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quinta-feira, 4 de março de 2010

CASAS MIRABOLANTES.

Inspirado na arte e no meio ambiente, arquiteto americano cria projetos inesperados.

A poética do espaço inspira o desenho de cada projeto arquitetônico. Em locais onde a natureza está presente, as cores e as curvas da fachada do imóvel se entrelaçam, por exemplo, com as árvores, para criar uma sintonia entre a arquitetura e o ambiente. Pelas mãos do arquiteto americano Robert Oshatz, são esculpidas casas, edifícios e igrejas com um misto de arte e precisão técnica. O resultado dos projetos é sempre, no mínimo, inesperado. (Clique aqui e veja imagens de alguns projetos)
- Nunca começo a projetar uma estrutura supondo como ela vai ficar quando concluída. Cada casa é concebida a partir da poesia do local, do programa funcional e do cliente - diz Oshatz.
Os projetos de Oshatz chamam atenção por suas formas ao mesmo tempo lógicas e emotivas, já que são concebidos a partir dos elementos do ambiente e da personalidade do cliente. Exemplo disso é a residência Wilkinson que, escondida entre as árvores, mostra, de modo sutil, uma estrutura bem diferente, de forma cilíndrica e com muitas paredes de vidro. Movido pela curiosidade de como são feitas casas como essa, o Morar Bem conversou com Robert Oshatz por e-mail. Na entrevista, o arquiteto comentou alguns de seus projetos e revelou como é o seu processo de criação. Confira:
No seu processo criativo, o que vem primeiro: a forma ou a função?
ROBERT OSHATZ - As duas vêm juntas, pois uma é reflexo da outra. Cada local tem sua própria poética e tento responder a ela com uma arquitetura que reflita esta narrativa. Ou seja, com a criação de uma estrutura que esteja em paz com o seu ambiente. Ao mesmo tempo, procuro atender aos desejos do cliente para que ele também possa se adaptar com facilidade a esta estrutura. Assim, o edifício é moldado pela localização, bem como pela percepção psicológica do cliente e pelo espaço. Nunca começo um projeto com uma suposição de como ele vai ficar quando concluído. Cada casa é concebida a partir da poesia do local, do programa funcional e do cliente.
O que você prioriza no projeto: conforto, beleza, amenidades, funcionalidade?...
OSHATZ - É importante que o projeto procure atender a todos os desejos e necessidades do cliente. Neste aspecto, penso em termos de resolução de problemas. Como é que os usuários irão perceber a estrutura do espaço, como eles irão usar uma determinada área, como querem que a luz solar entre na estrutura, que cores e texturas preferem? Meu trabalho é para resolver esses problemas ou preocupações de uma forma bonita, para que no final, o cliente possa dizer: "se eu fosse um arquiteto, é isso que teria feito". O projeto da Residência Wilkinson é bastante peculiar. Além de estar em sintonia com as árvores possui uma estrutura interna cilíndrica.
Pode contar como foi o seu processo criativo? 
OSHATZ - Esta casa tem um total de 393 metros quadrados e está localizada nas colinas, num local densamente arborizado, a oeste do centro comercial de Portland. Ela está recolhida sob as sombras das folhas que a cobre das intempéries, com linhas curvas que se confundem com madeira, e com vidro que reflete de volta as imagens da floresta circundante. Ela está engolida pela floresta, totalmente escondida. Torna-se completamente óbvio que este edifício está em paz com seu ambiente. No primeiro pavimento da casa, a sensação é de se estar numa plataforma entre as árvores. No pavimento inferior, onde estão os quartos, a sensação é de se estar numa caverna. O elemento mais notável, ao entrar na residência Wilkinson é a forma arquitetônica. Ela é toda conectada por uma forma cilíndrica que percorre o espaço habitacional principal e parece fornecer uma ligação coesa a toda composição do conjunto. A sala de meditação é o ponto culminante da forma cilíndrica. Além disso, um sistema de vidros sem moldura é utilizado em toda a casa, para facilitar ainda mais a fluidez do espaço através das janelas. O projeto atende ao desejo do cliente de se sentir morando isolado numa floresta, onde ele pudesse ouvir o canto dos pássaros.
Qual a principal característica da Residência Stevens and Harnell?
OSHATZ - Aninhada nas colinas de Los Angeles, esta casa está acima das árvores com uma vista espetacular sobre o vale. A vista do nível da rua tinha sido obscurecida por árvores altas, que também interferiam numa multiplicidade de linhas de serviço público. Foi necessário projetar a sala 10,7 metros para cima das árvores. A sala dá uma sensação de flutuação no espaço, permitindo uma ampla visão da paisagem e, mais do que isto, faz o morador sentir como se também fizesse parte da paisagem.

Fonte: oglobo












 

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