RESERVA BOSQUE DOS JEQUITIBÁS.

RESERVA BOSQUE DOS JEQUITIBÁS.
INÍCIO DE OBRAS!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

SETOR DE IMÓVEIS EM SP PREVÊ NOVA DISPARADA.

Apesar de faltarem menos de dois meses para o fim do ano, o mercado imobiliário residencial da cidade de São Paulo, que viu variações nas vendas durante o ano de 2010, projeta uma retomada forte e crescimento nestes últimos dias do ano, além de apostar em bons resultados também para 2011. Uma das expectativas do setor no Estado de São Paulo é que o novo governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, reforce os investimentos feitos no programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" - iniciado no governo de Lula e centrado na construção de moradias populares para diminuir o déficit habitacional do Brasil.
Entre cidades do interior paulista que apostam na expansão do programa do governo federal, está Jacareí, localizada a 80 quilômetros da capital paulista e que ganhou um reforço de R$ 33 milhões em investimentos para a construção de mais 535 unidades do programa "Minha Casa, Minha Vida", sendo os imóveis destinados a famílias com faixa de renda de zero a 3 salários mínimos. Com isso, a cidade reúne 1.836 unidades habitacionais feitas pelo programa, com um investimento total de R$ 112 milhões.
Para as empresas do setor, o programa está contribuindo para a expansão dos negócios. Um exemplo é a Direcional Engenharia, que atua na cidade de Campinas e que divulgou recentemente um aumento de 51,3% do lucro líquido do terceiro trimestre, ante igual período de 2009 e que chegou a R$ 43,9 milhões. Nos meses de julho a setembro, 98,7% das unidades lançadas pela empresa em todo o País eram destinadas ao programa habitacional feito pelo governo federal.
O programa habitacional do governo federal deve manter o mercado imobiliário aquecido ainda por muitos anos. De acordo com Fábio Romano, diretor de Incorporações da Yuny Incorporadora, a expectativa é que o programa ainda dure muito tempo. "O déficit habitacional no Brasil é muito grande. O 'Minha Casa, Minha Vida' foi feito para durar muitos anos. É uma medida que vai sempre perdurar, já que existe muita demanda para a construção de residências no País", explica o executivo.


Capital

Apesar de uma queda expressiva das vendas de imóveis novos em São Paulo no mês de agosto, quando as vendas foram 48,5% inferiores ao registrado no mês de julho, de acordo com pesquisa do Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP), o setor imobiliário da capital não acredita em um impacto negativo para 2010, e confia que uma retomada do crescimento acontecerá nos meses que encerram o ano de 2010.
Responsável pelo estudo, o sindicato afirma que essas variações são normais e que mudanças significativas já foram observadas em outros momentos deste mesmo ano. Em comparação a janeiro, o mês de fevereiro, por exemplo, teve um crescimento de 89,5%, chegando a 2.858 unidades. No mês seguinte, março, as vendas atingiram 4.095 moradias, seguidas de uma queda de 21% no mês de abril. Em julho, as vendas de imóveis novos caíram 5,4% em relação a junho.
Segundo o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, essas variações não mostram uma tendência do mercado, mas algumas questões pontuais referentes aos meses em estudo. "Quem faz pesquisa mensal vê essas distorções que podem acontecer no mês a mês. O mercado está vendendo muito bem, e as vendas sobre oferta (VSO) estão maiores do que as do período de janeiro a agosto do ano passado", explica.
De acordo com Petrucci, o mercado imobiliário residencial da cidade de São Paulo recebeu menos lançamentos em julho do que em agosto, mas a situação deve mudar nos próximos meses. "Fizemos sondagens com empresas para ver se isso seria revertido, e parece que sim. Parece que foi pontual", explica, reforçando o sentimento de que a queda não indica uma tendência de desaquecimento do mercado.
Fábio Romano, da Yuny Incorporações, segue o pensamento do Secovi e afirma que a baixa registrada em agosto é apenas pontual e que mesmo assim o mercado segue em alta. "Este ano já foram lançados muito produtos, e tudo que é lançado está sendo vendido", afirma.
A diretora de Relacionamento da Brev Soluções Imobiliárias, Cássia Castro, afirma que a venda segue em alta e o mercado ainda está aquecido. "Percebemos que a procura por imóveis está aumentando. Muitas pessoas estão conseguindo linha de crédito, têm dinheiro extra e uma condição financeira que favorece quem quer investir em imóveis", explica ela.
Em relação ao mau desempenho registrado em agosto, Cássia aponta questões burocráticas para a queda expressiva registrada pelo Secovi. "Para aprovar um projeto em São Paulo é necessário um período de 6 a 8 meses. O incorporador compra o terreno e tem de esperar esse tempo para receber a aprovação da prefeitura. O que pode ter acontecido é que agosto se encontrou nesse timing entre a compra e a aprovação do projeto", afirma. De acordo com a executiva, a compra de terrenos está em alta e a expectativa é de que continue a crescer em 2010, e o mercado deve seguir aquecido nos próximos anos.
De acordo com Alexandre Cardoso, presidente da Apoena Imóveis, a cidade de São Paulo enfrenta diversos problemas que podem prejudicar o desempenho do mercado imobiliário. "É difícil encontrar terrenos. Além disso, o Plano Diretor tem muitos erros. Isso faz as pessoas buscarem cidades próximas a São Paulo", explica. O executivo reforça o sentimento positivo registrado pelo setor. "Mesmo assim, o mercado está muito bom e deve continuar aquecido por pelo menos mais cinco anos", finaliza.
A construtora Cyrella, que recentemente divulgou dados relacionados ao terceiro trimestre do ano, quando registrou queda de 34,4% das vendas na comparação com as de igual período de 2009, também demonstra que o mau desempenho é apenas uma questão pontual.
Dados preliminares divulgados pela empresa indicam que em outubro foram feitos mais lançamentos do que o total registrado de julho a setembro.
As empresas do setor imobiliário de São Paulo estão confiantes no desempenho de 2011, quando devem ser alcançados novos recordes de crescimento, depois de um 2010 em alta.

Fonte: DCI

domingo, 7 de novembro de 2010

3° SIMPÓSIO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL MARCA NOVO POSICIONAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL


A terceira edição do Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável reúne especialistas de para discutir o tema Sustentabilidade nos Negócios e Instrumentos de Mudança. O evento, promovido pelo Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) acontece nos dias 8 e 9 de novembro na Câmara Americana do Comércio (Amcham) e está dividido em quatro painéis: Sustentabilidade nos Negócios; Otimização de Recursos; Sustentabilidade Habitacional Urbana; e Análise do Ciclo de Vida e Planejamento da vida útil como ferramenta de projeto. Além disso, estão previstas sessões paralelas para discussão de artigos científicos do Brasil e da América Latina, e workshops.

De acordo com o presidente do CBCS, Marcelo Takaoka, entre cinco e dez anos, os padrões de construção sofrerão mudanças significativas que podem colocar em risco o valor das edificações que continuarem sendo erguidas nos mesmos moldes do final do século 20, como acontece ainda hoje.

- Os dois simpósios anteriores discutiram a importância da consciência sustentável e as melhores práticas. Neste terceiro, queremos apresentar as oportunidades econômicas e de inovação que a sustentabilidade na construção traz aos negócios - , afirma Takaoka - Um dos objetivos é mostrar ao governo, aos empresários e à sociedade como as práticas sustentáveis influenciam diretamente na valorização do imóvel e, consequentemente, no investimento.

Novas técnicas e materiais estão sendo desenvolvidos para aumentar a vida útil dos edifícios. Segundo Roberto Lamberts, do CBCS, atualmente, 10% dos prédios no Rio duram, em média, 50 anos. Após esses período, necessitam de reforma, o que muitas vezes não pode ser feita devido a incompatibilidade do empreendimento com a técnica utilizada.

- Muitas pessoas estão buscando materiais alternativos para construção pensando na sustentabilidade mas que não atendem as normas de durabilidade. Esses paradigmas precisam ser quebrados - completa

A questão da mobilidade urbana também está na pauta do evento. A ideia é pensar em formas de estimular os habitantes a substituírem o transporte privado pelo público. Entre as preocupações dos especialistas estão as favelas que, atualmente, não atendem a nenhum dos quesitos sustentáveis.. Sustentabilidade para muitos, acredita Lamberts, está ligada apenas ao ambiental. No entanto, a economia e o social também são parte do conceito.

Faz parte do evento a conferência internacional Sustainable Building 2010 Brazil (SB10Brazil), organizada pela Universidade de Campinas (Unicamp); Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes); e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); instituições que estão à frente das pesquisas científicas sobre o tema.

Centenas de informações relativas à sustentabilidade na construção estão catalogadas no CBCS, organização que se tornou um dos principais indutores dessas práticas no país. Ações com esse objetivo são imprescindíveis à construção civil por ela ser responsável por considerável parcela do consumo dos recursos naturais do planeta e suas atividades apresentarem como característica intrínseca a geração de grandes volumes de resíduos.

Fonte: oglobo

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

PRÉDIO COMERCIAL TAMBÉM PRECISARÁ DO "OK VERDE".


Inmetro revê etiqueta que pode reduzir pela metade consumo de edifício.

Ao comprar um eletrodoméstico, o consumidor sustentavelmente correto procura pela etiqueta que indica a faixa de consumo de energia do produto, que vai de A (maior economia de energia) a E (menor economia). Agora, o comportamento deve ser repetido por prédios comerciais, seja de serviços ou públicos.

O motivo é que o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) revisou o regulamento técnico da Etiqueta de Eficiência Energética de edificações, que pretende diminuir em até 50% o consumo de energia elétrica. A idéia é incentivar projetos de construção que explorem o potencial natural de iluminação e de ventilação, práticas que evitam o desperdício de energia e preservam o meio ambiente.

Segundo o PBE (Programa Brasileiro de Etiquetagem), que engloba o projeto – desenvolvido em parceria com a Eletrobrás –, os prédios comerciais e públicos consomem 22,6% de toda a energia produzida no país. Enquanto nos edifícios feitos nos padrões da nova regra o consumo pode cair à metade, nos prédios já existentes que venham a passar por adequações bioclimáticas, a economia pode chegar a 30%, de acordo com o PBE.

Incentivos ao ‘nada consta’ ecológico.

As etiquetas vão seguir a mesma faixa de avaliação das concedidas aos eletrodomésticos, observando três sistemas: envoltório, de iluminação e de condicionamento de ar. O uso consciente de água e energia solar também será incentivado.

Até o momento, 14 edificações receberam a etiqueta em seus projetos, entre eles agências bancárias, hotéis, uma faculdade, um laboratório e um terminal rodoviário. A avaliação de eficiência energética de um projeto custa de R$ 15 mil a R$ 20 mil. Para os hotéis, a vantagem é maior. Com a etiqueta, eles têm direito a empréstimos com maiores prazos de financiamento e menores taxas de juros no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Fonte: terra






terça-feira, 2 de novembro de 2010

SURGEM NOVOS NICHOS PARA IMÓVEIS DE LUXO.


Com a falta de terrenos como forte entrave, há uma onda de crescimento de lançamentos no mercado de imóveis de luxo, puxada, de modo geral, pela expansão do poder aquisitivo, em regiões até então não tão exploradas pelas empresas do ramo. Agora, as empresas estão de olho na nova população de alto poder aquisitivo, e buscam alternativas de lançamento em algumas cidades que não costumam ter lançamentos para esse público; logo, a tendência é de surgirem novos nichos para esse mercado.
Nesse sentido ganham destaque cidades do Estado de São Paulo como Itu, Jundiaí, Sorocaba e Guarulhos, além de cidades do Vale do Paraíba. Diadema, no Grande ABC, reduto mais popular, também acaba de virar foco da classe A, tanto que receberá o Condomínio Vitta Parque, lançado pelas incorporadoras Helbor e Setin
Para consultores do ramo, a área imobiliária paulista terá uma alta no mercado de luxo com um salto médio de até 20% este ano, na mesma projeção da valorização do metro quadrado. Há perspectiva com novas moradias também em bairros da capital, assim como cidades da região metropolitana. "Se você for parar para ver, venderam-se mais apartamentos de mais de R$ 3 milhões em dois ou três meses deste ano do que no ano passado inteiro. O grande empresário segue a própria empresa", conta o diretor da construtora Bauman, Fernando Baumann. Ele acredita que esse crescimento segue o aumento do mercado de luxo em geral.
"As pessoas estão apurando seu gosto, aumentando a exigência. Elas buscam luxo, querem um apartamento com mais requinte, mais detalhes", explica o executivo, cuja empresa atua no mercado de empreendimentos de alto padrão há 35 anos. Apesar disso, o executivo relata alguns problemas que o mercado deve enfrentar no futuro: "Conseguir terreno na cidade de São Paulo atualmente é uma dificuldade muito grande", ressalta ele.
Para conseguir novos terrenos, as construtoras têm de comprar casas e lojas dentro de bairros, mas nem sempre encontram moradores dispostos a ceder o terreno. "A família mora lá há anos, e ninguém quer sair daquela casa", diz. Para ele, uma tendência para o mercado seguir crescendo em São Paulo é a reforma de prédios antigos, como acontece em cidades como Nova York. "A construtora compra esqueletos e refaz os prédios para vender", conta Fernando Baumann.
Hoje, na cidade de São Paulo, os lançamentos de luxo estão concentrados principalmente em bairros da zona sul, responsável por 41% do mercado. No primeiro semestre de 2010, foram lançados 17 mil imóveis na cidade de São Paulo, segundo dados do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP). O aquecimento do setor leva ao aumento do preço dos imóveis e à valorização do metro quadrado, que deve subir 20% em 2010.

Interior
A dificuldade de encontrar terrenos em São Paulo também leva à busca por imóveis no interior paulista, que também observa o crescimento do mercado de luxo. Cidades do Vale do Paraíba e a região de Itu e Sorocaba, por exemplo, tornaram-se alvo da especulação recentemente.
"A cidade de São Paulo tem áreas pequenas para prédios, mas para grandes empreendimentos é difícil", conta Alexandre Cardoso, presidente da Apoena Imóveis. "A procura está indo para a região de Itu e para o eixo da cidade de Jundiaí", declarou o executivo. Segundo ele, a Apoena lançou recentemente, em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, o empreendimento Reserva dos Lagos. Com terrenos de 400 a 600 metros quadrados, o condomínio vendeu 70% dos lotes disponíveis em 30 dias de venda.
Cardoso comemora o resultado: "Loteamento fechado, normalmente, demora de 6 meses a um ano depois do lançamento para ser vendido", conta. "No Reserva dos Lagos, depois de 60 dias de venda os terrenos tiveram uma valorização de 25%."
O próximo grande lançamento previsto pela Apoena será um empreendimento na região de Itu, e as expectativas também são boas. "Esse empreendimento já conta com 200 interessados na compra dos 186 lotes disponíveis. É o público de São Paulo mesmo que busca um imóvel como investimento ou para lazer, uma segunda moradia", explica. "Essa região de Sorocaba está crescendo muito. A Castello Branco foi eleita a melhor rodovia e a Toyota está abrindo uma fábrica na cidade", finaliza.

Região metropolitana
O mercado imobiliário de alto padrão também começa a chegar a municípios conhecidos por abrigarem classes mais baixas, sem uma conhecida demanda por imóveis de luxo. Um exemplo é a cidade de Diadema, no Grande ABC, que receberá o Condomínio Vitta Parque, lançado pelas incorporadoras Helbor e Setin. "Vendemos, no fim de semana de lançamento, 70% do empreendimento", explica João Mendes, diretor comercial da Setin.
De acordo com o executivo, a cidade de Diadema, com mais de 300 mil habitantes, não tinha empreendimentos do porte do Vitta Parque, que tem mais de 15 mil metros quadrados e apartamentos de 3 e 4 dormitórios que podem chegar a 113 metros quadrados. "Não vejo isso como um crescimento, mas como o suprimento de uma demanda reprimida", explica.
O empreendimento fica localizado a 300 metros do Shopping Praça da Moça, a cinco minutos da Rodovia dos Imigrantes e a cerca de 15 minutos do Metrô Jabaquara, tornando-se acessível mesmo para quem trabalha em São Paulo.
Outro alvo novo do mercado de alto padrão é o Município de Guarulhos. O bairro Vila Rosália é um dos alvos, e recentemente recebeu um empreendimento feito pela Cia São Paulo em parceria com a Plazza Brasil Imóveis. Segundo a Cia São Paulo, a falta de opção de imóveis de alto padrão em Guarulhos leva muitos potenciais consumidores a procurar moradia em bairros tradicionais, como Tatuapé, Mooca e Anália Franco, em São Paulo. "Nos últimos anos houve uma demanda significativa por apartamentos com quatro dormitórios. Tivemos poucos lançamentos com essas características, e foram vendidos rapidamente", explica o diretor de Planejamento da empresa, Ronald Paixão.

Fonte: DCI





"ESQUELETOS" AUMENTAM DE 18 PARA 30 EM CAMPINAS.



A promessa de 2009 era incluir os prédios inacabados de Campinas no programa Minha Casa, Minha Vida.

Depois da promessa, em abril do ano passado, de incluir alguns dos prédios residenciais inacabados de Campinas no programa Minha Casa, Minha Vida, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, a Prefeitura de Campinas ainda não conseguiu realizar qualquer ação prática e ainda viu crescer de 18 para 30 o número de “esqueletos” de concreto abandonados na cidade, grande parte deles na região Leste, uma das mais valorizadas. As informações estão em um levantamento feito há seis meses e divulgado pelo secretário municipal de Urbanismo, Hélio Carlos Jarreta.

A meta, em 2009, era gerar 20 mil moradias com o aproveitamento das estruturas deixadas por construtoras quebradas. Porém, pendências judiciais envolvendo os compradores dos imóveis e os responsáveis pela massa falida das empresas impedem iniciativas da Prefeitura para diminuir o problema, alega o governo.

“Na realidade, isso sempre passa pelos proprietários que compraram os imóveis ou pelos responsáveis pela obra inacabada, a massa falida. A Prefeitura sempre tem interesse em resolver todos os esqueletos e sempre temos ações proativas para isso. Já chamamos vários proprietários de imóveis inacabados para conversar e ver se é possível ajustar o potencial do empreendimento ou o zoneamento para não termos mais esses esqueletos na cidade”, disse o secretário. “Mas a gestão disso não é nossa. A decisão sobre isso é do proprietário. Eu não posso intervir. A menos que eu desaproprie, mas eu não vou fazer essa desapropriação”, acrescentou Jarreta.

“As cidades onde as grandes construtoras tiveram problemas financeiros têm esse passivo de estrutura. Não há dúvida que é um entrave (para o desenvolvimento urbano). Mas, de qualquer maneira, eu não tenho ação. além da desapropriação, não há mais nada que eu possa fazer”, reforça o secretário.

Sobre o conjunto de quatro prédios inacabados no Jardim Itaiú, que no ano passado foi invadido por famílias do Jardim das Andorinhas e que seria destinado para o programa Minha Casa, Minha Vida, Jarreta afirmou que a construtura responsável desistiu de realizar negócio com o governo. O empreendimento tem 120 apartamentos no total. “Podemos fazer uma ação em conjunto com os órgãos de financiamento, mas aí você tem que achar quem possa fazer esse investimento e se predispor a assumir, porque a Prefeitura não vai assumir”, disse o secretário.


domingo, 31 de outubro de 2010

ESTANDES IMOBILIÁRIOS SEDUZEM COMPRADOR COM GASTRONOMIA E ATRAÇÕES PARA A FAMÍLIA.


Foi-se o tempo em que a visita a um estande de um imóvel novo resumia-se a ver papéis, a maquete do futuro prédio e, quem sabe, um apartamento decorado. Com o aquecimento do mercado imobiliário, os empreendimentos estão ganhando cada vez mais ações de marketing para atrair a atenção do comprador. Festivais gastronômicos, degustações de bebidas, shows, gincanas, exposições, entre outros eventos, tornaram-se rotina nos estandes de vendas das principais empresas do setor. “O mercado está crescendo cada vez mais, e a gente entende que o consumidor está ficando mais exigente. Se não buscarmos ações diferenciadas para atrair a atenção, acabamos ficando na mesma”, afirma a diretora de marketing da Fernandez Mera, Claudia Muratori de Nadai.
Seja qual for a atração escolhida, o objetivo principal é fazer o potencial comprador sentir-se à vontade naquele espaço. “Todo o processo de compra de um imóvel é muito longo. Ter alguma diversão no estande ajuda bastante. Às vezes você fica três, quatro horas no local, daí pode comer algo diferente, ouvir música, ver alguma atração especial”, diz a diretora de marketing da Abyara, Paola Alambert. Sem a pressão de ficar restrito apenas à conversa com o corretor, o cliente pode ter a sensação de que a compra do imóvel é apenas um elemento a mais dentro de uma grande festa. “Você convida a pessoa para um evento e aproveita para mostrar o produto como um todo”, explica o diretor de marketing da Gafisa, Luiz Carlos Siciliano.

Corrida, churrasco e chefs badalados
A escolha do evento que será realizado depende muito do tipo de empreendimento que está sendo lançado. Para imóveis residenciais, normalmente, eles ocorrem aos finais de semana, mas há casos em que se aproveita a concentração de escritórios em uma região para promover um happy hour e atrair os possíveis clientes após o expediente nos dias úteis. A Gafisa adotou essa tática para o lançamento de um empreendimento no bairro da Vila Mariana, em São Paulo. A combinação de comida de boteco e chopp ajudou a vender 100% das 84 unidades cotadas em R$ 700 mil.
Estandes de apartamentos pequenos, para solteiros ou jovens casais terão ações bem diferentes de produtos voltados para famílias, que precisam pensar na inclusão das crianças durante o tempo de visita ao local, com opções de entretenimento para os pequenos enquanto os adultos analisam o negócio.
Para o lançamento de um empreendimento no bairro de Alphaville, região metropolitana de São Paulo, focado na sustentabilidade e modernidade, a Coelho da Fonseca promoveu uma corrida e caminhada ecológica que contou com cerca de mil participantes. Todos os apartamentos, com metragem entre 43 e 62 m² foram vendidos. “Esse tipo de promoção precisa convergir para o conceito do empreendimento, e ter o efeito de potencializar o evento, de preferência, com a linguagem identificada com o meu produto”, diz o diretor de marketing da empresa, Wilson Campos Mello. Ele cita um lançamento promovido pela Coelho da Fonseca há cinco anos, de um centro médico, que trouxe um recital de jazz com uma banda formada apenas por médicos.
A faixa de preço do imóvel também faz diferença. Clientes convidados para lançamentos de produtos de alto padrão podem degustar a comida de chefs badalados, como Olivier Anquier e Emmanuel Bassoleil, preparando os pratos pessoalmente, ou degustações de restaurantes renomados, como Fasano, Charlô e La Risotteria, do chef Alessandro Segato. “Para eventos de imóveis mais simples, apostamos em opções como brunch, churrasquinho e chopp”, diz Claudia da Fernandez Mera.
Empurrão para as vendas
Nenhuma das imobiliárias entrevistadas afirma ter números concretos a respeito do impacto que essas ações diferenciadas causam nas vendas, entretanto, todas são unânimes em afirmar que a estratégia ajuda a fechar negócio. “Ninguém vai comprar um imóvel em função do evento, não é um fator de decisão, mas é importante para levar a pessoa até o local”, diz Paola, da Abyara. Segundo ela, o fato de existir algo diferente acontecendo no estande colabora para aumentar o número de visitantes, o que, por sua vez, ajuda a incrementar as vendas.
Nem mesmo a presença de eventuais “penetras”, que podem estar ali apenas para aproveitar as benesses oferecidas, preocupa os profissionais de marketing. “Para alguns eventos mais sofisticados, fazemos uma lista com confirmação de presença. Para outros, com atividades mais amplas, convidamos as pessoas, mas qualquer um que chegar para visitar poderá entrar, pois a nossa intenção é justamente ter gente visitando”, afirma Paola. Até mesmo um simples acompanhante do interessado no imóvel pode acabar no foco dos corretores e virar um potencial cliente para outros empreendimentos. “É muito difícil uma pessoa ir só pela farra. Se ela estiver acompanhando um amigo, imaginamos que existe a possibilidade de ambos terem o mesmo nível socioeconômico e tentamos pelo menos fazer um cadastro no nosso banco de dados para oferecer um produto no perfil dele”, explica Siciliano da Gafisa.
Ainda que a compra do imóvel inspire a ideia de ser uma decisão tomada em cima de argumentações mais fortemente racionais, o emocional ganha um peso decisivo nestas situações, como afirma Claudia, da Fernandez Mera. “A gente faz de tudo para o cliente sair de casa naquele momento e aproveitar o negócio com condições especiais, válidas para o evento. Ele vê todas aquelas pessoas em volta e pensa ‘se eu não comprar, eles vão comprar’ e compra por impulso. Se ele vai para casa, começa a pensar, vai fazer conta, passa no concorrente, a compra se perde. O nosso maior inimigo é o travesseiro”.

Fonte: UOL






quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DEPOIS DO BOOM DE LANÇAMENTOS POPULARES, CONSTRUTORAS VOLTAM A APOSTAR EM IMÓVEIS DE QUATRO QUARTOS.


Com o boom de lançamentos populares, impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, os imóveis de quatro quartos sofreram forte retração no mercado imobiliário no ano passado. Segundo dados da Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademi), das 10.763 unidades residenciais lançadas na capital em 2009, apenas 334 tinham quatro quartos. Mas, neste ano, os números apontam leve crescimento de imóveis com mais de três dormitórios. Entre janeiro e setembro, dos 9.336 novos imóveis residenciais, 584 são de quatro dormitórios. De acordo com algumas construtoras, esta pode ser a nova aposta para o mercado carioca.

O presidente da Ademi, Rogério Chor, explica que o aumento da participação das classes C, D e E no mercado acabou contribuindo para o maior investimento em imóveis de dois quartos em detrimento das unidades com mais cômodos.

- Antes de 2008, as faixas de renda correspondentes às classes média e média-baixa representavam 5% do mercado comprador. Em 2009, passou para 15% e em 2010 deve chegar a 40%. E os imóveis mais procurados por esse público são os de dois quartos. Quando não havia tantas facilidades para compra de apartamentos, as classes de alto poder aquisitivo eram as que tinham maior poder de compra e os imóveis de três e quatro quartos eram os mais procurados - explica Chor.

Porém, buscando atender à demanda reprimida por apartamento com mais de três quartos, algumas empresas planejam lançamentos do tipo, como a construtora Calçada, que investe em lançamentos de três e quatro quartos em bairros das zonas Oeste e Norte. No último lançamento da construtora, o Florença Residences, em agosto deste ano, na Tijuca, os 160 apartamentos, de três e quatro quartos, foram vendidos no dia do lançamento. O gerente de marketing da empresa, Bruno Oliveira, confessa que a velocidade de vendas o surpreendeu:

- Nós tínhamos um total de 160 unidades, sendo 140 de três quartos e apenas 20 de quatro quartos, que foram os primeiros a acabar. Acreditamos que há uma demanda reprimida por esse tipo de imóvel.

A Rubi Engenharia também prepara o lançamento de um empreendimento de unidades de três e quatro quartos na Freguesia, ainda para o primeiro trimestre de 2010. A diretora da Rubi, Ana Carolina Alvim, explica que o foco da empresa é nas classes média e média alta e que há público para esses imóveis:

- Esse é o sétimo empreendimento de três e quatro quartos que lançamentos na Freguesia. Com 200 unidades, terá perfil de condomínio-clube, com área de lazer completa - afirma Ana Carolina.

Já a Even está lançando o Royal Blue, na Barra da Tijuca, com 190 apartamentos de até quatro suítes, em parceria com a Disa Catisa. Na primeira fase do empreendimento, com 114 apartamentos, a Even vendeu dois terços das unidades no dia do lançamento. As primeiras a serem vendidas foram as unidades com quatro suítes. Desde que chegou ao Rio, em 2006, é o primeiro empreendimento da Even voltado exclusivamente para a classe A.

- Sentimos uma demanda por este tipo de empreendimento no mercado carioca, que vem recebendo muitos lançamentos populares. Há poucas opções de empreendimentos novos com quatro quartos na cidade - explica Claudio Hermolin, diretor da Even para o Rio.

Fonte: oglobo

terça-feira, 19 de outubro de 2010

TAXA DE JUROS NO BRASIL ESTÁ ENTRE AS MAIS ALTAS DO MUNDO.


Com a ampliação de crédito para a compra de imóveis, ficou mais fácil sonhar com a casa própria. Mas os juros dos empréstimos imobiliários no Brasil, apesar de em queda, ainda são apontados por especialistas como um obstáculo para a redução do déficit habitacional. De acordo com estudo da consultoria AT Kearney, feito com cinco nações, as taxas cobradas por aqui estão entre as mais altas do mundo.

A pesquisa faz uma análise da situação de cinco países: Brasil, Estados Unidos, Espanha, Rússia e Chile. Ao comparar os juros médios do crédito imobiliário, o Brasil, com 11,3%, só perde para a Rússia, onde a taxa, atualmente, é de 14,5%. A menor taxa ficou com a Espanha, de 3,4%, enquanto os EUA cobra 4,9% e o Chile, 3,4%.

Já ao analisar o spread médio no segmento imobiliário, o país assume primeira posição no ranking, com 5,05 pontos percentuais, contra 3,1 na Rússia, 4,8 nos EUA, 3 pontos percentuais no Chile e 2,2 na Espanha. Spread é a diferença entre a taxa que a instituição financeira paga ao captar o dinheiro e a que cobra ao repassá-lo para o cliente.

O diretor da AT Kearney Daniel Cunha atribui a disparidade das taxas no país a três razões. A primeira delas é a baixa competitividade entre os bancos, que contribui para a manutenção das altas taxas de juros. Atualmente, a Caixa Econômica Federal (CEF) detêm 75% dos contratos na carteira de crédito imobiliário. A segunda é o fato de que a maior parte dos empréstimos imobiliários ainda estão atrelados às normas antigas, que não exigiam alienação fiduciária e sim hipoteca, tornando o risco da operação para o agente financeiro maior. Além disso, a burocratização também contribui para o encarecimento das taxas. E, por último, a falta de um mercado secundário, como a securitização, que permite que carteiras de crédito sejam vendidas para investidores no mercado.

Apesar do custo elevado na comparação com outros países e do cenário atual não ser tão favorável, o crédito imobiliário deu um salto no Brasil. Segundo dados do Banco Central (BC), esses empréstimos cresceram 51% nos 12 meses terminados em agosto, ante expansão de 19% do crédito de maneira geral. A implementação do programa Minha Casa, Minha Vida também contribui para a elevação das projeções. Hoje, a fatia do crédito imobiliário em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) é de 3% no Brasil, enquanto na Espanha a proporção é de 26% e no Chile, de 27%.

De acordo com Cunha, o setor continuará a crescer, devido à maior participação dos bancos privados na concessão de crédito para compra do imóvel, além da estabilização da economia, que estimulará credores a realizar mais operações.

- Com as mudanças regulatórias em 2004, quando se instituiu, por exemplo, a alienação fiduciária, que determina que o banco pode retomar com mais facilidade o bem em caso de inadimplência do devedor, as instituições privadas começaram a participar mais da carteira de crédito imobiliário, aumentando a competitividade. Apesar de ser ainda um mercado embrionário, acredito que, com visibilidade maior do que vem pela frente, os bancos comecem a equilibrar suas taxas - explica o diretor.

Fonte: oglobo

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

GOVERNO TEME RISCO DE BOLHA NO MERCADO IMOBILIÁRIO E, POR ISSO, VAI CRIAR ÍNDICE DE INFLAÇÃO PARA MONITORAR SETOR.


Preocupado com o forte aquecimento do mercado imobiliário, o governo vai criar o Índice Nacional dos Preços de Imóveis, que será calculado pelo IBGE já em 2011. 0 objetivo e monitorar o setor.
Oforte aquecimento do mercado imobiliário obrigou o governo federal a trabalhar na criação de mecanismos para evitar bolhas como a que provocou uma quebradeira nos bancos americanos a partir de setembro de 2008, desencadeando a maior crise financeira internacional em quase 80 anos. O primeiro passo será monitorar com lupa a inflação do setor e lançar o Índice Nacional dos Preços de Imóveis, já em 2011, em parceria com o IBGE.
Paralelamente, ciente de que este é um mercado em franca expansão nos 12 meses encerrados em junho, o crédito para a casa própria cresceu 50,6% a equipe econômica está discutindo novas formas de financiamento para o setor. Estima-se que, em 2013, sejam necessários R$ 100 bilhões adicionais às fontes atuais.
O trauma provocado pela crise americana levou muitos países a discutirem a necessidade de monitorar a inflação de ativos como imóveis para evitar surpresas.
Bolhas no mercado imobiliário são difíceis de se identificar mas, quando estouram, provocam grandes estragos explicou uma fonte da equipe econômica.
O mercado americano entrou em crise, entre outros motivos, por ser pouco regulamentado. Foram criados títulos lastreados em hipotecas imobiliárias que eram negociados no mercado.
Num cenário de juros baixos, os imóveis se valorizaram. Mas, quando as taxas começaram a subir, houve aumento da inadimplência nas hipotecas e, com isso, os preços dos imóveis desabaram e afetaram todo o mercado financeiro, levando à quebra de grandes bancos.
Medidas para diversificar crédit
Os técnicos do governo brasileiro destacam que o mercado nacional tem boas regras prudenciais. Mesmo assim, é preciso criar instrumentos, como será o novo índice de preços de imóveis, para um monitoramento mais próximo. Hoje, no Brasil, não há indicadores oficiais para medir preços de imóveis. Índices são feitos esporadicamente por sindicatos regionais. Apenas o custo do material de construção tem acompanhamento mensal.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana, o novo índice pode ser positivo para dar um parâmetro sobre o comportamento dos preços de imóveis no país: Não existe um índice hoje que dê a média dos preços no país. Até porque esse trabalho é muito difícil.
Um imóvel varia de acordo com localização e demanda. Até mesmo numa mesma cidade, os valores variam de acordo com o bairro.
Já o vice-presidente do Secovi-Rio, Manoel Maia, vê a criação do novo índice com certo ceticismo. Embora o próprio sindicato faça esse tipo de monitoramento, Maia teme que os indicadores do governo não acompanhem a realidade rápida do mercado com as suas especificidades por região e acabe influenciando os preços.
Este índice tem que ser feito com cautela.
O coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros, afirma que é importante ter um índice para medir os preços dos imóveis de forma fidedigna. Segundo ele, o acompanhamento hoje é esporádico, feito por metodologias diferentes e variam de região para região.
Outra questão que mobiliza o governo quanto ao setor imobiliário é diversificação das fontes de crédito. É unânime o entendimento de que não se pode continuar dependendo quase que exclusivamente da caderneta de poupança e de que é preciso criar outros instrumentos de captação de recursos no mercado financeiro.
O governo estuda a criação de instrumentos para que o setor privado faça financiamentos de longo prazo e isso vai acabar chegando ao setor imobiliário. É preciso estar preparado explicou um técnico da equipe econômica.
Crestana, do Secovi-SP, lembra que o Brasil tem hoje instrumentos como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) papéis lastreados em créditos imobiliários que são garantidos por imóveis. Mas afirma que o país ainda engatinha nessa área.
Os CRIs ainda são muito residuais disse Crestana.
A caderneta de poupança já financiou este ano, até agosto, 263.701 mil unidades, num montante que soma R$ 34,019 bilhões, volume 74% superior ao do mesmo período em 2009. O volume de CRIs no mercado hoje está entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões.
A poupança tem hoje uma sobra que pode ser aplicada em habitação nos próximos dois anos.
Depois disso, no entanto, vamos precisar de outras fontes afirmou o presidente do Secovi-SP.
A previsão da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) é que o Brasil necessite, já em 2013, de R$ 100 bilhões de recursos adicionais para financiar o setor imobiliário. O déficit habitacional brasileiro é hoje de quase 6 milhões de unidades.

Fonte: oglobo

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

CONSTRUÇÃO FAZ CORRIDA POR CERTIFICADO "VERDE".


                                            

Em meio à competição acirrada no mercado imobiliário brasileiro, cresce a procura por um maior número de certificações sustentáveis como estratégia de valorização imobiliária. É o que apontam as duas principais certificadoras do mercado, a organização não-governamental (ONG) Green Building Council (GBC) e a Fundação Vanzolini, que também estão negociando projetos de certificação de estádios nas cidades-sede da Copa do Mundo.
Atuante no Brasil há seis anos, o Green Building Council (GBC) certificou mais de 30 mil empreendimentos nos Estados Unidos, em onze anos de existência. Trouxe ao Brasil o certificado Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) e desde setembro tem 210 empreendimentos em fase de certificação e 19 certificados. Até o final do ano, espera alcançar 300 processos.
"Desses projetos, a maior parte, 49%, é de projetos de incorporação comercial. São Paulo é o estado que mais procura: tem 138 projetos de certificação", informa o engenheiro Marcos Casado, gerente técnico de Leed do GBC. Para o especialista, o maior número de informações pe o que também gera demanda pelas consultas de projetos nesse perfil imobiliário.
"Em geral, a procura pela certificação acontece por causa do conhecimento dos inquilinos, que acabam pedindo empreendimentos com esse diferencial. Empresas que constroem e administram o empreendimento também procuram pela redução de custos que a certificação traz para a operação", afirma.
Enquanto a construção fica de 2% a 7% mais cara por utilizar materiais certificados, a operação pode ter redução de até 30% graças a uma construção arquitetônica projetada para ter um consumo de água e luz eficiente e redução de perdas na construção.
Um exemplo é o edifício Vargas, instalado no Estado do Rio de Janeiro, que foi certificado na categoria mais alta, denominada Categoria Platinum.
O projeto envolve, segundo especialistas, uma espécie de proposta com retrofit, ou seja, uma reforma que visa à atualização do imóvel.
"O projeto já nasceu com conceito de certificação. Tivemos de fazer diversas operações, como comprovar a compra de material certificado que, por sua vez, deveria ser comprado de um fornecedor próximo à obra, além de incluir no projeto itens para consumo eficiente de água e da iluminação, bicicletário, telhado verde. Chegamos à certificação máxima", diz Marcos Guimarães, gerente de Contrato da Lafem Engenharia, empresa responsável pela execução do projeto, que teve redução de 30% do custo operacional do condomínio.
A partir desse projeto, a empresa começou a se interessar muito pela certificação e se afiliou ao GBC. "A empresa cresceu muito: temos um braço imobiliário, diversos projetos de retrofit e essa é uma demanda que vem dos clientes." De acordo com o executivo, é claro que adotar produtos assim gera alguma diferença no desenvolvimento do projeto. "Aumenta um pouco o custo da obra, mas gera muitos ganhos de custo condominial. E agrega muito para vencer a concorrência, por que ajuda a ganhar clientes e dá visibilidade à obra."
A Fundação Vanzolini, sem fins lucrativos e mantida por professores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), desenvolveu há dois anos a Certificação Aqua, que é baseada no francês HQE (Haute Qualité Environnementale) e reconhecida internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo:França, Alemanha, Inglaterra, Finlândia, Itália e Estados Unidos. Inclui parâmetros técnicos, regulamentações e normalização técnica nacional.
A entidade tem 33 empreendimentos em processo de certificação, 28 emitidos (em fase de concepção, programa e operação) e 15 já certificados. São escolas, comércio, meios de hospedagem, cultura, lazer e bem-estar e habitacional. "O processo do Aqua começou em abril de 2008. Este ano, registramos alta de 250% em certificação de empreendimentos. Temos alguns lançamentos previstos para indústrias, bairros sustentáveis e hospitais", diz Bruno CasaGrande, responsável pelo Desenvolvimento de Negócios da certificação Aqua.
Embora a entidade não confirme, está negociando com bancos e seguradoras incentivos a empresas que certificarem empreendimentos com o Aqua, como a concessão de linhas de crédito facilitadas e seguros de obras e usuários com prêmios e valores reduzidos. A expectativa é que as parcerias sejam anunciadas até o fim do ano.
O certificado tem duração de até 12 meses e engloba etapas de desenvolvimento do projeto e de execução de obras. Para mantê-la após a obra, é preciso fazer a certificação de uso-operação, cuja metodologia está em fase piloto na Fundação Vanzolini. "Há conscientização maior por parte de empreendedores, além da demanda de mercado. As pessoas querem casa mais confortável e passam a exigir isso dos empreendedores. Os que não estão exigindo uma ação, terão empreendimentos defasados."
Copa do Mundo
A divulgação da norma Green Guide, uma espécie de manual com boas práticas que o empreendedor deve seguir para fazer a construção dos estádios que sediarão o mundial de futebol da Fifa no Brasil, está impulsionando a certificação dos estádios, embora não exija uma certificação. O GBC registrou quatro estádios para obter o selo -Manaus, Brasília, Cuiabá e o Mineirão- e está aguardando o registro do pedidos dos estádios de Salvador, Natal, Recife e do Maracanã.
A Fundação Vanzolini também lançou no Brasil uma certificação para arenas e complexos esportivos. "A Fifa reconhece o Aqua, temos um processo para arenas multiúso, e temos 4 propostas que estão sendo analisadas", diz Bruno CasaGrande.

Fonte: DCI

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ALUGUEL RJ > UM TERÇO DOS IMÓVEIS OFERTADOS EM JULHO FOI ALUGADO NO MESMO MÊS.

Um terço dos imóveis ofertados em julho foi alugado no próprio mês. É o que aponta o Índice de Velocidade de Locações (IVL), que mede as chances de um imóvel ser alugado no mês em que é ofertado para locação. Registrado pela imobiliária Apsa, o índice atingiu 33,33% em julho, contra 27,88% do mês anterior.
A Tijuca foi o bairro que mais se destacou. Além de apresentar o índice mais alto da cidade, teve uma forte aceleração em comparação com o mês anterior, saltando de 16,13% para 69,23%. Uma alta que, de acordo com o gerente-geral de imóveis da Apsa, Jean Carvalho, tem justificativas.
- Além de a Tijuca oferecer bons preços e infraestrutura, a implantação recente de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) levou maior sensação de segurança ao bairro. A Tijuca está recuperando o seu potencial. Durante muito tempo, os preços despencaram.
O Flamengo ficou com a segunda colocação, mantendo-se estável na faixa dos 60%. Já o Leblon alcançou o mesmo nível, mas com um aumento significativo, já que, no mês de junho o índice foi de 45,45%. O de Botafogo também aumentou, subindo de 33,33 para 42,86%.
O Centro, onde as locações comerciais costumam ser maioria, também teve alta, saindo de 5,71% para 10,71%.
Segundo levantamento do Secovi Rio, as imobiliárias chegam a receber 15 pessoas interessadas num único imóvel. Em muitos casos, a fila de espera demora meses, segundo o vice-presidente de Assuntos Condominiais do Secovi Rio, Leonardo Schneider:
- Com o trânsito piorando, as pessoas estão migrando para áreas próximas ao trabalho, a fim de facilitar o deslocamento. Além disso, a cidade está recebendo um número crescente de estudantes de outros estados, sem falar nos empregados de multinacionais. Nesses casos, a locação é a solução mais cômoda, daí o aumento na demanda.

Fonte: oglobo


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

CONSTRUÇÃO CIVIL RETOMA RÍTMO DE CRESCIMENTO.



Após ligeira desaceleração em junho, a indústria de construção civil voltou a registrar aquecimento mais forte em julho. Sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o nível de atividade do setor subiu para 54,9 pontos, ante 53,8 pontos em junho. O indicador varia de zero a cem, mostrando expansão acima dos 50 pontos.
De acordo com os dados divulgados hoje, foi o sexto mês consecutivo de expansão da construção civil, ao que tudo indica retomando o passo dos demais setores da economia, que voltam a crescer de forma mais acelerada depois de desaquecimento no segundo trimestre do ano.
O maior dinamismo é puxado pelas cinco dezenas de grandes incorporadoras do país, cujo indicador de atividade subiu a 57,4 pontos em julho, ante 55,1 pontos no mês anterior. As pequenas companhias também reagiram bem ante junho, quando tinham 50,4 pontos e passaram em julho para 52,4 pontos.
Já as médias empresas apontaram um pequeno recuo para 54,8 pontos na evolução do nível de atividade. Em junho, apontavam 55,3 pontos.
Na visão do responsável pela pesquisa, o economista da CNI, Danilo Garcia, o aquecimento em julho sobre junho se estende a empresas de todos os portes e setores. "Os segmentos de construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados cresceram em julho", assinala Garcia, lembrando que contratos governamentais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa Minha Vida mantém o vigor no setor.
A sondagem da construção civil foi feita entre 2 e 18 de agosto, com 438 empresas, entre as quais 210 pequenas, 174 médias e 54 de grande porte.

Fonte: ValorOnline

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

SEGURO-FIANÇA GANHA ESPAÇO DO FIADOR NO MERCADO DE LOCAÇÃO.

O seguro-fiança ganhou participação nos contratos de locação residencial nas grandes cidades, tirando espaço do tradicional fiador e do depósito de caução.
Na cidade de São Paulo, esse tipo de garantia passou de uma fatia de apenas 9,4% em junho de 2005, primeiro ano da pesquisa no formato atual, para 27,4% no mesmo mês deste ano, segundo o Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis).
De olho nessa expansão, as seguradoras investem no aperfeiçoamento do produto, ampliando a cobertura além da inadimplência com aluguel, incluindo também pintura, água, luz, gás e danos ao imóvel, entre outros.
"A participação tende a crescer. Em dez anos, acredito que seja a garantia predominante nas grandes cidades", afirma José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP, lembrando as dificuldades em conseguir um fiador nesses locais.
Para ele, as alterações na Lei do Inquilinato, em vigor desde janeiro, podem contribuir para essa expansão, devido à maior facilidade do fiador para se desvencilhar do contrato.
Em caso de divórcio do casal que mora no imóvel, por exemplo, o fiador pode se eximir da responsabilidade 120 dias depois da notificação ao locador, em vez de ficar "preso" mesmo que não conheça bem o cônjuge que permaneceu na moradia.
                                                                                                                                           arte Folha de São Paulo


RAPIDEZ
Na avaliação de Jaques Bushatsky, diretor de legislação do inquilinato do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), o seguro-fiança "é a melhor modalidade porque é a única em que o locador recebe automaticamente. Nas outras, é preciso entrar com uma ação de despejo para então fazer a cobrança".
Segundo ele, o período entre a decisão favorável a uma ação de despejo e o recebimento dos aluguéis atrasados pode chegar a um ano.
Para Viana, um dos empecilhos à aceleração do ritmo de crescimento ainda é o valor do seguro-fiança. "É muito caro. As seguradoras imputam uma taxa de risco muito alta", analisa.
Na Porto Seguro, que domina esse segmento, o pagamento varia de 0,8 a 1,3 vez o valor do aluguel. Apesar disso, segundo o gerente da empresa Luiz Carlos Henrique, há inquilinos que também preferem o seguro-fiança, mesmo tendo uma despesa extra com a locação.
Assim, diz, conseguem se livrar do constrangimento de sair em busca de um fiador em locais em que têm poucos ou nenhum amigo ou parente para pedir o favor.
"Há muito o que crescer. O produto ainda tem baixa utilização por desconhecimento dos locadores", analisa Rogério Vergara, presidente da comissão de crédito e garantia da Federação de Seguros Gerais. "Quanto maior for o volume de adesões, menor será o custo unitário. A tendência é que o preço caia."

Fonte: Folha.com


CAIXA VAI LIBERAR CRÉDITO DENTRO DE IMOBILIÁRIAS.


Fonte: dreamstime

A Caixa Econômica Federal, que tem 76% do mercado brasileiro de crédito imobiliário, se estrutura para dar o maior passo para acelerar a concessão do financiamento da casa própria no país.
Ela quer fazer com que o comprador de imóvel saia com o empréstimo aprovado dentro das imobiliárias e das construtoras, exatamente como acontece no mercado de veículos, em que o comprador sai da concessionária com carro novo, financiamento e seguro aprovados.
A Caixa prospecta acordos operacionais com as principais imobiliárias e construtoras do país e não descarta a possibilidade de comprar participações nessas empresas. O objetivo é manter a posição de mercado, quando os concorrentes se estruturam para crescer no setor.
"Precisamos de parceiros na geração do crédito imobiliário. São vários modelos: em alguns casos, pode aparecer via acordo operacional; em outros, a gente pode construir uma joint venture", afirmou Marcio Percival, vice-presidente da Caixapar, braço de participações da instituição federal.
A adesão da Caixa ao modelo de "correspondente imobiliário", em que os corretores de imóveis fazem 90% da origem de crédito imobiliário, tem o potencial de mudar a forma com que o financiamento da casa própria acontece no país.
O correspondente imobiliário terá treinamento para fazer simulações, esclarecer dúvidas, identificar e propor o melhor caminho de financiamento para cada cliente.
Poderá inclusive receber e conferir os principais documentos, encaminhando tudo para aprovação interna do banco, que dá a palavra final.
"O controle de risco é da Caixa. Você não vai deixar um correspondente ou um corretor de imóvel aprovar o crédito. Mas é inegável que ele tem um papel importante. A rede da Caixa é muito grande e não vai parar de fazer crédito. Nós vamos alavancar mais esse processo."
O modelo foi introduzido há três anos pelo Itaú, que fez parcerias com a Lopes e a Coelho do Fonseca, duas tradicionais imobiliárias.
Na Coelho da Fonseca, 60% das vendas ocorrerão com financiamento imobiliário neste ano. Em 2008, só 20% das vendas tinham financiamento e, no ano passado, já eram 40%.
"Antes, o financiamento era para quem não tinha dinheiro. Hoje, é justamente para quem tem alta renda e dinheiro para pagar à vista. Por que pagar à vista, se você pode fazer um financiamento com o menor juro do Brasil? O cliente acaba financiando e guarda os recursos para aplicar", disse Cláudio Costa, gerente da Coelho.
A Caixa também busca sócios para atuar na parte operacional e na arquitetura do crédito, como securitização de recebíveis de crédito.

Fonte: Folha.com

VENDAS DE IMÓVEIS NOVOS CRESCEM 18% NO 1º SEMESTRE EM SP.

Fonte: dreamstime

A venda de imóveis novos residenciais na capital paulista somou 17.005 unidades no primeiro semestre, com elevação de 18,4% ante o mesmo período no ano passado, que teve o desempenho afetado pelo agravamento da crise econômica mundial, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo.
Os imóveis de dois dormitórios tiveram a maior participação nas vendas, representando 35,3% do total, seguido pelas unidades com três dormitórios (35,1%). A capital do Estado respondeu por mais da metade (50,6%) das moradias vendidas na região metropolitana de São Paulo (33.576), que engloba outros 38 municípios.
Já a quantidade de lançamentos, contabilizada pela Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos sobre o Patrimônio), registrou expansão de 66,5% no mesmo comparativo, totalizando 13.566 moradias postas à venda entre janeiro e junho deste ano.
O movimento se deve ao maior acesso da população ao crédito habitacional, assim como o interesse dos bancos por esse tipo de financiamento, e ao programa Minha Casa, Minha Vida, que usa recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e foi lançado pelo governo federal em março do ano passado com a meta de atingir um milhão de moradias até o final de 2010.
Com isso, o preço do metro quadrado de área útil dos imóveis novos subiu 37,4% desde janeiro de 2005 na comparação com junho de 2010, considerando o valor médio dos lançamentos registrado nos últimos 12 meses, de acordo com a metodologia do Secovi. No mesmo período, o INCC (Índice Nacional da Construção Civil) subiu 45,3%.

FINANCIAMENTOS
As operações de crédito imobiliário com recursos da poupança atingiram R$ 23,8 bilhões no primeiro semestre em todo o país, registrando o melhor resultado para esse período da série histórica, iniciada em 1967, de acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Com condições mais favoráveis ao tomador do empréstimo, com taxas de juros menores e o alongamento dos prazos de pagamento, o percentual de financiamento dos imóveis vem crescendo nos últimos anos, atingindo entre janeiro e junho uma média de 61,9% do valor total da moradia.
Na Caixa Econômica Federal, que domina esse mercado, os empréstimos habitacionais chegaram a R$ 40,1 bilhões nos sete primeiros meses do ano, mais do dobro (104%) em relação ao mesmo período de 2009.
Os sucessivos recordes estão levando o banco a começar a procurar fontes alternativas de financiamento, além do FGTS e da poupança. Para Jorge Hereda, vice-presidente de Governo da instituição financeira, 'temos mais uns três anos para conseguir equacionar essa questão'.

Fonte: Folha.com

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

MEIO AMBIENTE > GRANDES PRÉDIOS ADEREM À SUSTENTABILIDADE E TÊM LUCRO.

Fonte: dreamstime


 
Fonte: Google


Empire State inaugura mostra e condomínio canadense dá exemplo.

Dois grandes e bons exemplos de sustentabilidade acabam de vir de cima: o tradicionalíssimo edifício Empire State Building, em Nova York (Estados Unidos), e o condomínio Dockside Green, em Victoria (Canadá).
No Empire State, a ideia é ilustrar para inspirar. É esse o espírito de uma mostra de sustentabilidade multimídia que traduz para leigos as iniciativas tomadas desde 2009 pelo condomínio e que visam a economia de energia e práticas sustentáveis. A exposição usa instalações e esculturas.
Após a conclusão do programa de reabilitação energética do prédio, a expectativa é que o condomínio reduza seu consumo de energia em mais de 38%, os custos com energia em US$ 4,4 milhões por ano (cerca de R$ 7,9 milhões), e as emissões de carbono em 105 mil toneladas nos próximos 15 anos.
No Canadá, a diferença é que a iniciativa já existe, e os ganhos à natureza são notáveis. Situado ao norte da cidade de Victoria, o complexo de edifícios de 70 mil m² não destruiu o ambiente, mas cedeu espaço a ele. Além de aprimorar a rede de lagoas e canais e torná-la ‘habitável’ para plantas e animais, a administração criou também um riacho artificial que circula água reciclada em uma usina subterrânea de tratamento de esgoto.
Há também turbinas de ventos nos telhados e sistemas de ventilação com ar externo e de uso de energia solar. Com isso, não há necessidade de uso de combustíveis fósseis para proporcionar calor à região. Originalmente uma sociedade entre um grupo de aprimoramento de moinhos de vento e o sindicato de crédito canadense, o projeto foi orçado em cerca de R$ 852 mil. O resultado para os moradores é que as contas de energia e de água juntas não chegam a 15 dólares canadenses (R$ 25).





SP TEM QUEDA NA VENDA DE IMÓVEIS USADOS APÓS 5 MESES.

Fonte: dreamstime

Após cinco meses consecutivos de alta, a venda de imóveis usados no Estado de São Paulo registrou sua primeira queda em 2010. Comparando-se junho em relação a maio deste ano, a baixa foi de 23,1%, de acordo com pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP) feita com 1.864 imobiliárias em 37 cidades e divulgada nesta sexta-feira.
Segundo o levantamento, foram comercializados 1.380 imóveis em todo o Estado de São Paulo em junho, sendo que os apartamentos representaram 52,19% do total de negócios, deixando as casas correspondentes aos 47,81% restantes.
A pesquisa ainda mostra que a queda na venda de imóveis foi mais acentuada no interior do Estado, registrando baixa de 27,76%. No litoral, os acordos diminuíram 22,13%, enquanto no Grande ABC, Diadema, Osasco e Guarulhos a redução foi de 26,44%. O menor índice negativo foi o da capital São Paulo, de 15,53%.
Na divisão por preços, os imóveis com valor superior a R$ 200 mil foram equivalentes a 73,95% dos negócios fechados na cidade de São Paulo em junho.

Financiamentos e empréstimos

Segundo a pesquisa do Creci-SP, os financiamentos corresponderam por 69,63% dos acordos de casas e apartamentos.
A locação de imóveis também apresentou queda de 18,7% - 3.860 casas e apartamentos foram alugados no mês.




sexta-feira, 13 de agosto de 2010

FORNECIMENTO DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO JÁ PREOCUPA.

Fonte: dreamstime

As maiores dificuldades parecem estar no fornecimento de tijolos, mas cimento, ferro, concreto e cerâmica também foram apontados como problemáticos

Além da dificuldade em encontrar mão de obra treinada, as construtoras enfrentam agora a escassez na oferta de materiais, também provocada pelo ritmo intenso de atividades do setor. Fornecedores de produtos básicos e de materiais de acabamento estão operando a plena capacidade. As construtoras dizem que os casos de falta de produtos são exceções, mas já são comuns os relatos de atraso em entregas e o aumento dos preços é visto como um entrave. As maiores dificuldades parecem estar no fornecimento de tijolos, mas cimento, ferro, concreto e cerâmica também foram apontados como problemáticos.

A reação dos fornecedores tem sido elevar as importações, como é o caso das fábricas de cimento, que estão trazendo o produto do exterior para abastecer mercados como o Nordeste e o Centro-Oeste. Outras empresas aceleram seus projetos de ampliação de fábricas para aumentar a produção mais rapidamente.

Com um poder de barganha maior, as grandes construtoras não sofrem com a falta de material de construção em suas obras. Mas reclamam da logística e do consequente aumento dos custos de transporte para atender regiões mais distantes.

Fonte: ValorOnLine  

CRÉDITO IMOBILIÁRIO FAZ A CAIXA LUCAR R$ 1,7 BI.

Fonte: dreamstime


A Caixa Econômica Federal (CEF) teve lucro líquido de R$ 890 milhões no segundo trimestre e acumulou ganhos de R$ 1,7 bilhão no semestre. O resultado do segundo trimestre é 14,5% superior ao do primeiro trimestre, e na comparação semestral, é 44,1% superior ao mesmo período de 2009.
"O resultado obtido é mais um passo na estratégia, estabelecida ainda em 2003, de consolidar a Caixa como uma instituição relevante no acesso a crédito", declarou em comunicado, a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho.
Segundo a instituição, o destaque do período foi a expansão do crédito imobiliário. As contratações no semestre foram da ordem de R$ 33,5 bilhões, incluindo repasses. O valor é quase o dobro do valor registrado no mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, a carteira imobiliária da instituição cresceu 58%.
O vice-presidente de Risco e Controle da Caixa, Marcos Vasconcelos, diz que os recursos da poupança e do fundo de garantia depositados na instituição são suficientes para os próximos anos. "Até 2012 os recursos são suficientes para financiar a crescente demanda", estimou.
Segundo o diretor, a instituição já está preparando alternativas para aumentar o crédito imobiliário no futuro. "Nesse segundo semestre já estamos preparando um processo de securitização do crédito imobiliário com o intuito de dinamizar esse mercado", assegura Vasconcelos.
O diretor informou que a Caixa também está desenvolvendo o mercado de Letras de Crédito Imobiliário (LCI). "A emissão de LCI representa cerca de 10% de nossa carteira de crédito", exemplificou Vasconcelos.
Ele detalhou que as contratações com recursos da caderneta de poupança (SBPE) atingiram R$ 14,9 bilhões no semestre e saldo de R$ 44,5 bilhões, um acréscimo de cerca de 84% frente ao mesmo período do ano anterior.
O comunicado de balanço informou que com as contratações realizadas ao longo do primeiro semestre, o saldo total da carteira habitacional alcançou R$ 86,9 bilhões, avanço de 23,2% nos seis primeiros meses do ano.
De acordo com Vasconcelos, esse patamar eleva para 75,9% a participação da Caixa nesse segmento no mercado, 3,4 pontos percentuais a mais do que em junho do ano passado.
O programa 'Minha Casa, Minha Vida' representou o financiamento de 560 mil imóveis", informou o vice-presidente, sobre o programa de habitação.
Para efeito de comparação, a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip) havia informado que anteriormente a participação da Caixa estava em 67%, seguida pela do Itaú Unibanco, de 14%.
A inadimplência do crédito imobiliário ficou em 1,7%, percentual inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, que foi de 2,0%. Para efeito de comparação, a Abecip divulgou a inadimplência do mercado em 1,3% no critério de alienação fiduciária e 2,52% na composição com hipotecas.
Quanto à carteira de crédito para pessoas jurídicas, Vasconcelos informou que as contratações atingiram R$ 26,5 bilhões no semestre. "Cerca de 40% foram para as médias e grandes empresas, com tíquete médio de R$ 13 milhões por operação", detalhou.
"As micro e pequenas empresas representaram 60% do crédito e 98% das operações", informa Vasconcelos.
No segmento de loterias, Vasconcelos esclareceu que, descontados os impostos, os repasses sociais e os prêmios, a Caixa arrecadou R$ 770 milhões com a atividade no primeiro semestre. "Mas a maior parte desse valor fica com as lotéricas", esclareceu.
De acordo com o balanço divulgado, o patrimônio líquido consolidado atingiu R$ 14,3 bilhões ao fim de junho e representou um aumento de 5,9% no semestre, e o retorno sobre o patrimônio líquido médio alcançou 25,8%, ao passo que a inadimplência total ficou em 2,3% - "patamar estável", diz a instituição.
A instituição financeira está capitalizada e informou que seu índice de Basileia fechou em 17,1% no semestre, superior aos 11% mínimos exigidos pelo Banco Central.
A carteira de pessoas físicas obteve saldo de R$ 24,9 bilhões, valor 35,4% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior.
A Caixa ampliou sua base de clientes, somando 51 milhões entre correntistas e poupadores de todas as faixas de renda, crescimento de 5,7% comparado ao primeiro semestre de 2009.
Os depósitos totais alcançaram saldo de R$ 195,9 bilhões, aumento de 11,3% em 12 meses. Além dos R$ 116,3 bilhões da poupança, os depósitos à vista tiveram saldo de R$ 18,0 bilhões, aumento de 35,3%, para uma base com cerca de 15,4 milhões de contas físicas e jurídicas.
O patrimônio líquido total dos fundos de investimentos apresentou aumento de 11,5%, passando de R$ 249,4 bilhões em junho de 2009 para R$ 278,2 bilhões em junho de 2010.

Fonte: DCI

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

DEMANDA POR MORADIA EXIGIRÁ R$ 520 BI EM CRÉDITO EM 2014.

Fonte: dreamstime


O crédito imobiliário deve financiar 930 mil imóveis em 2010, mas a demanda média anual deve superar 1,37 milhão de unidades por ano até 2016. Esse déficit habitacional de mais 400 mil unidades anuais deve continuar a pressionar a demanda por crédito imobiliário no País.
"Em 2014, a demanda por crédito imobiliário será de R$ 520 bilhões, precisamos de outras alternativas além da poupança para financiar a crescente demanda", alerta o presidente da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip), Luiz Antonio França.
De acordo com dados do Banco Central, a captação líquida da poupança saltou para o recorde de R$ 5,32 bilhões em julho, acumulando R$ 14,16 bilhões no ano.Dessa forma, o saldo de recursos da poupança para crédito imobiliário (SBPE) atingiu R$ 276,9 bilhões ao fim de julho desse ano.
Mas mesmo com essa boa performance a Abecip busca outras alternativas para complementar os recursos do crédito imobiliário. "Nós nos reunimos nessa terça-feira com a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda para propor a adoção dos covered bonds no Brasil", informou França.
Segundo o executivo, os covered bonds, tradicionalmente utilizados na Europa, podem servir como mais um instrumento de crédito a ser utilizado pelos bancos. "É uma espécie de LCI [Letra de Crédito Imobiliário] em que o banco pode emitir esse título", exemplifica França.
O presidente da Abecip justificou a necessidade de mudar a legislação para que o produto possa ser adotado no Brasil. "A diferença é que, em caso de não-pagamento, os ativos podem ser transferidos diretamente para o investidor", detalha França, sobre a forma de garantia do novo título.
Atualmente, a legislação prevê que, em caso de insolvência, a preferência de receber os ativos é do governo, seguido pelos custos trabalhistas; só depois o investidor tem direito ao resgate.
O economista-chefe da consultoria MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros, diferenciou os covered bonds dos atuais instrumentos de securitização. "Os covered bonds são utilizados pelos bancos para captar crédito de longo prazo, ao passo que a securitização é um mecanismo do mercado de capitais", explicou Barros ao DCI.
O presidente da Abecip diz que o setor está atento à demanda futura de crédito. "Em setembro vamos conversar com a Anbima [Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais] e com a CVM [Comissão de Valores Imobiliários] para discutir a necessidade futura de financiamento imobiliário", informa França.
Bolha
Enquanto o novo instrumento não é adotado, o setor avalia a existência de uma bolha imobiliária no Brasil.
A Abecip aproveitou o balanço para divulgar um estudo encomendado à MB Associados sobre essa questão, e apontou que há uma valorização expressiva dos imóveis por conta da forte demanda. "O preço dos imóveis vai continuar subindo nos próximos anos", avalia o economista da MB Associados, Sérgio Vale.
Mas, ao mesmo tempo, Mendonça de Barros avalia que essa valorização não é semelhante à bolha imobiliária que ocorreu nos Estados Unidos antes da crise econômica mundial de 2008. "Não temos esse oba-oba das características básicas de uma bolha clássica. Não há desequilíbrio macroeconômico nem alavancagem", argumenta Mendonça de Barros.
"O que existe é um processo de aumento de preços por conta da demanda, mas com o crescimento da renda a população vai conseguir absorver o aumento do preço dos imóveis", avalia Barros.
De acordo com dados divulgados pela MB Associados, a massa anual de renda está crescendo entre 8% e 8,5% acima da inflação em todo o País. "Os principais centros imobiliários estão muito ativos. Rio de Janeiro cresce a 8,5%, e São Paulo, a 8,1% até 2015", informa Sérgio Vale.
Mendonça de Barros considerou que o desafio do setor é "industrializar a construção de conjuntos habitacionais para a classe C", concluiu o economista-chefe.

Fonte: DCI