocorrendo.
Um terceiro limitador para a expansão do mercado imobiliário ao ritmo de hoje é o crescimento bem mais baixo da renda familiar, de cerca de 5% ao ano, como apontam os números do IBGE.
Para um financiamento de um apartamento de R$ 300 mil, por exemplo, com entrada de 20% e prazo de amortização de 20 anos, a prestação inicial é superior a R$ 3,1 mil e a renda familiar exigida é de R$ 10,3 mil. Quantas famílias brasileiras poderão enfrentar essas condições, num quadro de desaceleração do PIB?
Fonte: oestadão