RESERVA BOSQUE DOS JEQUITIBÁS.

RESERVA BOSQUE DOS JEQUITIBÁS.
INÍCIO DE OBRAS!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

PREÇO DE IMÓVEL SOBE E ENCARECE FINANCIAMENTO.

Mutuário gasta hoje 30% mais para comprar o mesmo apartamento ou casa que há dois anos.

Hoje, para financiar a casa própria, o consumidor precisa tomar um empréstimo 30% maior que o valor que seria necessário se ele tivesse financiado um imóvel semelhante dois anos atrás. É o que diz a pesquisa da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Em 2008, o mutuário contratava um crédito no valor médio de R$ 100,2 mil (veja quadro). Agora, precisa financiar R$ 130,4 mil para comprar um imóvel de padrão semelhante. Isso ocorre principalmente porque o preço dos imóveis da capital subiu nada menos que 43% nos últimos cinco anos, informa a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). Foi esse o aumento registrado no valor médio do metro quadrado de um apartamento de dois quartos, diz a consultoria.
“A demanda está muito aquecida e as incorporadoras encontram dificuldades para aumentar a oferta”, afirma Luiz Paulo Pompeia, diretor da Embraesp. Ele explica que, de um lado, o crescimento da renda do trabalhador e a expansão da oferta do crédito imobiliário contribuem para aumentar a demanda. Do outro, a escassez de terrenos e a nova lei de zoneamento da cidade (que limita a área a ser construída), ajudam a reduzir a oferta de novos imóveis - ainda que as 14 mil unidades lançadas na capital em março sejam o volume mais expressivo colocado no mercado em um mês já registrado pela Embraesp desde 1985. “Nesse descompasso, os preços sobem mesmo”, ressalta Pompeia. “Mas acredito que os valores já estejam muito próximos do teto. Daqui a pouco, os preços devem se estabilizar porque, caso contrário, os consumidores enfrentarão dificuldades sérias para comprar o imóvel.”
Os preços podem até não subir muito mais, porém também não vão cair. Portanto, o consumidor deve se acostumar aos patamares atuais. Diante disso, há algumas opções a analisar antes de embarcar em um financiamento de valor mais alto.
A primeira possibilidade a considerar é a mais óbvia: contratar o crédito mesmo assim, encarando prestações mais altas e prazos mais longos, desde que sua renda lhe permita aceitar essas condições. Dinheiro no mercado, certamente, não faltará. Afinal, a estimativa é que o crédito imobiliário totalize R$ 69 bilhões em 2010. “Os bancos fazem uma análise de crédito rigorosa, emprestam o dinheiro com garantias, mas cabe ao comprador analisar se essa é a mesmo a opção mais indicada, já que se trata de uma dívida longa”, avalia Ricardo Almeida, coordenador da pós-graduação da Faap em negócios imobiliários.
USADOS
Os imóveis usados são uma excelente opção nesse caso, e eles têm se valorizado. Na região central, por exemplo, o metro quadrado que custava, em média, R$ 1.296,25 em 2006, agora chega a R$ 4.166,66, segundo o Conselho Regional de Corretores de São Paulo - e os apartamentos com mais de 15 anos, por serem mais amplos, têm ainda mais interessados. Mas, ainda assim, estas unidades costumam ser 20% a 30% mais baratas do que os novos.
Outra alternativa para quem quer fugir de um financiamento de valor muito alto é escolher outra região da cidade. “O aumento do preço dos imóveis ocorreu de forma concentrada, com foco em algumas regiões que apresentam uma procura muito grande”, destaca João Crestana, presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação). “Por isso, há bairros onde os preços estão baixos, não subiram. Nesses lugares, o consumidor pode encontrar um apartamento do mesmo padrão e pagar menos.”
FAIXAS DE PREÇO
Para imóveis que custam até R$ 130 mil, as taxas de juros dos financiamentos variam de 7,5% (pelo programa Minha Casa, Minha Vida) a 11% ao ano (na modalidade de crédito financiada com recursos do FGTS).
Para residências cujo preço varia de R$ 130 mil a R$ 500 mil, o financiamento deve ser feito com recursos da poupança, e as taxas de juros vão de 9,5% a 13% a. a.
Acima desse valor, os financiamentos são feitos com recursos livres e têm juros de 14% a. a.





sexta-feira, 23 de abril de 2010

NEGOCIE A QUITAÇÃO DA CASA.

Imagem: dreamstime

Antecipar o pagamento do financiamento do imóvel exige negociação com a instituição financeira.

Para realizar o sonho de comprar a casa própria, muitas pessoas se preparam para pagar um financiamento por 20 anos ou até mais. Depois de alguns anos, porém, a meta é quitar a dívida ou amortizá-la, isto é, adiantar o pagamento do financiamento para reduzir o número de parcelas. Essa medida pode ser um bom negócio, desde que o comprador tome alguns cuidados antes de entrar em contato com a instituição financeira e assim conseguindo um abatimento do valor devido.
“O Código de Defesa do Consumidor (CDC) prevê que o cidadão tem o direito de quitar antecipadamente seus financiamentos mediante um abatimento proporcional no preço”, explica Valéria Cunha, assistente de direção da Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP).
Para isso, o consumidor deve procurar a instituição bancária onde contratou o financiamento e apresentar a sua proposta. “O banco ou financeira deve apresentar ao cliente o valor final após calcular os juros e os descontos cabíveis previstos no contrato”, afirma.
Em alguns casos as instituições podem apresentar ao consumidor cobrança da taxa de quitação antecipada, proporcional ao valor do saldo devedor, mas ela é considerada ilegal. “Os bancos podem alegar que têm custos operacionais para realizar o cálculo para cobrar essa tarifa, mas ela é abusiva”, afirma Valéria. “O consumidor pode reclamar sobre a cobrança na instituição ou em um órgão de defesa do consumidor.”
Mesmo com esse direito previsto em lei, é importante negociar bastante com o banco para conseguir um bom desconto no financiamento.
“Hoje em dia os descontos no caso de quitação são mais difíceis, primeiro porque é muito comum o Sistema de Amortização Constante (SAC), que consiste na redução gradativa das parcelas do financiamento, e também porque é mais interessante para o banco trabalhar com as prestações e juros mantendo o cliente vinculado a ele usando produtos e serviços”, explica Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
Dados estatísticos mostram que o brasileiro não gosta de dívidas de longo prazo e prefere antecipar os pagamentos. “Muitas pessoas pagam duas prestações por mês (a atual e a última) visando concluir mais rapidamente o pagamento do financiamento. Pode ser uma boa opção para uns e para outros não, mas é uma decisão muito pessoal”.
Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), cerca de metade das operações de financiamento contratadas no primeiro bimestre deste ano em todo o País foi para aquisição de imóvel.

Fonte: jornaldatarde

terça-feira, 20 de abril de 2010

BANCOS REDUZEM JUROS NA COMPRA DE IMÓVEIS; COMPARE.


Os juros cobrados no financiamento da casa própria caíram em algumas modalidades na Caixa Econômica Federal, Nossa Caixa e Santander, em comparação a janeiro deste ano, segundo pesquisa feita junto a sete bancos brasileiros. No levantamento, o interessado pode conferir os valores de imóveis disponíveis para cada produto, bem como o limite máximo que pode ser financiado.
A Caixa alterou de 5,12% para 5% a taxa cobrada nos financiamentos do programa Minha Casa Minha Vida e Carta de Crédito Caixa FGTS para famílias que ganham até R$ 2.325 - para renda até R$ 4.900 a taxa foi de 8,47% para 8,16%. Já o Santander diminuiu os juros da modalidade SuperCasa Parcelas Fixas de 12,2% para 12,18% e a Nossa Caixa de 12,24% para 12,21% no plano pré-fixado pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
Um item fundamental que muda de acordo com cada produto é o sistema de amortização (pagamento da dívida). Ele varia entre o Sistema de Amortização Constante (SAC) e o pagamento em parcelas fixas - também chamado de Tabela Price. No SAC, o valor abatido do saldo devedor é constante e, como o valor pago a título de juros no início do financiamento são maiores, as parcelas decrescem ao longo do pagamento. Já na Tabela Price, as prestações são fixas do início ao final do contrato.
É bom lembrar que sobre o cálculo de ambas as modalidades pode incidir uma correção monetária, feita pela Taxa Referencial (TR), que também é utilizada como complemento para o rendimento da poupança. Essa correção depende do contrato assinado, se ele é com taxa pré-fixada ou pós-fixada. Como base, a TR para aplicações ou financiamentos com aniversário em 7 de maio ficou em 0,0213%.
A Caixa oferece a possibilidade de o cliente optar em dar como garantia ao banco uma hipoteca ao invés da alienação fiduciária. Segundo o membro do conselho jurídico do Secovi-SP Rodrigo Bicalho, a diferença básica entra as duas modalidades é que na hipoteca, para ficar com o imóvel do devedor com prestação em atraso, o banco precisa entrar com uma ação na Justiça. Já na alienação fiduciária, o banco aciona o registro de imóveis, que entra em contato com o devedor e dá um prazo de 15 dias para a quitação da dívida.
Segundo Bicalho, além de ser uma garantia menos burocrática para o banco, na alienação fiduciária a liminar para desocupação do imóvel é garantida, enquanto na hipoteca o juiz pode negar o pedido do banco.
Uso do FGTS no financiamento
O uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) do trabalhador é permitido, mas depende de algumas condições. O imóvel tem que ser urbano e ter valor de avaliação de até R$ 500 mil, o que inviabiliza o uso em algumas modalidades de financiamento oferecidas pelos bancos.
Outra exigência é que o interessado não tenha imóvel, concluído ou em construção, financiado pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH). A pessoa também não pode ter imóveis em seu nome no município de residência ou no que exerce sua atividade profissional, ou, em ambos os casos, situados em cidades vizinhas ou de uma mesma região metropolitana.
O interessado também deve ter conta ativa no FGTS por pelo menos três anos, que podem ser contínuos ou alternados. O imóvel em questão também não pode ter sido adquirido com recursos do fundo nos últimos três anos anteriores à compra.


APARTAMENTOS E FAZENDAS DE BANCO FALIDO VÃO A LEILÃO ONLINE.


Sessenta e três imóveis que eram de propriedade do Banco Econômico, instituição que sofreu intervenção do Banco do Brasil e faliu na metade dos anos 90, estão em leilão online. Os lotes estão espalhados pelo País. Há, no leque de itens, fazendas, apartamentos, estacionamentos e terrenos de grandes proporções em cidades como Salvador, sede da instituição financeira liquidada.
Somado, o valor dos lotes ofertados chega a R$ 29.827.587,28. Esta, contudo, é a soma dos valores mínimos em que foram abertos os leilões, podendo aumentar dependendo do apetite dos compradores.
Para a aquisição, o interessado pode optar pelo pagamento à vista ou pelo financiamento em até 60 meses do valor. O martelo será batido às 14 horas do dia 27 de abril.
Fotos e maiores detalhes estão disponíveis no site Super Imóvel (http://www.superimovel.com.br/), onde também o possível comprador pode fazer suas ofertas. Para a efetuação do lance, o interessado deve fazer um cadastro no endereço eletrônico. Para outro tipo de checagem sobre os lotes e outras informações, há a possibilidade de contato telefônico.
O Banco Econômico, que pertenceu ao empresário Ângelo Calmon de Sá, foi uma das intituições financeiras que faliu com a implantação do Plano Real. Seus diretores chegaram a receber condenação por crimes financeiros, assim como seu proprietário. Parte do banco foi adquirida pelo Banco Excel, em 1996, com ajuda do Proer.
Fonte: terraonine

 


segunda-feira, 19 de abril de 2010

UMA MÁQUINA DE CONSTRUIR CASAS.

                                                               
Campeã de vendas do programa Minha Casa, Minha Vida, MRV tem planos de construir 70 mil casas por ano até 2015, o que pode transformá-la na maior construtora do mundo.

Aos 12 anos de idade, Rubens vendeu uma vaca, presente do pai, e investiu o dinheiro em dólar e ouro. Aos 19, estagiário de engenharia numa construtora de Belo Horizonte, descia o carro na banguela para economizar gasolina. Aos 23, apostou com o chefe um jantar à base de camarão se conseguisse construir uma casa a um custo abaixo do estimado. O imóvel está lá, na Rua dos Maçaricos, zona norte da capital mineira, como pedra fundamental do que é hoje a MRV ? maior construtora do País voltada para a baixa renda e também a que mais fatura com o programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal, segundo dados de mercado.
O jeito austero com que Rubens Menin, de 54 anos, tratou suas contas desde a infância está impresso na empresa criada em 1979, em sociedade com dois primos. "Somos espartanos", gosta de dizer. Cortar custos é a alma do seu negócio. Foi assim que ele fez da MRV uma máquina de construir ? na semana passada, com valor de mercado de R$ 5,7 bilhões. Ela disputa com a PDG Realty o posto de segunda empresa imobiliária mais valiosa da Bovespa, atrás da Cyrela.
No ano passado, a MRV produziu 13 mil casas e apartamentos e vendeu 23 mil, faturando R$ 2,8 bilhões. No prazo máximo de cinco anos, Rubens quer tornar a MRV um fenômeno mundial, com uma média de 70 mil unidades construídas por ano. A mexicana Homex, hoje a que mais constrói, coloca em pé 53 mil casas. No Brasil, só a Encol, que foi a maior do País e faliu em 1997, chegou tão perto. "É um objetivo ousado, mas não chega a ser impróprio, desde que haja escala", diz o professor de Real Estate da USP, João da Rocha Lima Jr.
Isso significa instituir uma produção em série na companhia, coisa que a MRV já faz, mas precisa aperfeiçoar. Originalidade não é uma palavra que se costuma pronunciar nos corredores da empresa, nos canteiros e nos plantões de venda. Menin se orgulha disso. Abre um sorriso quando avista a fachada padrão de seus imóveis. "Reconhece?", costuma perguntar. "É nosso." Todos os apartamentos são iguais nas 75 cidades onde está presente. O piso salmão da sala é o mesmo em São Paulo e em Porto Alegre. As 135 mil janelas encomendadas para este ano não diferem em nada umas das outras. Para ter escala, a MRV tenta aumentar ao máximo o número de unidades por canteiro de obra, sem ter de multiplicar o número de empreendimentos.
As novas metas de Menin começaram a ser delineadas em um fim de tarde de dezembro de 2008. "A Dilma está no telefone e quer falar com o senhor", avisou a secretária. Era a Rousseff, convidando-o para uma reunião em Brasília. Além dele, outros seis empresários da construção se sentaram à mesa para discutir o programa. O plano chegou meio torto: as construtoras teriam participação secundária e dependeriam das terras do poder público para construir. As empresas ajudaram a reformular o programa. "No dia do anúncio, fomos morrendo de medo para Brasília. Não sabíamos o que nos esperava", lembra Menin. "Acabou saindo melhor do que a encomenda." Todas as propostas das construtoras foram aceitas e o governo ainda decidiu subsidiar parte dos imóveis.
Assim que o Minha Casa, Minha Vida engrenou, a MRV refez as metas. O crescimento, estimado no início do ano em 15% em relação a 2008, foi ampliado para 50%. As vendas quase dobraram. O programa, criado para facilitar a compra de imóveis por famílias de baixa renda, caiu como uma luva para a construtora, com uma experiência de três décadas nesse segmento.
Trator. Menin, que já era uma máquina no trabalho, virou um trator. Ele viaja duas vezes por semana, num avião particular, para visitar obras, terrenos e concorrentes. O jato sai de Belo Horizonte impreterivelmente às 5h55. Quem atrasa fica para trás. "Corremos contra o pôr-do-sol porque no escuro não dá para ver obras." Nas cidades que ele levava no máximo 1h30 para percorrer, hoje precisa de quase cinco horas, porque as paradas se multiplicaram. Há duas semanas, numa quinta-feira, Rubens esteve em São José do Rio Preto, Araçatuba, Sorocaba e Itu, no interior de São Paulo ? Estado que concentra um terço do negócio. O recorde foram 12 municípios em um dia.
Naquela quinta, de calça cáqui, sapato social, camisa Lacoste e uma bolsa preta a tiracolo, Menin esteve em 22 canteiros, 20 terrenos e em cinco concorrentes no período de 12 horas. Uma comitiva, formada por diretores regionais e corretores, esperava por ele em cada um dos destinos com um mapa da cidade e imagens de satélite dos terrenos. Menin acompanha todos os trajetos no mapa e fica aflito se não consegue identificar em que rua está passando. "Você não disse que esse terreno estava em área urbanizada, Tonhão?", perguntou a um dos diretores e amigo de faculdade. "Isso aqui está no meio de um clarão. Não tem nada perto."
O empresário diz que revolucionou o mercado de baixa renda ao mostrar que é possível construir condomínios baratos dentro da cidade. Por isso, o sucesso de um empreendimento depende da escolha do terreno. Todos são visitados por Menin e passam por sua aprovação. "Ele sempre quer saber se tem padaria perto", diz um dos corretores. "Eu e o Elie Horn (da Cyrela) somos os que mais rodamos", conta Menin. "Às vezes me ligam para dizer que ele acabou de passar por uma obra nossa. E ligam para o Elie para contar que me viram numa obra deles."
Na visita aos canteiros, ele circula entre os operários e entra em pelo menos um imóvel do empreendimento. Depois de um tapinha nas costas do engenheiro responsável, dispara uma série de perguntas-padrão: prazo, número de funcionários, unidades concluídas, custo, nada escapa. "Essa é a sua pior obra em produtividade, não é?", perguntou a um dos supervisores, que em resposta deu um sorriso sem graça. Na saída, Rubens sacou o gravador: "Parque Alba, 350 homens, 30 apartamentos, produtividade baixa."
Cobrança. São até 100 gravações por viagem. Entre uma cidade e outra, Menin liga para a secretária, em Belo Horizonte, e "descarrega" o que gravou. Ela envia as mensagens para os gestores responsáveis por cada área. Na viagem que o Estado acompanhou, um dos diretores recebeu três e-mails enquanto dividia o mesmo carro que o chefe.
A cobrança por resultados é aplicada aos 18 mil funcionários. O cumprimento das metas é recompensado com bônus, prêmios, participação nos lucros e ações da empresa. Hoje, R$ 420 milhões ? 7,1% do capital ? estão nas mãos de executivos e conselheiros. Menin tem 34,6% das ações. A maioria dos executivos é formada por amigos pessoais. "O Rubão liga o tempo todo, até no fim de semana, para tratar de negócios, sugerir um vinho ou saber os resultados de um exame médico", conta Lucas Cabaleiro, diretor de desenvolvimento imobiliário.
Desde janeiro, Cabaleiro disputa o primeiro lugar no ranking dos diretores que mais compram terreno e mais conseguem fazer permuta (oferta de imóveis como parte do pagamento). Se atingir a meta, pode ser recompensado com até 12 salários. Engenheiros que reduzem prazos e custos podem ganhar até oito. Este ano, os supervisores de obra passaram a ser motivados por um concurso próprio, com prêmios que variam de R$ 10 mil a R$ 50 mil.
O comprometimento com a redução de custos é alvo de programas específicos, com bônus próprios. Em 2008, no auge da crise, a construtora lançou a "brigada de custos". Cada um dos diretores ficou responsável por reduzir os gastos numa área que não é a sua. A meta de Menin, por exemplo, é diminuir a conta de telefone. Fazer economia pode significar até 30% a mais na participação dos lucros no fim do ano. Desde o início da brigada, a empresa economizou R$ 42 milhões ? dinheiro suficiente para construir 800 unidades.
Em casa, nem a fatura dos cartões de crédito dos três filhos casados escapa à calculadora de Menin. "É incrível como ele consegue cuidar da empresa e das nossas despesas ao mesmo tempo", disse a filha Maria Fernanda, 30 anos, promovida no mês passado ao cargo de diretora-jurídica da empresa. Só o filho mais novo, João Vitor, 28 anos, não está na MRV. Rafael, de 29, também foi promovido recentemente, com a reestruturação do organograma. A mudança está diretamente ligada a uma futura sucessão de Menin, mas ele não fala em aposentadoria. "Se parar, embota." Disposição ele tem. Na viagem que o Estado acompanhou, iniciada quando o sol ainda não tinha nascido, Rubens só ameaçou o primeiro bocejo às 18h58.

Fonte: estadão




sexta-feira, 16 de abril de 2010

VENDA DE IMÓVEIS EM SÃO PAULO SOBE 83,7% EM FEVEREIRO.

Imagem: dreamstime

Venda de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo somou 2.858 unidades em fevereiro.

A venda de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo somou 2.858 unidades em fevereiro, volume 83,7% superior ao registrado um ano antes e 89,5% maior que o de janeiro. Os dados fazem parte de pesquisa do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP). Segundo o sindicato, o resultado representa a melhor performance de vendas do município para o mês desde adoção da mudança na metodologia da pesquisa sobre o mercado imobiliário, em 2004.
Conforme a pesquisa, do total comercializado no mês, 2.201 unidades (77%) se encontravam no período de lançamento. "A tendência de desempenho mais fraco normalmente observada no primeiro trimestre é mais forte para empreendimentos com valores mais altos, acima de R$ 200 mil a unidade. Na baixa renda acredito esse impacto sazonal não é tão significativo", diz o presidente do Secovi-SP, João Crestana.
Em valor movimentado, as vendas cresceram 55,9% em o Valor Global de Vendas (VGV) no mês de fevereiro ante janeiro, para R$ 915,1 milhões. Em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a economia ainda se recuperava da crise global, as vendas subiram 157,7%. O ritmo de comercialização medido pelo indicador Vendas sobre Oferta (VSO) ficou em 21,1% no mês referente a pesquisa, também marcando o melhor fevereiro desde a modificação de metodologia da pesquisa. O ritmo de vendas do segundo mês em 2009 ficou em 7,7% e o de janeiro de 2010 foi de 11,3%.
O segmento de dois dormitórios manteve a liderança, com 46,4% do total comercializado no período, seguido por três dormitórios (29,3%) e quatro dormitórios ou mais (17,2%). O valor médio dos imóveis vendidos em fevereiro foi de R$ 228 mil, considerando os diversos segmentos. Segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos sobre Patrimônio (Embraesp), destacados pelo Secovi-SP, em fevereiro, foram lançadas 1.644 unidades, 178,6% a mais que em janeiro e 35,8% superior a fevereiro de 2009.
No acumulado dos primeiros dois meses do ano os lançamentos aumentaram 40,2%, somando 2.234 unidades, enquanto as vendas cresceram 63,3%, totalizando 4.366 moradias. O desempenho médio de vendas também foi superior, com VSO médio mensal de 16,2% diante dos 6,6% de média apurada no primeiro bimestre do ano passado.

Fonte: iG




VÁRIAS CONSTRUTORAS ESTÃO ADEQUANDO SUAS OBRAS AOS PROJETOS ECOLÓGICOS.

Imagem: dreamstime

Obra deve ser ecológica e condomínio deve ter energia solar e tanques de reúso, entre outros.

De olho no aumento das vendas dos lançamentos ecológicos, algumas construtoras usam o conceito de prédio “verde” apenas como estratégica de marketing, mas não oferecem imóveis com essas características. Há pelo menos 170 empreendimentos no País, 106 deles em São Paulo, em processo de certificação ambiental. A maioria é comercial.
De acordo com Hamilton de França, diretor de Sustentabilidade do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), embora algumas empresas façam propagandas sobre prédios verdes, a única forma de se ter certeza é por meio das certificações (saiba mais). Quando uma certificação é implantada, a economia média de recursos no condomínio é de 15%. Os gastos com energia podem cair até 40%.
Embora a maioria dos prédios ainda não tenha o selo verde, as empresas buscam adotar soluções ecológicas nos empreendimentos. A construtora Setin, do Grupo Klabin Segall, por exemplo, entrega os prédios com alguns itens sustentáveis.
O consultor estratégico Daniel Setin explica que desde 2003, a Setin desenvolve projetos verdes. Um deles é o Mundo Apto - são 1.200 apartamentos divididos em seis bairros (Cambuci, Barra Funda, Santana, Saúde, Vila Alexandria e Ipiranga) - com energia solar para os chuveiros, tanques subterrâneos para tratamento e armazenamento de água de reúso e paredes de dry wall (sistema construtivo em gesso) que gera menos entulho.
O diretor de Sustentabilidade do Secovi-SP afirma que há muitas iniciativas positivas, mas também muita falta de informação. “O imóvel verde tem várias características que vão desde como a obra e a construção pronta vão se relacionar com a comunidade, passando pela questão da economia de energia durante a concepção e a execução e, principalmente, durante a vida útil do prédio”. Isso significa que, além de ser construído com princípios de sustentabilidade, o prédio novo deve estar preparado para manter esses princípios no dia a dia dos moradores.





quinta-feira, 15 de abril de 2010

CASA ECOLÓGICA QUE NÃO RECEBE CONTA DE LUZ.




Quem for ao Parque do Ibirapuera, na zona sul, até o dia 28 poderá ter uma ideia de como serão as casas no futuro. Chegou a São Paulo a exposição Casa Alemã: a Casa Ecoeficiente, que mostra o protótipo de uma moradia energeticamente sustentável. Ou seja, sem conta de luz.
Em um pequeno espaço, o protótipo reúne soluções arquitetônicas inovadoras no que se refere ao consumo de energia sustentável na construção civil. O projeto é uma iniciativa do Ministério de Economia e Tecnologia e do Ministério de Transporte, Obras e Desenvolvimento Urbano da Alemanha, viabilizado pela Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo.
Durante a inauguração da exposição, o vice-presidente da Câmara Brasil-Alemanha, Julio Muñoz Kampff, afirmou que a Alemanha se destaca pelas inovações tecnológicas e que esta é uma oportunidade para o Brasil conhecer novos projetos. “Mesmo com todas as reservas naturais, é preciso pensar na questão energética.”
Tecnologia
O projeto desenvolveu um sistema de painéis fotovoltaicos - lâminas com dispositivos que transformam energia solar em elétrica - que, além de produzir energia, protegem contra a radiação solar e regulam a luz que incide nos ambientes. Só as janelas geram 25% da energia consumida pela casa.
O protótipo tem ainda sistema de isolamento a vácuo, ventilação mecânica, técnicas de iluminação e aparelhos eletrodomésticos poupadores de energia, como refrigerador e cafeteira.
A cozinha foi projetada em um pequeno espaço e com consumo mínimo de energia, cujo suprimento também pode ser assegurado com energia solar.
Para o diretor de meio ambiente e sustentabilidade da Câmara Brasil-Alemanha, Ricardo Ernest Rose, os conceitos reunidos na casa podem ser usados segundo a necessidade de cada local. “Tudo o que existe (na casa alemã) pode ser adaptado. Uma casa no Rio Grande Sul não será a mesma da Amazônia”, diz.Para o engenheiro Secretaria do Verde e do Meio Ambiente Eduardo Aulicino, o Brasil ainda desconhece esses materiais. “Precisamos saber o quanto de energia os materiais consomem desde sua fabricação até seu descarte final”, afirma.
A exposição percorrerá 13 cidades da América Latina, em países como Argentina, Chile, Venezuela, Costa Rica e Guatemala.Também estão previstas palestras sobre eficiência energética, realizadas realizadas na Tenda da Inovação, ao lado da exposição.
PROGRAMAÇÃO
A Exposição Casa Alemã: A Casa Ecoeficiente pode ser visitada às terças e às sextas-feiras, das 11 horas às 17 horas, e aos sábados e domingos, das 14 horas às 17 horas e vai até o dia 28.
O visitante ainda poderá assistir a uma das palestras sobre eficiência energética em um espaço chamado de Tenda da Inovação, ao lado da casa. As apresentações serão realizadas até o dia 23.
A programação completa da exposição também pode ser conferida na internet. Basta entrar no site http://www.lacasaalemana.com/

Fonte: jornaldatarde



quarta-feira, 14 de abril de 2010

ESTADOS REIVINDICAM AUMENTO DE 35% NO VALOR DE IMÓVEIS DO "MINHA CASA, MINHA VIDA".


Imagem: dreamstime


Os secretários estaduais de habitação reivindicam a elevação em pelo menos 35% do valor máximo para imóveis dentro do programa federal Minha Casa, Minha Vida destinados a famílias com renda mensal de até R$ 1.395 nas regiões metropolitanas do país. Nas demais cidades, o incremento pedido é de 25%.
Os titulares da pasta se reuniram nesta terça-feira no Fórum Nacional de Secretários de Habitação e Desenvolvimento Urbano na capital paulista para discutir o programa federal, que começou a funcionar há exatamente um ano com a previsão de atingir 1 milhão de moradias para famílias com renda mensal de até R$ 4.650 --o equivalente a dez salários mínimos na época.
A maior parcela de subsídio do governo federal está na faixa de renda até R$ 1.395, que deve ficar com 400 mil moradias desse total, por isso a delimitação de um valor-teto para a construção dessas unidades.
A segunda fase do programa foi anunciada no final de março, dentro das obras previstas no PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) e prevê 2 milhões de unidades entre 2011 e 2014 --60% para a baixa renda, totalizando 1,2 milhão de unidades.
Segundo o secretário estadual de Habitação de São Paulo, Lair Krähenbühl, e novo presidente do fórum nacional, só o custo da construção --sem incluir o terreno na conta-- sai por pelo menos R$ 55 mil na capital paulista, por isso o pleito para que o valor alcance pelo menos R$ 70 mil para tornar a construção viável --ante os R$ 52 mil definidos pelo governo federal. O valor máximo varia de acordo com a localidade.
"As construtoras têm papel fundamental, mas elas também não conseguem produzir material nessa faixa de valor [estipulada pelo governo]", completou. Para ele, não adianta aumentar a quantidade de imóveis destinados à baixa renda sem aumentar o subsídio governamental.
Concepção do programa
"É importantíssimo que se corrijam os valores do Minha Casa, Minha Vida 1, mesmo porque entendemos [secretários de habitação] que o 2 é um cheque pré-datado ainda, é um plano de governo", disse Krähenbühl, ressaltando que é preciso que Estados e municípios possam participar da concepção do programa. "Quando [esses entes] não participam da definição da política, automaticamente não se dá prioridade social."
Outra reivindicação dos secretários é a adoção do desenho universal nessas construções, permitindo que todos os imóveis sejam adaptados aos deficientes físicos. "Mas isso pressupõe uma área um pouco maior", afirmou. O governo federal prometeu detalhar o Minha Casa, Minha Vida 2 até junho.
Segundo a Caixa Econômica Federal, 367 mil unidades foram contratadas até 26 de março. Com detalhamento por faixa de renda, o último balanço é do dia 19, quando foram contabilizadas 352 mil moradias. Desse total, 209 mil foram destinadas para famílias com renda de até R$ 1.395, fatia correspondente a 52,3% da meta.
Ainda nesta semana, o banco federal divulga um balanço atualizado. "Entre contratar e começar a obra leva tempo. Torço para que essas unidades [que restam] sejam contratadas [ainda neste ano]", alfinetou Krähenbühl.

Fonte: folhaonline

terça-feira, 13 de abril de 2010

PARCELA DE ENTRADA NO FINANCIAMENTO DA CASA PRÓPRIA VEM DIMINUINDO.

Imagem: dreamstime

CRÉDITO IMOBILIÁRIO.

Com mais recursos do governo para habitação e tantas facilidades oferecidas pelos bancos no financiamento da casa própria, o brasileiro está dando uma entrada menor na compra a prazo do imóvel. Assim, os valores financiados são cada vez maiores. A informação é da Associação Brasileira das Entidades de Crédito e Poupança (Abecip). Desde 2006, o valor médio dos empréstimos habitacionais, segundo a entidade, tem registrado elevação, passando de R$ 70,6 mil naquele ano para R$ 123 mil em 2009, uma alta de 74,22%. Por sua vez, o percentual de financiamento em relação ao valor do imóvel passou de 53,2% para 61,1% em 2009 - o que mostra que a elevação da soma financiada não é apenas uma consequência da alta de preços do mercado imobiliário.

Atualmente, a maior parte dos bancos já oferece prazo de até 30 anos para o pagamento da casa própria. Além disso, em março do ano passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) modificou as regras do crédito imobiliário, permitindo que o mutuário desse apenas 10% de entrada, em vez dos 30% exigidos anteriormente, e financiasse um imóvel mais caro, de até R$ 500 mil - o limite anterior para recursos da poupança era de R$ 350 mil. É o que explica Luiz França, presidente da Abecip:
- Com regras mais claras, prazos maiores e juros menores, o cliente se sente mais seguro para contratar um financiamento e em investir em imóveis melhores, pois as prestações cabem no bolso dele. Se antes ele adiava a compra para poupar uma boa quantia para financiar uma parte menor da casa própria, hoje, ele opta por comprar antes e pagar em mais tempo - constata França.

O volume de crédito deve seguir em alta esse ano. Entre 2008 e 2009, o número de unidades financiadas teve um acréscimo de 28%, passado de 536 mil para 686 mil, incluindo operações com recursos da caderneta e do FGTS. No ano passado, foram emprestados R$ 34 bilhões para a compra da casa própria, superando o ano anterior em 13,3%. De acordo com a Abecip, este volume deve crescer 39%, chegando a marca de R$ 69 bilhões até o fim de 2010.
Fonte: oglobo

PREÇOS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO SOBEM UM ANO APÓS REDUÇÃO DE IPI.

Um ano após a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais de construção - benefício concedido em abril do ano passado e prorrogado por duas ocasiões - os preços de muitos produtos voltaram a subir, com altas de até 20%. É o que mostra reportagem de Emanuel Alencar e Lino Rodrigues, publicada na edição desta terça-feira, no GLOBO.
Mesmo assim, os empresários da indústria e comércio da construção civil tentam convencer o governo a prorrogar ou tornar permanente a redução do IPI, prevista para terminar em junho. E o governo deve mesmo postergar o benefício, porque entende que se trata de um estímulo aos investimentos.
Levantamento feito pelo GLOBO na segunda-feira e em 29 de junho de 2009 - quando foi anunciada a extensão do benefício pela primeira vez -, constatou alta em metade dos 14 produtos pesquisados em três redes de varejo. O reajuste chega a 20,2%, caso do metro quadrado do piso de cerâmica Delta da Casa Show da Rua do Riachuelo, no Centro do Rio (passou de R$ 9,90 para R$ 11,90). Em seis itens, houve recuos de preço. O mais expressivo foi de 12,5%, da Ducha Advanced Lorenzetti da Casa & Construção (R$ 79,90 para R$ 69,90). Um dos produtos pesquisados não mudou de preço.
Fonte: oglobo

Venda de cimento cresce 20,6%, ajudada por programa de casas populares.
Sustentado pelo avanço da construção civil nos últimos meses, a venda de cimento no Brasil no mês passado foi 20,6% maior que no mesmo mês de 2009, como mostra matéria de Cássia Almeida e Wagner Gomes, publicada na edição desta sexta-feira, no GLOBO. Foram 5,1 milhões de toneladas vendidas em março. Além do impulso da construção civil, o que ajuda a explicar esse crescimento robusto foi o primeiro trimestre ruim de 2009. Ainda mergulhado na recessão, o país sentia os efeitos da crise financeira internacional.
A queda das vendas foi generalizada e atingiu também o cimento, explica José Otávio Carvalho, vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Construção Civil.
- No primeiro semestre de 2009, as vendas foram fracas. Nossa projeção para aumento do consumo este ano é de 7,5%. Estamos revendo esses números, mas a expansão deve ficar só um pouco mais alta.
A crise foi menos danosa à indústria do cimento. Enquanto a produção industrial no país recuou 7,4% em 2009, na maior queda desde 1990, as cimenteiras conseguiram manter a produção no mesmo nível de 2008. E hoje está 2,6% acima do período pré-crise.
- O setor vinha crescendo desde 2006 e deu uma parada em 2009. Apesar do primeiro semestre fraco, conseguimos compensar no segundo - afirmou Carvalho.
Crédito bate recorde com fim de IPI menor para automóveis.
Para ele, ainda permanecem os fatores que provocaram a expansão da venda de cimento nos últimos anos: nova regulação, mais dinheiro para habitação liberado por bancos privados e pela Caixa Econômica Federal, aumento da massa salarial. A novidade este ano é a habitação popular:
- Até a crise de 2008, os lançamentos para a classe média e classe média alta sustentavam a venda. Agora, com o programa de atendimento de classes com nível de renda mais baixo, o consumo voltou a crescer. Esse segmento responde por 90% do déficit habitacional.
Já as obras de infraestrutura ainda respondem pouco pela venda de cimento no Brasil. Pela avaliação de Carvalho, chegam a 20% das vendas.
Fonte: oglobo

segunda-feira, 12 de abril de 2010

VALOR MÉDIO DE IMÓVEIS USADOS EM SP CRESCE 50% NO 1º BIMESTRE.

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O valor médio dos imóveis usados em São Paulo cresceu 50% nos primeiros dois meses de 2010, ante o mesmo período do ano passado, aponta levantamento da empresa de administração imobiliária Lello. De acordo com os dados, o preço das casas e apartamentos vendidos no primeiro bimestre ficou, em média, em R$ 300 mil, contra R$ 200 mil em 2009.
A venda de imóveis usados na capital paulista cresceu 26% no período, na comparação com janeiro e fevereiro do ano passado. O levantamento aponta que o crescimento na média dos preços foi motivado pela melhoria das condições dos financiamentos, aliada à maior oferta de crédito.
A Mooca foi a região em houve maior crescimento no número de imóveis vendidos no primeiro bimestre, com 52%, seguida por Tatuapé, com 50%, e Perdizes, com 33%. Nos Jardins, o aumento nas vendas foi de 30% e, em Santana, de 20%.
"O mercado imobiliário está extremamente aquecido", afirmou Roseli Hernandes, diretora da Lello Imóveis, na pesquisa. "A tendência é de valorização das unidades nos próximos anos, especialmente em razão da expansão da rede de transporte metropolitano entre os bairros."
Imóveis novos
O Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo, divulgou no mês passado que a venda de imóveis novos na cidade de São Paulo em janeiro (1.508 unidades) teve alta de 35,5% no confronto com o mesmo mês do ano passado e de 7,9% ante igual período em 2008, quando o mercado estava aquecido antes do agravamento da crise mundial.
O índice que relaciona o número de unidades comercializadas com o total em oferta no mês chegou a 11,3% em janeiro, o maior ritmo de vendas para o mês da série histórica, iniciada em 1991.
O volume de lançamentos residenciais na capital paulista, segundo levantamento da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), apresentou expansão de 54,5% ante janeiro do ano passado, com desempenho enfraquecido devido à crise, e redução de 17,5% no confronto com igual período de 2008.
Os dados de fevereiro devem ser divulgados nos próximos dias.


LICENÇA AMBIENTAL E URBANÍSTICA.

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“A licença ambiental não substitui a licença urbanística”

Ao tornar obrigatório o licenciamento ambiental em relação a todas as atividades potencial ou efetivamente poluidoras, o caput do art. 10 da Lei nº 6.938/81 também menciona a possibilidade de outras licenças serem exigíveis a depender da situação. Isso significa que a licença ambiental não substitui a licença urbanística, já que cada uma tem uma finalidade especifica.
A licença urbanística é exigida em relação a toda construção, utilização ou parcelamento do solo e se propõe a cuidar das questões urbanísticas propriamente ditas. Por serem atividades de interesse coletivo, as intervenções no meio ambiente artificial ou na ordem urbanística, a exemplo das construções ou de parcelamento do solo, estão sujeitas ao controle pelos Municípios, já que de acordo com o caput do art. 182 da Constituição Federal o Poder Público municipal é o executor da política de desenvolvimento urbano.
Dessa forma, cabe aos Municípios aprovar o Estudo de Viabilidade Urbanística e expedir os respectivos alvarás de construção 3 de ocupação. É preciso destacar que tanto o alvará de construção quanto o alvará de ocupação são formas de manifestação da licença urbanística.
Já a licença ambiental é exigida apenas em relação a toda atividade potencial ou efetivamente degradadora e possui um alcance muito mais amplo na medida em que visa analisar todos os impactos ambientais que podem ser gerados por uma determinada atividade. Sendo assim, não se pode negar que a licença urbanística desempenha também uma função de controle ambiental, na medida em que o meio ambiente artificial ou urbanístico é um dos aspectos integrantes do conceito jurídico de meio ambiente e guarda relação direta com a qualidade de vida.
No entanto, por vezes tem ocorrido um descompasso entre a licença ambiental e a licença urbanística. Com efeito, não tem sido incomuns as situações em que o Município concede a licença urbanística, enquanto a União ou o Estado negam a concessão da licença ambiental, ou que o órgão federal ou estadual de meio ambiente concede a licença ambiental, enquanto o Município nega a licença urbanística. Já ocorreram situações em que a própria Prefeitura chega a conceder a licença urbanística e a negar a licença ambiental ou a conceder a licença ambiental e a negar a licença urbanística. A razão para esse paroxismo é que são órgãos diferentes que tratam dos assuntos.
Com efeito, por tratarem da mesma questão, embora utilizando enfoques diferentes, a licença ambiental não pode ser dissociada da licença urbanística. Pelo fato de ser mais complexa e mais especifica em relação ao meio ambiente, o ideal é que a licença ambiental seja requerida somente após a concessão da certidão de uso e ocupação do solo, visto que a viabilidade ambiental também pressupõe a correta adequação ao meio ambiente artificial ou urbanístico.
Esse é o sentido do § 1º do art. 10 da Resolução nº 237/97 do CONAMA, que dispõe que “No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo. Isso significa que a certidão de uso e ocupação do solo é o primeiro passo do licenciamento ambiental, na medida em que sem isso nenhuma licença ambiental pode ser concedida, o que destaca o papel dos Municípios mesmo nos casos em que o processo administrativo for de competência estadual ou federal.

FÓRUM AMBIENTAL É CONTRA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIO NO LITORAL NORTE DE MACEIÓ.

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Mas o COMPRAM (Conselho Municipal do Meio Ambiente de Maceió ) deverá aprovar construção de mais um espigão na Região.

A polêmica que envolve a construção de espigões no litoral Norte de Maceió se arrasta há muito tempo a ponto de já ter gerado ação civil pública para impedir as edificações. Mas parece que a tentativa não adiantou muito. É que, apesar de protestos de ambientalistas e com risco de enfrentar questionamentos quanto à competência do município na liberação de licenças ambientais para projetos de grande impacto na orla marítima, o Conselho Municipal do Meio Ambiente de Maceió -COMPRAM, realizou na Sexta-feria p.p. uma reunião que colocou em debate a construção de mais um espigão de 20 andares no litoral Norte da capital algoana.
O presidente do Fórum de Defesa Ambiental -FDA, economista Juca Carvalho, que lidera uma batalha judicial para impedir a ocupação por grandes edifícios da faixa de coqueirais e praias que vai de Cruz das Almas a Ipióca, é radicalmente contra essas construções.
Segundo ele, a prefeitura de Maceió não implantou o serviço de infraestrutura e saneamento básico na região, não definiu o acesso a praia e nem realizou estudo de impacto ambiental.
Apesar das irregularidades, Juca afirma que o Compram emiti licenciamento que não é de sua competência sob alegação de omissão do governo por parte do Instituto do Meio Ambiente (IMA). Foi o caso, segundo ele, do aterro sanitário que mesmo sendo uma obra complexa, o município tratou de liberar. "Até hoje a prefeitura concede essas construções de forma irresponsável e vários estudos para Região Norte comprovam que turistas que visitam Maceió vêm para ver praias e coqueiro e querem acabar com essa beleza. Sem contar no impacto ambiental", disse Juca.
O ambientalista alerta as pessoas interessadas em adquirir um apartamento ainda na planta que antes procure saber se os órgãos responsáveis emitiram laudos favoráveis ao andamento da obra. Caso contrário, poderá ter problemas sérios futuros, podendo até perder seu investimento, caso o empreendimento seja definitivamente embargado.
Ainda segundo Juca Carvalho, o FDA em 2007 representou junto ao Ministério Público, em nível estadual e federal, contrariamente à edificação da primeira torre de 20 andares já em construção na praia de Guaxuma, “por entender que ela fere a legislação ambiental federal que incide sobre a orla marítima, des-respeita o Estatuto das Cidades e exorbita de competências de licenciamento que estão sob tutela estadual e federal.”
Ele denuncia que não foi tomada nenhuma providência. Inclusive, o ano passado foi a sede dos órgãos competentes saber como andam os processos. Como não obteve resposta efetiva, na próxima semana voltará ao MPF para cobrar uma solução.
Como argumento, Juca cita trabalho do professor Andreas Kreel, da Universidade Federal de Alagoas, que fala sobre o caráter inconstitucional do Código de Edificações de Maceió no que diz respeito à multiplicação dessas construções previstas para as praias do litoral Norte. Segundo Kreel, transportar o modelo de adensamento populacional caótico, implantado nas praias de Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca, para o litoral Norte, "é um desserviço a Maceió e um esbulho a sua população."
O presidente do FDA garante que a orla do litoral Norte não tem infraestrutura urbana para receber dezenas de torres residenciais em suas praias, que deveriam ser "ocupadas apenas com clubes de lazer, residências unifami-liares ou condomínios ecologicamente corretos, que preservem a qualidade da água do mar, a cobertura verde de coqueirais e o caráter público das praias, condições essenciais para o lazer da população e atração dos turistas nacionais e estrangeiros."
Mas Juca reclama que "o último espigão liberado, que pertence a Teto Imobiliária, tem a legislação duvidosa e o relatório da Compram não deixa claro de quem é a competência. No entanto, já foi aprovado o empreendimento da Cipesa com três ou quatro torres e isso é um absurdo", disparou o presidente do FDA.
Polêmica- Em abril de 2009 o Ministério Público Federal ajuizou uma ação civil pública a fim de impedir a construção de "espigões" no Litoral Norte de Maceió. A ação, com pedido de liminar, também pretendia invalidar licenças ou autorizações ambientais já concedidas pelo Município para construção de prédios com mais de quatro andares, como as obtidas pela cons-trutora Cerutti, que está erguendo um condomínio com três torres de 14 andares na praia de Guaxuma.
A ação também aponta a inconstitucionalidade do Código de Edificações e Urbanismo de Maceió (Lei Municipal 5.593/07), que liberou os gabaritos do prédios na região para até 20 andares. Segundo o artigo 24, inciso I, da Cons-tituição Federal, é competência da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre direito urbanístico. Até mesmo o Plano Diretor da cidade está sendo desrespeitado.
De acordo o documento, o novo Código de Edificações e Urbanismo de Maceió é conside-rado pelo MPF/AL um retrocesso em relação à legislação urbanística e ambiental e põe Maceió na contramão de cidades vizinhas, como Aracaju, Natal e João Pessoa, que estão restringindo o número máximo de pavimentos por edifício.
O documento diz ainda que além do risco de poluição da praia, a construção de espigões no litoral norte pode acirrar os sérios problemas de trânsito na Rodovia AL-101 Norte.
A ação civil pública do MPF/AL foi distribuída para a 4ª Vara da Justiça Federal, sob o nº 2009.80.00.001865-7, e tem como base um procedimento administrativo instaurado pelo órgão para apurar denúncias de ocupação desordenada e danosa ao meio ambiente da orla marítima da grande Maceió, bem como de restrição do acesso à praia. No entanto, a proliferação de construções irregulares avança no litoral Norte do Estado.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

UM BOM INVESTIMENTO.

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De olho no mercado, construtoras investem em condomínios vizinhos a shoppings.

Os moradores buscam comodidade para o seu dia a dia e as empresas veem nesse mercado crescente possibilidades de investimento. Exemplos dessa tendência são o empreendimento Casa das Caldeiras, da Lopes, que vai ser construído em frente ao Shopping Bourbon, na Pompeia, zona oeste, e o In Berrini, da CCDI, próximo ao Shopping Morumbi, no Morumbi, na zona sul.
Segundo Belmiro Quintaes, diretor de Atendimento da Lopes, responsável pela comercialização do Casa das Caldeiras, as vendas começarão no final de abril e cerca de duas mil pessoas já fizeram cadastro para a compra. “Os apartamentos de 4 dormitórios custarão cerca de R$ 5 mil o m2 na fase de venda na planta”, diz ele. Gil Vasconcelos, gerente de Incorporações da CCDI, conta que as 216 unidades do In Berrini foram vendidas em um dia e cada uma custou cerca de R$ 7 mil o m2. “Morar praticamente ao lado de um shopping é um atrativo enorme para o consumidor, pois as pessoas querem comodidade.”
Fábio Romano, diretor de Incorporação da Yuny Incorporadora, destaca que viver a metros de shoppings é um aspecto muito visado pelos consumidores. “A procura é grande não só pelo consumidor final, mas também pelo investidor, pois o apelo de ser vizinho de um shopping na hora de alugar é um chamariz importante”, explica. Um dos próximos lançamentos da empresa, o Limited Funchal, ficará entre dois shoppings: segundo Romano, o condomínio estará a 200 metros do Iguatemi e a 200 metros do Vila Olímpia. “Será um empreendimento com 70 unidades residenciais e 20 salas comerciais que será lançado até o final do primeiro semestre e a expectativa é atrair investidores para o potencial comercial da região e moradores jovens e cosmopolitas que trabalham na região e querem da facilidades de morar perto de tudo.” De acordo com o diretor da Yuny, a tendência deve continuar para os próximos anos expandindo-se, inclusive, para a Grande São Paulo. “Temos dois terrenos comprados e estamos na fase de projetos de complexos em que vamos construir shopping, prédio comercial e edifício residencial em um único local, pois estudos mostram que as pessoas querem esse tipo de construção.”
Enquanto o morador tem acesso fácil ao shopping, o centro comercial ganha mais clientes. Astério Safatle diretor das unidades sul e sudeste da Agre Incorporadora, como o número de shoppings vem aumentando nos últimos anos, é praticamente certo o sucesso de vendas dos empreendimentos e não são somente as construtoras que ganham com isso. “Existe uma sinergia nesse fenômeno, pois para o shopping o benefício vem com o aumento da frequência e visitação de clientes. Um auxilia o outro.” E.T.


terça-feira, 6 de abril de 2010

SAIBA ESCOLHER A IMOBILIÁRIA AO ALUGAR OU COMPRAR UM IMÓVEL.

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Procurar um imóvel para alugar ou comprar é uma tarefa trabalhosa e cheia de particularidades. Contar com a ajuda de uma empresa especializada, que já conhece os meandros desse mercado e possui uma carteira de imóveis para mostrar, é uma atitude racional e, por que não dizer, segura.
Essas empresas são as imobiliárias, organizações destinadas a alugar e vender imóveis. “As imobiliárias atuam na intermediação dessa negociação e facilitam a relação entre locador e locatário ou proprietário e comprador e se sustentam somente com comissões e taxas negociadas legalmente”, diz Luiz Fernando Gambi diretor de comercialização e marketing do Secovi-SP (Sindicado da Habitação-São Paulo).
Gambi conta ainda que algumas pessoas confundem essas empresas com as administradoras de imóveis, que prestam outros tipos de serviço. “As administradoras podem também atuar como intermediadora dos negócios imobiliários, mas as funções principais são administrar bens e condomínios”.

  Características da boa imobiliária.
  • Tem tradição e respaldo no mercado.
  • É credenciada no Creci.
  • Não possui ações criminais.
De acordo com Gambi, quando administram bens, as empresas têm a obrigação de zelar pelo imóvel do proprietário que as contratou, no caso de uma locação, e ser o contato com o inquilino, inclusive fazendo a cobrança da contribuição condominial mensal. Já quando administram condomínios, elas devem se dirigir aos moradores do imóvel a partir de um síndico, cuidando das despesas, receitas, reformas e funcionários, além de também cuidar do pagamento do condomínio. “Portanto, você para de se relacionar com a imobiliária após o término de uma transação, mas não com uma administradora”, compara o diretor.
Mas, que tipo de problemas alguém pode ter com uma imobiliária? Valéria Cunha, assistente de direção do Procon SP, relata que a principal reclamação de consumidores em relação a imobiliárias e administradoras de imóveis é o não cumprimento de contrato em relação a taxas. Administrar um imóvel de forma precária, cobranças de taxas não mencionadas no momento da assinatura do contrato são alguns exemplos desses “deslizes”. “Entre fevereiro do ano passado e janeiro deste ano, o Procon SP realizou 1.877 atendimentos relacionados a aluguel e compra de imóveis. A maior parte dos consumidores (750) tinha dúvidas sobre taxas. E boa parte das reclamações são referentes ao repasse da taxa de aferição da idoneidade ao locatário”, afirma Valéria.
Tais despesas, comuns em um contrato de locação ou compra, são obrigações do proprietário. Segundo Marcelo Manhães de Almeida, advogado e presidente da Comissão de Direito Imobiliário e Urbanístico da OAB-SP, muitas empresas cobram do futuro inquilino ou comprador as despesas pela emissão de documentos necessárias à matrícula atualizada do imóvel, assim como as relativas à aferição da idoneidade do pretendente e de seu fiador, além da taxa Sati (Serviço de Assessoria Técnica Imobiliária), pagamento exigido do comprador correspondente 0,88% do valor do imóvel, relacionado a contratação de assessoria jurídica. “Está errado, o proprietário ou a imobiliária devem cuidar disso, não o locatário ou comprador, segundo a lei”, garante.
Há também outras exigências de praxe das imobiliárias que causam confusão e dúvida. As exigências são comprovantes de rendas, extratos bancários, necessidade de um fiador ou o de um seguro fiança e a renda três vezes maior do que o valor do aluguel do imóvel para que o contrato seja efetivado.
No entanto, de acordo com Manhães, embora os critérios adotados por cada imobiliária sejam subjetivos, existem algumas requisições previstas em lei e não arbitrárias. “A exigência de um fiador ou seguro fiança está prevista na lei. Já a exigência de documentos (como dados pessoais, extratos bancários e comprovantes) não é ilegal no caso do locatário, apenas do comprador. Para quem vai alugar, é apenas uma questão de lei de mercado. Se o locatário não quiser entregar à imobiliária, outro candidato pode fazê-lo e alugar o imóvel no lugar dele”.

Peça à imobiliária um dossiê do imóvel: contendo
  • Uma cópia do contrato social do imóvel;
  • Uma autorização do proprietário para a imobiliária gerir, vender ou locar;
  • Matrícula atualizada sem ônus para o comprador ou locatário;
  • Cópia do carnê do IPTU;
  • Um apanhado do valor mensal das despesas condominiais;
  • Laudo fotográfico do imóvel (fotos dos ambientes mostrando o estado do imóvel). 
Algumas administradoras garantem pedir apenas o básico durante a negociação de uma propriedade. O coordenador da imobiliária Century 21 Brasil, Wilame Lima, alerta que é importante que o cliente esteja munido de toda a documentação necessária para o aluguel, como comprovantes de renda, idoneidade e certidões. “Para adquirir qualquer produto ou serviço é necessário estar preparado financeira e juridicamente. E o corretor tem a obrigação de orientar o proprietário e o locatário”.
No entanto, alguns corretores, além de não auxiliarem de maneira adequada os consumidores, são também infratores. Não existem dados precisos sobre essas infrações nos órgãos fiscalizadores desses profissionais, mas as fontes entrevistadas pela reportagem relataram alguns casos.
Existem corretores que já são conhecidos na praça por fazerem transações irregulares, sem o conhecimento do dono da propriedade ou mesmo da imobiliária, como cobrar o condomínio do inquilino e não repassar o valor à administradora ou ao dono. “Por isso, o consumidor deve guardar toda a documentação, recibos e comprovantes. Ao constatar que algum de seus direitos foi violado, ele deve questionar a imobiliária, se possível, por escrito, protocolando uma via da reclamação. Caso não haja resposta favorável ao questionamento o consumidor poderá recorrer a um órgão de proteção do consumidor ou ao Poder Judiciário”, orienta Valéria Cunha, do Procon SP.
Wilame Lima admite que essas infrações podem acontecer. “O corretor infrator é punido pelo próprio mercado, por aqueles clientes que não vão querer fazer negócios com ele. A imobiliária tem o direito de escolher qual punição dará a este corretor, mas cabe aos órgãos competentes, como o Creci e Secovi, decidirem qual a penalidade a se aplicar ao corretor em caso de infrações”, diz.
Outro problema encontrado por quem quer alugar ou comprar é saber se o imóvel está realmente sendo locado pela empresa anunciante. Algumas administradoras anunciam a locação de um bem e não possuem autorização para tal. O advogado Manhães lembra que é imprescindível que o comprador ou futuro inquilino peça à imobiliária uma cópia do contrato social do imóvel - uma autorização do proprietário para a imobiliária gerir, vender ou locar. “Com isso, é possível verificar se imobiliária está realmente representando o imóvel, se ela tem autorização para vendê-lo ou locá-lo”.
Obviamente, nem todas as empresas imobiliárias e administradoras de imóveis causam problemas, mas é preciso saber como, onde e de que forma essas empresas atuam. De acordo com o presidente da Comissão de Direito Imobiliário e Urbanístico da OAB-SP, uma imobiliária só pode locar, vender, ser intermediária ou administrar um imóvel se estiver inscrita no Creci (Conselho Federal dos Corretores de Imóveis), conselho profissional que regula e fiscaliza a atividade do corretor de imóveis e das corretoras.
“Tanto o proprietário quanto o futuro locatário ou comprador devem entrar no site da entidade para consultar se há algum processo disciplinar contra a imobiliária. É bom também procurar no site do Procon e do Tribunal de Justiça se há alguma reclamação ou processo contra a empresa”, diz o advogado. Há ainda outro órgão onde é possível pesquisar a respeito de uma empresa do ramo imobiliário, o Secovi (Sindicato da Habitação), entidade representativa dos condomínios e da indústria imobiliária no Brasil.

Fonte: uol

CONSTRUTORAS VOLTAM A OLHAR PARA CLASSE MÉDIA.

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Discretamente, porém, a festejada baixa renda começa a perder o charme.
Após o lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida, em abril de 2009, a baixa renda se tornou o alvo das construtoras. Desde as que já operavam nessa faixa até as que jamais haviam construído um prédio popular, todas passaram a fazer projetos para o segmento. Discretamente, porém, a festejada baixa renda começa a perder o charme. Numa espécie de hedge, o cíclico mercado imobiliário volta às origens e olha para os clientes de média e alta renda, especialmente em São Paulo, como principal foco de seus novos investimentos.
Nas grandes construtoras, a palavra de ordem é diversificar. A PDG Realty e a Rossi abriram unidades de negócios exclusivas para o mercado de média e alta renda. Outras, de menor porte, como Helbor e JHSF, desistiram da casa popular. "Ensaiamos entrar nesse mercado, mas a conta não fechou", diz Henry Borenztein, presidente da Helbor. "Prefiro me concentrar no que sei fazer direito".
Retorno é a maior preocupação das construtoras. Lançar e vender imóveis populares foi fácil, em razão da demanda. Mas as construtoras perceberam que não é simples ganhar dinheiro nesse segmento. Na construção popular, a conta é feita de trás para frente. O preço final da unidade já está definido e, a partir daí, as empresas calculam seus custos. "Não há margem para erro", diz Emílio Fugazza, diretor da Eztec. Para complicar, houve desapontamento com a segunda fase do Minha Casa, Minha Vida, que vai destinar 60% dos recursos à população mais carente, com renda de até três salários mínimos, a menos rentável. Em nota, a Caixa Econômica Federal afirma que os valores dos imóveis são "absolutamente viáveis, tendo em vista o grande volume de projetos apresentados e aprovados".
A recuperação do mercado de média e alta renda, mais rentável, também influencia as decisões das construtoras. Na crise, só havia a faixa popular, mas agora, com a retomada, a tentação de voltar para a "zona de conforto" é enorme, explica um executivo.


 

segunda-feira, 5 de abril de 2010

CLASSE "C" VAI DEMANDAR 10 MILHÕES DE IMÓVEIS.

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Projeções da consultoria MB Associados mostram que nova classe média popular vai dominar o mercado imobiliário brasileiro até 2016.

A classe média popular vai dominar o mercado residencial brasileiro nos próximos anos, segundo recente estudo da MB Associados. De acordo com as projeções da MB, a classe C, com renda familiar de três a dez salários mínimos, terá uma demanda habitacional potencial por 10,4 milhões de imóveis até 2016.
A demanda potencial, segundo o trabalho, é medida pelo número de novas famílias que surgem em cada classe, incluindo-se aí pessoas que partem para morar sozinhas, como um filho que sai de casa ou um divorciado. A consultoria excluiu o déficit habitacional - condições precárias e coabitação, que atingem 7 milhões de famílias, 80% das quais nas classes D e E - do cálculo de demanda potencial.
As novas famílias vão buscar imóveis para morar, sejam novos, usados ou alugados. Sérgio Vale, economista da MB Associados, crê que grande parte da demanda potencial se direcione para a compra de imóveis novos, dada a rápida expansão do crédito imobiliário e o aquecimento desse mercado.
A demanda potencial da classe C é, inclusive, maior que a demanda potencial total de todas as classes, que é de 9,5 milhões até 2016. O fenômeno se explica pela migração prevista, para a classe C, de famílias das classes D e E, com a continuidade do processo de crescimento econômico e redução da pobreza.
Como as classes D e E vão diminuir, elas apresentarão uma demanda negativa de 2,4 milhões naquele período - isto é, essa será a redução do número de famílias nas duas classes mais pobres. Já o aumento do número de famílias das classe A e B (acima de dez mínimos) será de 1,6 milhão até 2016.
"O foco do setor nos próximos anos têm de ser a classe C, que é uma classe média, e não as classes mais baixas, D e E, que estão diminuindo", diz Vale.
Os financiamentos residenciais no Brasil atingiram o pico histórico de quase 700 mil unidades em 2009, comparado a cerca de 250 mil em 2004. O maior salto foi nos financiamentos concedidos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE),cujo volume financeiro subiu de R$ 2,2 bilhões em 2004 para R$ 30 bilhões naquele período. Os dados são do Banco Central e da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Mesmo com esse avanço, a participação do crédito habitacional brasileiro no PIB, de 3% em 2009, fica muito abaixo de países emergentes como México, China, Chile, Malásia e África do Sul, onde atinge respectivamente 9%, 10% e 14%, 30% e 34%.
Segundo a MB Associados, houve um aumento da participação do mercado de renda média, e de renda média baixa, na oferta de novos imóveis. Vale tem dados levantados pela incorporadora Cyrela, que mostram que a fatia do segmento "econômico", no total de lançamentos de imóveis residenciais na Grande São Paulo, ampliou-se de 31% para 45% entre 2004 e 2009. No Rio de Janeiro, a categoria "econômica" saltou no mesmo período de 17% para 29% do total de lançamentos. Os imóveis econômicos são definidos como aqueles com preço entre R$ 1,9 mil e R$ 2,7 mil o metro quadrado.
PARA ENTENDER
Na direção oposta, classes D e E encolhem.
A demanda habitacional potencial calculada pela MB Associados é o número de novas "famílias" que se formam, incluindo quem mora sozinho, mas excluindo o déficit habitacional.
A classe C terá uma demanda de 10 milhões de residências até 2016, e as classes D e E, que encolherão, terão queda de demanda de 2,4 milhões no período.


quinta-feira, 1 de abril de 2010

MINISTÉRIO PÚBLICO/SP CONTRA FALSOS CONDOMÍNIOS.

Imagem: dreamstime

Administradoras que cercam áreas públicas para cobrar condomínio são punidas pela Justiça.

O Ministério Público Estadual criou uma força-tarefa com promotores das áreas criminal, do consumidor, habitação e urbanismo, defesa do patrimônio público e de fundações para reprimir falsos condomínios ou loteamentos fechados em todo o Estado.
Administradoras desses espaços, não concebidos fechados, cercam o local, colocam guaritas impedindo a entrada da população e passam a cobrar taxas de condomínio ou de conservação contra a vontade expressa de moradores e proprietários não associados às entidades em troca de serviços de limpeza e de segurança não contratados.
Segundo o coordenador da área de Urbanismo do MP, Ivan Carneiro Castanheiro, esses loteamentos violam o direito de ir e vir da população, em geral, por restringir o acesso ao interior dos núcleos habitacionais, além de utilizar áreas e bens públicos. “Em muitos casos, esses espaços não nasceram fechados. Ao serem cercados, incluíram praças e equipamentos públicos dentro”, explica o promotor Castanheiro.
O Conselho Superior do MP também recomendou que os promotores investiguem ações de áreas e bens públicos em favor de associações de moradores que contratam as administradoras para gerenciar os falsos condomínios. Com essa prática, segundo Castanheiro, eventualmente, podem ter sido cometidos atos ilícitos como prática de segurança armada sem autorização legal, cobranças por meio de ameaças ou constrangimento ilegal.
Em três decisões ocorridas em março, a Justiça decidiu que muros, guaritas e cancelas de dois condomínios irregulares de classe média, no interior, deveriam ser derrubados.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou no último dia 23 que a administradora do Condomínio Royal Park, no distrito de Bonfim Paulista, em Ribeirão Preto, desobstrua o acesso a ruas, praças e áreas verdes em 120 dias. O local surgiu por meio de loteamento, que ganhou ares de condomínio fechado depois que a associação de moradores passou a controlar a entrada. O condomínio custa R$ 320 por mês.
Já em Piracicaba, o Condomínio Santa Rita, de alto padrão, também vai ter de colocar abaixo os muros, segundo decisão da Justiça. Na capital, o juiz José da Ponte Neto, da Fazenda Pública atendeu pedido do MP e decidiu que a administradora do loteamento Jardim das Vertentes, no Butantã, zona oeste - formado por cerca de 300 casas de classe média - está proibida de cobrar taxa de administração dos moradores desde o último dia 3. Os moradores pagavam R$ 240 por mês.
Mesmo pedido foi feito pelo promotor para o condomínio Parque dos Príncipes, também na zona oeste, mas a liminar ainda não foi apreciada pela Justiça.