RESERVA BOSQUE DOS JEQUITIBÁS.

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INÍCIO DE OBRAS!

domingo, 31 de outubro de 2010

ESTANDES IMOBILIÁRIOS SEDUZEM COMPRADOR COM GASTRONOMIA E ATRAÇÕES PARA A FAMÍLIA.


Foi-se o tempo em que a visita a um estande de um imóvel novo resumia-se a ver papéis, a maquete do futuro prédio e, quem sabe, um apartamento decorado. Com o aquecimento do mercado imobiliário, os empreendimentos estão ganhando cada vez mais ações de marketing para atrair a atenção do comprador. Festivais gastronômicos, degustações de bebidas, shows, gincanas, exposições, entre outros eventos, tornaram-se rotina nos estandes de vendas das principais empresas do setor. “O mercado está crescendo cada vez mais, e a gente entende que o consumidor está ficando mais exigente. Se não buscarmos ações diferenciadas para atrair a atenção, acabamos ficando na mesma”, afirma a diretora de marketing da Fernandez Mera, Claudia Muratori de Nadai.
Seja qual for a atração escolhida, o objetivo principal é fazer o potencial comprador sentir-se à vontade naquele espaço. “Todo o processo de compra de um imóvel é muito longo. Ter alguma diversão no estande ajuda bastante. Às vezes você fica três, quatro horas no local, daí pode comer algo diferente, ouvir música, ver alguma atração especial”, diz a diretora de marketing da Abyara, Paola Alambert. Sem a pressão de ficar restrito apenas à conversa com o corretor, o cliente pode ter a sensação de que a compra do imóvel é apenas um elemento a mais dentro de uma grande festa. “Você convida a pessoa para um evento e aproveita para mostrar o produto como um todo”, explica o diretor de marketing da Gafisa, Luiz Carlos Siciliano.

Corrida, churrasco e chefs badalados
A escolha do evento que será realizado depende muito do tipo de empreendimento que está sendo lançado. Para imóveis residenciais, normalmente, eles ocorrem aos finais de semana, mas há casos em que se aproveita a concentração de escritórios em uma região para promover um happy hour e atrair os possíveis clientes após o expediente nos dias úteis. A Gafisa adotou essa tática para o lançamento de um empreendimento no bairro da Vila Mariana, em São Paulo. A combinação de comida de boteco e chopp ajudou a vender 100% das 84 unidades cotadas em R$ 700 mil.
Estandes de apartamentos pequenos, para solteiros ou jovens casais terão ações bem diferentes de produtos voltados para famílias, que precisam pensar na inclusão das crianças durante o tempo de visita ao local, com opções de entretenimento para os pequenos enquanto os adultos analisam o negócio.
Para o lançamento de um empreendimento no bairro de Alphaville, região metropolitana de São Paulo, focado na sustentabilidade e modernidade, a Coelho da Fonseca promoveu uma corrida e caminhada ecológica que contou com cerca de mil participantes. Todos os apartamentos, com metragem entre 43 e 62 m² foram vendidos. “Esse tipo de promoção precisa convergir para o conceito do empreendimento, e ter o efeito de potencializar o evento, de preferência, com a linguagem identificada com o meu produto”, diz o diretor de marketing da empresa, Wilson Campos Mello. Ele cita um lançamento promovido pela Coelho da Fonseca há cinco anos, de um centro médico, que trouxe um recital de jazz com uma banda formada apenas por médicos.
A faixa de preço do imóvel também faz diferença. Clientes convidados para lançamentos de produtos de alto padrão podem degustar a comida de chefs badalados, como Olivier Anquier e Emmanuel Bassoleil, preparando os pratos pessoalmente, ou degustações de restaurantes renomados, como Fasano, Charlô e La Risotteria, do chef Alessandro Segato. “Para eventos de imóveis mais simples, apostamos em opções como brunch, churrasquinho e chopp”, diz Claudia da Fernandez Mera.
Empurrão para as vendas
Nenhuma das imobiliárias entrevistadas afirma ter números concretos a respeito do impacto que essas ações diferenciadas causam nas vendas, entretanto, todas são unânimes em afirmar que a estratégia ajuda a fechar negócio. “Ninguém vai comprar um imóvel em função do evento, não é um fator de decisão, mas é importante para levar a pessoa até o local”, diz Paola, da Abyara. Segundo ela, o fato de existir algo diferente acontecendo no estande colabora para aumentar o número de visitantes, o que, por sua vez, ajuda a incrementar as vendas.
Nem mesmo a presença de eventuais “penetras”, que podem estar ali apenas para aproveitar as benesses oferecidas, preocupa os profissionais de marketing. “Para alguns eventos mais sofisticados, fazemos uma lista com confirmação de presença. Para outros, com atividades mais amplas, convidamos as pessoas, mas qualquer um que chegar para visitar poderá entrar, pois a nossa intenção é justamente ter gente visitando”, afirma Paola. Até mesmo um simples acompanhante do interessado no imóvel pode acabar no foco dos corretores e virar um potencial cliente para outros empreendimentos. “É muito difícil uma pessoa ir só pela farra. Se ela estiver acompanhando um amigo, imaginamos que existe a possibilidade de ambos terem o mesmo nível socioeconômico e tentamos pelo menos fazer um cadastro no nosso banco de dados para oferecer um produto no perfil dele”, explica Siciliano da Gafisa.
Ainda que a compra do imóvel inspire a ideia de ser uma decisão tomada em cima de argumentações mais fortemente racionais, o emocional ganha um peso decisivo nestas situações, como afirma Claudia, da Fernandez Mera. “A gente faz de tudo para o cliente sair de casa naquele momento e aproveitar o negócio com condições especiais, válidas para o evento. Ele vê todas aquelas pessoas em volta e pensa ‘se eu não comprar, eles vão comprar’ e compra por impulso. Se ele vai para casa, começa a pensar, vai fazer conta, passa no concorrente, a compra se perde. O nosso maior inimigo é o travesseiro”.

Fonte: UOL






quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DEPOIS DO BOOM DE LANÇAMENTOS POPULARES, CONSTRUTORAS VOLTAM A APOSTAR EM IMÓVEIS DE QUATRO QUARTOS.


Com o boom de lançamentos populares, impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, os imóveis de quatro quartos sofreram forte retração no mercado imobiliário no ano passado. Segundo dados da Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademi), das 10.763 unidades residenciais lançadas na capital em 2009, apenas 334 tinham quatro quartos. Mas, neste ano, os números apontam leve crescimento de imóveis com mais de três dormitórios. Entre janeiro e setembro, dos 9.336 novos imóveis residenciais, 584 são de quatro dormitórios. De acordo com algumas construtoras, esta pode ser a nova aposta para o mercado carioca.

O presidente da Ademi, Rogério Chor, explica que o aumento da participação das classes C, D e E no mercado acabou contribuindo para o maior investimento em imóveis de dois quartos em detrimento das unidades com mais cômodos.

- Antes de 2008, as faixas de renda correspondentes às classes média e média-baixa representavam 5% do mercado comprador. Em 2009, passou para 15% e em 2010 deve chegar a 40%. E os imóveis mais procurados por esse público são os de dois quartos. Quando não havia tantas facilidades para compra de apartamentos, as classes de alto poder aquisitivo eram as que tinham maior poder de compra e os imóveis de três e quatro quartos eram os mais procurados - explica Chor.

Porém, buscando atender à demanda reprimida por apartamento com mais de três quartos, algumas empresas planejam lançamentos do tipo, como a construtora Calçada, que investe em lançamentos de três e quatro quartos em bairros das zonas Oeste e Norte. No último lançamento da construtora, o Florença Residences, em agosto deste ano, na Tijuca, os 160 apartamentos, de três e quatro quartos, foram vendidos no dia do lançamento. O gerente de marketing da empresa, Bruno Oliveira, confessa que a velocidade de vendas o surpreendeu:

- Nós tínhamos um total de 160 unidades, sendo 140 de três quartos e apenas 20 de quatro quartos, que foram os primeiros a acabar. Acreditamos que há uma demanda reprimida por esse tipo de imóvel.

A Rubi Engenharia também prepara o lançamento de um empreendimento de unidades de três e quatro quartos na Freguesia, ainda para o primeiro trimestre de 2010. A diretora da Rubi, Ana Carolina Alvim, explica que o foco da empresa é nas classes média e média alta e que há público para esses imóveis:

- Esse é o sétimo empreendimento de três e quatro quartos que lançamentos na Freguesia. Com 200 unidades, terá perfil de condomínio-clube, com área de lazer completa - afirma Ana Carolina.

Já a Even está lançando o Royal Blue, na Barra da Tijuca, com 190 apartamentos de até quatro suítes, em parceria com a Disa Catisa. Na primeira fase do empreendimento, com 114 apartamentos, a Even vendeu dois terços das unidades no dia do lançamento. As primeiras a serem vendidas foram as unidades com quatro suítes. Desde que chegou ao Rio, em 2006, é o primeiro empreendimento da Even voltado exclusivamente para a classe A.

- Sentimos uma demanda por este tipo de empreendimento no mercado carioca, que vem recebendo muitos lançamentos populares. Há poucas opções de empreendimentos novos com quatro quartos na cidade - explica Claudio Hermolin, diretor da Even para o Rio.

Fonte: oglobo

terça-feira, 19 de outubro de 2010

TAXA DE JUROS NO BRASIL ESTÁ ENTRE AS MAIS ALTAS DO MUNDO.


Com a ampliação de crédito para a compra de imóveis, ficou mais fácil sonhar com a casa própria. Mas os juros dos empréstimos imobiliários no Brasil, apesar de em queda, ainda são apontados por especialistas como um obstáculo para a redução do déficit habitacional. De acordo com estudo da consultoria AT Kearney, feito com cinco nações, as taxas cobradas por aqui estão entre as mais altas do mundo.

A pesquisa faz uma análise da situação de cinco países: Brasil, Estados Unidos, Espanha, Rússia e Chile. Ao comparar os juros médios do crédito imobiliário, o Brasil, com 11,3%, só perde para a Rússia, onde a taxa, atualmente, é de 14,5%. A menor taxa ficou com a Espanha, de 3,4%, enquanto os EUA cobra 4,9% e o Chile, 3,4%.

Já ao analisar o spread médio no segmento imobiliário, o país assume primeira posição no ranking, com 5,05 pontos percentuais, contra 3,1 na Rússia, 4,8 nos EUA, 3 pontos percentuais no Chile e 2,2 na Espanha. Spread é a diferença entre a taxa que a instituição financeira paga ao captar o dinheiro e a que cobra ao repassá-lo para o cliente.

O diretor da AT Kearney Daniel Cunha atribui a disparidade das taxas no país a três razões. A primeira delas é a baixa competitividade entre os bancos, que contribui para a manutenção das altas taxas de juros. Atualmente, a Caixa Econômica Federal (CEF) detêm 75% dos contratos na carteira de crédito imobiliário. A segunda é o fato de que a maior parte dos empréstimos imobiliários ainda estão atrelados às normas antigas, que não exigiam alienação fiduciária e sim hipoteca, tornando o risco da operação para o agente financeiro maior. Além disso, a burocratização também contribui para o encarecimento das taxas. E, por último, a falta de um mercado secundário, como a securitização, que permite que carteiras de crédito sejam vendidas para investidores no mercado.

Apesar do custo elevado na comparação com outros países e do cenário atual não ser tão favorável, o crédito imobiliário deu um salto no Brasil. Segundo dados do Banco Central (BC), esses empréstimos cresceram 51% nos 12 meses terminados em agosto, ante expansão de 19% do crédito de maneira geral. A implementação do programa Minha Casa, Minha Vida também contribui para a elevação das projeções. Hoje, a fatia do crédito imobiliário em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) é de 3% no Brasil, enquanto na Espanha a proporção é de 26% e no Chile, de 27%.

De acordo com Cunha, o setor continuará a crescer, devido à maior participação dos bancos privados na concessão de crédito para compra do imóvel, além da estabilização da economia, que estimulará credores a realizar mais operações.

- Com as mudanças regulatórias em 2004, quando se instituiu, por exemplo, a alienação fiduciária, que determina que o banco pode retomar com mais facilidade o bem em caso de inadimplência do devedor, as instituições privadas começaram a participar mais da carteira de crédito imobiliário, aumentando a competitividade. Apesar de ser ainda um mercado embrionário, acredito que, com visibilidade maior do que vem pela frente, os bancos comecem a equilibrar suas taxas - explica o diretor.

Fonte: oglobo

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

GOVERNO TEME RISCO DE BOLHA NO MERCADO IMOBILIÁRIO E, POR ISSO, VAI CRIAR ÍNDICE DE INFLAÇÃO PARA MONITORAR SETOR.


Preocupado com o forte aquecimento do mercado imobiliário, o governo vai criar o Índice Nacional dos Preços de Imóveis, que será calculado pelo IBGE já em 2011. 0 objetivo e monitorar o setor.
Oforte aquecimento do mercado imobiliário obrigou o governo federal a trabalhar na criação de mecanismos para evitar bolhas como a que provocou uma quebradeira nos bancos americanos a partir de setembro de 2008, desencadeando a maior crise financeira internacional em quase 80 anos. O primeiro passo será monitorar com lupa a inflação do setor e lançar o Índice Nacional dos Preços de Imóveis, já em 2011, em parceria com o IBGE.
Paralelamente, ciente de que este é um mercado em franca expansão nos 12 meses encerrados em junho, o crédito para a casa própria cresceu 50,6% a equipe econômica está discutindo novas formas de financiamento para o setor. Estima-se que, em 2013, sejam necessários R$ 100 bilhões adicionais às fontes atuais.
O trauma provocado pela crise americana levou muitos países a discutirem a necessidade de monitorar a inflação de ativos como imóveis para evitar surpresas.
Bolhas no mercado imobiliário são difíceis de se identificar mas, quando estouram, provocam grandes estragos explicou uma fonte da equipe econômica.
O mercado americano entrou em crise, entre outros motivos, por ser pouco regulamentado. Foram criados títulos lastreados em hipotecas imobiliárias que eram negociados no mercado.
Num cenário de juros baixos, os imóveis se valorizaram. Mas, quando as taxas começaram a subir, houve aumento da inadimplência nas hipotecas e, com isso, os preços dos imóveis desabaram e afetaram todo o mercado financeiro, levando à quebra de grandes bancos.
Medidas para diversificar crédit
Os técnicos do governo brasileiro destacam que o mercado nacional tem boas regras prudenciais. Mesmo assim, é preciso criar instrumentos, como será o novo índice de preços de imóveis, para um monitoramento mais próximo. Hoje, no Brasil, não há indicadores oficiais para medir preços de imóveis. Índices são feitos esporadicamente por sindicatos regionais. Apenas o custo do material de construção tem acompanhamento mensal.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana, o novo índice pode ser positivo para dar um parâmetro sobre o comportamento dos preços de imóveis no país: Não existe um índice hoje que dê a média dos preços no país. Até porque esse trabalho é muito difícil.
Um imóvel varia de acordo com localização e demanda. Até mesmo numa mesma cidade, os valores variam de acordo com o bairro.
Já o vice-presidente do Secovi-Rio, Manoel Maia, vê a criação do novo índice com certo ceticismo. Embora o próprio sindicato faça esse tipo de monitoramento, Maia teme que os indicadores do governo não acompanhem a realidade rápida do mercado com as suas especificidades por região e acabe influenciando os preços.
Este índice tem que ser feito com cautela.
O coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros, afirma que é importante ter um índice para medir os preços dos imóveis de forma fidedigna. Segundo ele, o acompanhamento hoje é esporádico, feito por metodologias diferentes e variam de região para região.
Outra questão que mobiliza o governo quanto ao setor imobiliário é diversificação das fontes de crédito. É unânime o entendimento de que não se pode continuar dependendo quase que exclusivamente da caderneta de poupança e de que é preciso criar outros instrumentos de captação de recursos no mercado financeiro.
O governo estuda a criação de instrumentos para que o setor privado faça financiamentos de longo prazo e isso vai acabar chegando ao setor imobiliário. É preciso estar preparado explicou um técnico da equipe econômica.
Crestana, do Secovi-SP, lembra que o Brasil tem hoje instrumentos como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) papéis lastreados em créditos imobiliários que são garantidos por imóveis. Mas afirma que o país ainda engatinha nessa área.
Os CRIs ainda são muito residuais disse Crestana.
A caderneta de poupança já financiou este ano, até agosto, 263.701 mil unidades, num montante que soma R$ 34,019 bilhões, volume 74% superior ao do mesmo período em 2009. O volume de CRIs no mercado hoje está entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões.
A poupança tem hoje uma sobra que pode ser aplicada em habitação nos próximos dois anos.
Depois disso, no entanto, vamos precisar de outras fontes afirmou o presidente do Secovi-SP.
A previsão da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) é que o Brasil necessite, já em 2013, de R$ 100 bilhões de recursos adicionais para financiar o setor imobiliário. O déficit habitacional brasileiro é hoje de quase 6 milhões de unidades.

Fonte: oglobo

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

CONSTRUÇÃO FAZ CORRIDA POR CERTIFICADO "VERDE".


                                            

Em meio à competição acirrada no mercado imobiliário brasileiro, cresce a procura por um maior número de certificações sustentáveis como estratégia de valorização imobiliária. É o que apontam as duas principais certificadoras do mercado, a organização não-governamental (ONG) Green Building Council (GBC) e a Fundação Vanzolini, que também estão negociando projetos de certificação de estádios nas cidades-sede da Copa do Mundo.
Atuante no Brasil há seis anos, o Green Building Council (GBC) certificou mais de 30 mil empreendimentos nos Estados Unidos, em onze anos de existência. Trouxe ao Brasil o certificado Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) e desde setembro tem 210 empreendimentos em fase de certificação e 19 certificados. Até o final do ano, espera alcançar 300 processos.
"Desses projetos, a maior parte, 49%, é de projetos de incorporação comercial. São Paulo é o estado que mais procura: tem 138 projetos de certificação", informa o engenheiro Marcos Casado, gerente técnico de Leed do GBC. Para o especialista, o maior número de informações pe o que também gera demanda pelas consultas de projetos nesse perfil imobiliário.
"Em geral, a procura pela certificação acontece por causa do conhecimento dos inquilinos, que acabam pedindo empreendimentos com esse diferencial. Empresas que constroem e administram o empreendimento também procuram pela redução de custos que a certificação traz para a operação", afirma.
Enquanto a construção fica de 2% a 7% mais cara por utilizar materiais certificados, a operação pode ter redução de até 30% graças a uma construção arquitetônica projetada para ter um consumo de água e luz eficiente e redução de perdas na construção.
Um exemplo é o edifício Vargas, instalado no Estado do Rio de Janeiro, que foi certificado na categoria mais alta, denominada Categoria Platinum.
O projeto envolve, segundo especialistas, uma espécie de proposta com retrofit, ou seja, uma reforma que visa à atualização do imóvel.
"O projeto já nasceu com conceito de certificação. Tivemos de fazer diversas operações, como comprovar a compra de material certificado que, por sua vez, deveria ser comprado de um fornecedor próximo à obra, além de incluir no projeto itens para consumo eficiente de água e da iluminação, bicicletário, telhado verde. Chegamos à certificação máxima", diz Marcos Guimarães, gerente de Contrato da Lafem Engenharia, empresa responsável pela execução do projeto, que teve redução de 30% do custo operacional do condomínio.
A partir desse projeto, a empresa começou a se interessar muito pela certificação e se afiliou ao GBC. "A empresa cresceu muito: temos um braço imobiliário, diversos projetos de retrofit e essa é uma demanda que vem dos clientes." De acordo com o executivo, é claro que adotar produtos assim gera alguma diferença no desenvolvimento do projeto. "Aumenta um pouco o custo da obra, mas gera muitos ganhos de custo condominial. E agrega muito para vencer a concorrência, por que ajuda a ganhar clientes e dá visibilidade à obra."
A Fundação Vanzolini, sem fins lucrativos e mantida por professores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), desenvolveu há dois anos a Certificação Aqua, que é baseada no francês HQE (Haute Qualité Environnementale) e reconhecida internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo:França, Alemanha, Inglaterra, Finlândia, Itália e Estados Unidos. Inclui parâmetros técnicos, regulamentações e normalização técnica nacional.
A entidade tem 33 empreendimentos em processo de certificação, 28 emitidos (em fase de concepção, programa e operação) e 15 já certificados. São escolas, comércio, meios de hospedagem, cultura, lazer e bem-estar e habitacional. "O processo do Aqua começou em abril de 2008. Este ano, registramos alta de 250% em certificação de empreendimentos. Temos alguns lançamentos previstos para indústrias, bairros sustentáveis e hospitais", diz Bruno CasaGrande, responsável pelo Desenvolvimento de Negócios da certificação Aqua.
Embora a entidade não confirme, está negociando com bancos e seguradoras incentivos a empresas que certificarem empreendimentos com o Aqua, como a concessão de linhas de crédito facilitadas e seguros de obras e usuários com prêmios e valores reduzidos. A expectativa é que as parcerias sejam anunciadas até o fim do ano.
O certificado tem duração de até 12 meses e engloba etapas de desenvolvimento do projeto e de execução de obras. Para mantê-la após a obra, é preciso fazer a certificação de uso-operação, cuja metodologia está em fase piloto na Fundação Vanzolini. "Há conscientização maior por parte de empreendedores, além da demanda de mercado. As pessoas querem casa mais confortável e passam a exigir isso dos empreendedores. Os que não estão exigindo uma ação, terão empreendimentos defasados."
Copa do Mundo
A divulgação da norma Green Guide, uma espécie de manual com boas práticas que o empreendedor deve seguir para fazer a construção dos estádios que sediarão o mundial de futebol da Fifa no Brasil, está impulsionando a certificação dos estádios, embora não exija uma certificação. O GBC registrou quatro estádios para obter o selo -Manaus, Brasília, Cuiabá e o Mineirão- e está aguardando o registro do pedidos dos estádios de Salvador, Natal, Recife e do Maracanã.
A Fundação Vanzolini também lançou no Brasil uma certificação para arenas e complexos esportivos. "A Fifa reconhece o Aqua, temos um processo para arenas multiúso, e temos 4 propostas que estão sendo analisadas", diz Bruno CasaGrande.

Fonte: DCI