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sexta-feira, 19 de março de 2010

PODE FALTAR DINHEIRO DA POUPANÇA PARA IMÓVEL.

Imagem: dreamstime

Presidente da Abecip diz que recurso do fundo pode não ser suficiente para financiamentos.

Daqui a dois ou três anos, os recursos da caderneta de poupança podem não ser mais suficientes para atender à demanda por crédito imobiliário, segundo afirmou Luiz Antônio França, presidente da Associação Brasileira de Entidades de Crédito (Abecip), durante um evento realizado ontem em Fortaleza, Ceará.
Só em 2009, esses recursos da Poupança foram usados para financiar nada menos que 27 mil imóveis com valor entre R$ 150 mil e R$ 500 mil pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Há tempos o aquecimento da demanda por crédito imobiliário suscita a possibilidade de que, no futuro, os recursos da poupança não bastariam para atendê-la. Porém, ontem, pela primeira vez foi fixado um prazo tão curto para que a previsão se concretize.
Para fazer essa estimativa, França considerou que o cenário de juros baixos, prazos longos para pagamento e crescimento econômico acelerado vá se repetir pelos próximos anos. “Por isso, precisamos desenvolver de forma mais acelerada outras fontes de recursos para este segmento”, afirmou.
Hoje, existem basicamente três fontes de recursos para o crédito imobiliário: o FGTS (voltado para imóveis de até R$ 150 mil, com taxas médias de 8% ao ano), a poupança (que serve para imóveis com valor superior a R$150 mil e cujos juros ficam na casa dos 10% ao ano) e os recursos livres (para imóveis a partir de R$ 500 mil, com taxas médias de 14% ao ano).
Portanto, caso não existissem recursos suficientes da poupança para atender aos candidatos a mutuário, a alternativa hoje seria tomar um financiamento com recursos livres do mercado - pagando um juro maior. Porém, é pouco provável que isso ocorra.
Embora seja consenso no mercado que os recursos da poupança em algum momento não serão mais suficientes, é esperado que, até isso acontecer, uma nova solução tenha surgido. “O setor precisa discutir o assunto, e, havendo demanda, é certo que o mercado vai encontrar uma solução para atender aos consumidores. É interesse de todos fazer isso”, afirma Celso Petrucci, economista do Secovi (Sindicato da Habitação).
Petrucci é categórico ao dizer que dinheiro para financiar a casa própria não vai faltar. “O crédito imobiliário é uma modalidade de financiamento que desperta grande interesse em qualquer investidor, porque há uma garantia (o imóvel), baixíssima inadimplência e alto potencial de crescimento”, resume. “Portanto, sempre teremos dinheiro para financiar as moradias.”
Resta saber de que fonte o dinheiro sairá e quanto ele custará. “Essa é uma discussão que governo e empresas precisam ter. É um tema complexo, novo, que pode ser resolvido com ‘n’ fórmulas, mas que certamente terá solução dentro do prazo necessário”, assegura Petrucci.
Por enquanto, sobra dinheiro
É verdade que o crescimento do crédito imobiliário tem sido vertiginoso. Apenas os financiamentos com recursos da poupança somaram R$ 32 bilhões em 2009 - e a previsão para 2010 é que eles cheguem à marca de R$ 45 bilhões. Aliados aos recursos do FGTS para o ano (R$ 24 bilhões), a estimativa é que em 2010 sejam utilizados R$ 69 bilhões para financiar a casa própria.
Mas tanto bancos quanto órgãos do governo afirmam que, se a demanda por crédito para compra de imóveis superar as expectativas este ano, eles estarão prontos para abrir o caixa e emprestar mais dinheiro - ao menos, por enquanto.
Também, até agora, os recursos da poupança ainda são abundantes. Em janeiro, a captação da caderneta foi de R$ 2,61 bilhões - o maior valor desde 1997. E a expectativa para os próximos anos é de crescimento. “Hoje, a previsão é de que os depósitos na caderneta de poupança crescem com velocidade, o que pode ajudar a retardar o esgotamento dos recursos para o crédito imobiliário. Talvez demore mais de três anos”, afirma Petrucci.
Com informações da Agência Estado
PREVISÃO
45 BILHÕES DE REAIS é o volume de recursos da poupança que deve ser usado para o crédito imobiliário em 2010



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