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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

GOLPE DO SEGURO FALSO JÁ PEGOU 1800 PESSOAS.

Imagem:dreamstime
Reclamações contra golpe do seguro crescem 43%

Denúncias contra falsos corretores chegaram a 1.832 no ano passado, segundo a Susep, órgão do governo que fiscaliza o setor. Fraude mais comum é a cobrança de taxa para o resgate de um seguro que, na verdade, não existe.
Os golpes envolvendo seguros registraram crescimento expressivo em 2009. A Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão público responsável pelo controle e fiscalização do setor, recebeu 1.832 denúncias feitas por pessoas que foram enganadas por falsos corretores, uma alta de 43,2% na comparação com 2008.
O Estado de São Paulo responde por 50% desse fluxo de golpes e denúncias, de acordo com o Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP). “Em São Paulo, o crescimento do número de golpes acompanhou o ritmo do resto do País”, diz Leôncio de Arruda, presidente do Sincor-SP.
No Estado, a alta dos golpes fica evidenciada também pelo número de corretores com registro cassado, que subiu de 31 em 2008 para 42 no ano passado. “Esse é um número baixo se comparado à base de 28 mil corretores que existem no Estado, mas alto se comparado à média de uma ou duas cassações por ano, que tínhamos até 2000”, diz Arruda. Segundo ele, em geral os golpistas têm conhecimento do mercado. “São ex-funcionários de seguradoras e pessoas ligadas ao mercado, que sabem qual é a abordagem com o cliente”, afirma.
O elemento comum a todos os golpes são sempre as vantagens oferecidas à vítima. Saldos a receber, prêmios especiais e preços muito abaixo dos praticados no mercado são as principais características das fraudes com seguros. A coordenadora de atendimento da Susep, Glória Barbosa da Silva, diz que o golpe mais aplicado é aquele em que falsos corretores ligam para as vítimas dizendo que elas têm algum valor a receber da seguradora, mas que para isso, precisam fazer um depósito para a suposta seguradora.
“As principais vítimas são aposentados e pessoas idosas, que são mais crédulas”, diz. Viúvas e pessoas com menos experiência em seguros também são alvos preferenciais dos golpistas.
O contato também é feito por e-mail e por carta, sempre com a proposta de que a pessoa tem algum valor a receber, seja de uma seguradora ou até plano de previdência privada, mas que para isso precisa fazer um depósito. Em alguns casos, o criminoso mostra que tem dados pessoais da vítima, como RG, endereço e nome completo, para conquistar sua confiança.
Há também casos em que falsos corretores se aproximam das vítimas com documentação falsa, inclusive carteirinhas falsificadas da Susep e formulários de apólices. “Nesse caso, o cliente paga pelo seguro e não consegue mais localizar o corretor”, diz Arruda.
Em alguns casos, o golpista que se passa por corretor vende um seguro à vista, mas repassa à seguradora apenas o valor referente à primeira parcela do ano. Quando a vítima percebe, já perdeu o seguro, por falta de pagamento das parcelas seguintes. Em outro golpe, o falso corretor chega a vender um seguro, mas com uma cobertura menor ou diferente da combinada. “Existem casos de pessoas que pagam por seguros de vida, mas contratam, na verdade, seguros de acidentes pessoais”.
O combate à fraude é dificultado pela cautela dos golpistas. “É muito difícil provar esse tipo de golpe, porque os fraudadores tomam precauções para não serem rastreados, só usam celular e e-mails como forma de comunicação”, diz Danilo Sobreira, assistente da diretoria da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados (Fenacor).
A principal arma do consumidor contra esses golpes é a informação. “Quando alguém oferecer um seguro com descontos acima de 40% do valor do mercado, desconfie”, recomenda Arruda. Outra dica que ele dá é em relação à abordagem do golpista. “Se alguém diz que é corretor de determinada seguradora já é golpe, porque o corretor não pode ser vinculado a uma seguradora”, diz.
Previna-se
A principal dica para não cair num golpe de falsos corretores e seguradoras é desconfiar das vantagens excessivas. Não existem seguros que dão prêmios ou saldos para ex-segurados, nem corretores vinculados a determinadas seguradoras que podem dar descontos espetaculares.
Em geral os golpistas só fornecem celulares e sites com informações falsas. Desconfie de corretores que não dão o número de telefones fixos nem endereços de contato verificáveis. Confira sempre se o corretor de seguros é habilitado.
Para saber se o corretor de seguros é habilitado, o consumidor pode acessar o site da Federação Nacional de Corretores de Seguros Privados (http://www.fenacor.com.br/). Lá clique em Cadastro/Pesquisa no menu Serviços para ter acesso ao formulário de busca. Preencha o nome do corretor que procura (sem acentuação). Caso o corretor esteja com situação cadastral ativa, significa que está habilitado para trabalhar.
O Sindicato dos Contadores de Seguros Privados de São Paulo tem o número 0800 11 4999 para informações a respeito dos corretores. No telefone é possível consultar a habilitação do corretor e denunciar tentativas de golpes.
No site da Superintendência de Seguros Privados (http://www.susep.gov.br/) é possível consultar as seguradoras em atividade no País.
A Susep também coloca à disposição o 0800 021 8484 para atendimento ao público.

Fonte: jornaldatarde

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